É O MUNDO TODO!
Se o mensalão já assustou a maioria dos brasileiros pelo tamanho da corrupção, de seus protagonistas e executores mais diretos e mais imediatos, bem como pelo grave envolvimento da base de sustentação politica do governo, o “Petrolão” é muito mais que isto. Assemelha-se mais a um “tsunami” pois, pelo tamanho, pela extensão, pelo número inicial de envolvidos, chama a atenção de toda a sociedade e pode ter muito mais desdobramentos que a vã filosofia possa imaginar.
A chamada “delação premiada” e o também chamado conluio entre empreiteiras e governo, abriu as vísceras do poder e pôs à mostra todo um deplorável processo de corrupção, quase endêmica, envolvendo, até o momento, não apenas a estatal símbolo das lutas nacionalistas brasileiras — a PETROBRAS — mas uma outra estatal surgida nos heróicos tempos varguistas — a ELETROBRÁS — e, pelo menos, cerca de mais de quatro dezenas de parlamentares, alguns governadores, ministros e ex-governadores e ex-ministros.
Admite-se que, na esteira desse amplo processo de desmontagem desse quebra cabeças de espertezas, órgãos, projetos, ações e serviços de governo venham a estar envolvidos, ampliando-se o universo de escândalos e de contravenções e delitos de toda ordem. Agora mesmo, os Correios mostram algumas nuances de corrupção quando funcionários da instituição recebiam 100 mil reais de mesada de um plano de saúde! É isto parece ser uma pontinha do iceberg de vícios e erros dessa centenária instituição!
A coisa está parecendo o desenrolar de um novelo de linha que, pelo andar da carruagem, não se sabe ao certo onde vai parar. O que conduz a conclusão de que, se o processo tomou a dimensão de desorganizar as instituições, de desmoralizar o Parlamento e os partidos e o de promover um enorme desgaste do empresariado de obras e serviços, as consequências serão bastante graves , notadamente no campo não só da estabilidade e econômica mas da retomada do crescimento, bem como da manutenção do chamado estado de bem estar, social e da própria estabilidade política.
A tendência esperada é que haja uma paralisia de atitudes, de comportamentos e de iniciativas, notadamente do empresariado, levando a que, com a suspensão das inversões, com a perda do grau de investimentos e com a deterioração da balança comercial e das contas externas, se o quadro econômico era muito complicado, a coisa pode piorar ainda mais, a depender da evolução das investigação dessa verdadeira “Operação Mãos Limpas”, à moda tupiniquim.
Poucas vezes o país experimentou quadro tão complexo e de difícil equacionamento e superação como este de agora! E, faltam interlocutores e negociadores que, desprovido de interesses particulares ou partidários, da excessiva presunção e arrogancia da classe política e do sentido de missão e de responsabilidade politico-social com o país, proceda a esse processo de construção de saídas para os graves problemas do país. Que não se enverede para o complicado caminho do impasse, caso não se encontrem soluções de compromisso que se superponha à mesquinhez dos interesses político-partidários.
Esse é o grande desafio para o Brasil e para os brasileiros!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!