E O MOBRAL ESTÁ DE VOLTA!
Quem diria que um programa criado durante o Estado Autoritário fosse ungido, pelos petistas, como a grande ferramenta para enfrentar o drama do analfabetismo no Brasil! Parece que, de repente, as pessoas se dão conta de que, nas transformações das sociedades, tudo é processo. Nada ocorre por milagre, acaso ou por alguma varinha mágica de alguma fada madrinha. Aí prevalece a máxima de que, se a idéia é boa, mesmo que venha a ser maquiada, receba outro nome e sofra alterações de forma e de conteúdo, o importante é que ela venha a ser utilizada para resolver problemas enfrentados pela sociedade.
Aliás, quando se falou que JK foi o homem que, realmente, integrou, ao Brasil, o Centro-Oeste e a Amazônia, via eixos viários e através da construção da Capital Federal, em Brasília, ele já o fazia inspirado em idéias desenvolvidas anteriormente por Vargas, no seu segundo período de Presidência. Quando se fala nos êxitos do agronegócio, tal se deve ao extraordinário trabalho de pesquisa da Embrapa, aliada à infra-estrutura criada no Centro-Oeste e aos pioneiros do Sul e do Sudeste, que resolveram enfrentar o desafio de tornar aquela região, o verdadeiro celeiro do País. Quando se fala na forma como a economia brasileira superou a crise internacional, “tendo entrado por último nela e sendo o primeiro país a sair dela”, segundo o Ministro Mantega, é bom lembrar que o tripé que permitiu a solidez dos fundamentos econômicos – Lei de Responsabilidade Fiscal, Câmbio Flutuante e Metas de Inflação – bem como a existência de um sistema bancário sólido, bem regulado e moderno, além de uma história de intervenções do estado na economia que produziram notáveis ensinamentos, particular e principalmente, pelos erros cometidos, foram anteriores ao atual governo e foram cruciais para que o Brasil já pudesse pensar, em crescer, de 4 a 6% no próximo ano!
Se o pré-sal pode tornar o país um grande exportador de petróleo, isso decorreu de anos de determinação, de confiança, de arrojo e, porque não dizer, de apoio de governos passados à equipe técnica da empresa e no investimento, significativo, em pesquisa e exploração! A privataria ou privatização da telefonia pode ter tido os seus erros, equívocos e ter beneficiado alguns sabichões, mas, ninguém discute, deixou um legado de modernidade e de inclusão do País no admirável mundo novo das TIC’s, que, certamente, não teria sido possível de outra forma.
A existência de bens sucedidas e importantes multinacionais brasileiras no exterior, garantindo a inserção econômica internacional do País, é conquista que advém de gestos, atitudes, competência e ousadia de governantes e de empreendedores que, juntos, resolveram enfrentar tal desafio.
Portanto, fundamental é entender que “nunca na história desse país tantos, durante tanto tempo, contribuíram tanto para o que o País hoje possa exibir em termos de conquistas”. Ninguém desconhece o papel crucial de Lula em todo esse processo. Ninguém deixa de avaliar, de forma muito positiva, decisões tomadas pela sua inteligência intuitiva, senso de oportunidade, capacidade de negociação e sensibilidade para aproveitar circunstâncias favoráveis ao País, demonstradas nesses anos de governo. Mas, deixar de considerar o legado de homens, públicos, notórios e anônimos ,que fizeram a construção das conquistas que a sociedade brasileira hoje desfruta, seria uma ignomínia.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!