E O SHOW VAI COMEÇAR…
A propaganda pelo rádio e pela televisão aberta começa amanhã e vai até o próximo dia 30 de setembro. A campanha é curta. Desde o momento em que a legislação permite algum tipo de propaganda ou, pelo menos, a indicação de que alguém é candidato a alguma coisa – 90 dias antes do pleito! – até quando se apresentarão no rádio e na televisão, ou quarenta e cinco dias antes do embate!
E qual será o comportamento do eleitorado nessa que, até agora, é a mais chocha, insossa e insípida campanha jamais vista no país? E, será que o horário eleitoral gratuito – para quem? – sensibilizará o eleitorado? Alguns desligarão a TV no momento em que começarem os programas ou irão ver filmes ou abrirão o seu “tv set” nos canais de tv por assinatura. Outro segmento assistirá tais programas com manifesto desinteresse. Outro grupo, notadamente aqueles que são assíduos telespectadores da TV Câmara, TV Senado e Voz do Brasil, colar-se-ão aos seus aparelhos para ouvir e ver o desfile das candidaturas. E, o que ficará de tais movimentos? As repercussões, na mídia, no dia seguinte e os comentários, entre os que assistiram, sobre as idéias e propostas bem como sobre a postura dos pretendentes.
Os candidatos majoritários buscarão explorar a sua história de vida, seus êxitos bem como, explicarem como resolveram problemas que afetam as populações, no curso de suas gestões em cargos que ocuparam, entre outros aspectos. As propostas se vincularão aos dramas que mais afligem as populações mais sacrificadas como saúde, segurança, educação, transporte de massa e emprego.
No caso dos presidenciáveis, os mesmos irão bater na tecla da continuidade porquanto tudo é processo e, como FHC deu continuidade ao que foi plantado por Itamar Franco, Lula assentou seu programa de governo no que foi instituído por FHC e, necessariamente, Dilma e Serra mostrarão que irão continuar a obra do Grande Guia, só que aperfeiçoando e corrigindo distorções verificada na sua implementação ou garantindo um “up-grade” quantitativo e qualitativo a certos programas.
Claro que as provocações surgirão do tipo: “Você, porventura, entregaria o seu filho para ser levado para a escola num ônibus onde o motorista nunca dirigiu um veículo desse tipo? Você compraria um carro de uma pessoa que mentiu sobre a sua vida pessoal? Você entregaria o seu filho para ser operado por um médico que nunca trabalhou num hospital ou numa emergência?”
Enfim, muitas pessoas procurarão descobrir quais propostas apresentadas pelos candidatos mostram maior viabilidade de concretização e se, ao apresentá-las, os candidatos transmitem credibilidade no que falam.
Por fim, os candidatos majoritários e proporcionais devem ter em mente que os programas começam com uma audiência que sobe nos primeiros programas, caem no meio do caminho e volta a subir ao final da campanha.
Dentro de tais perspectivas, o espetáculo vai ser construído e quem mais se beneficiará do instrumento midiático, não se pode saber nesse primeiro momento. Quem está à frente nas pesquisas de opinião, terá mais vantagens? Quem está atrás recuperará o tempo perdido e criará espaços para crescer? Espera-se que, pelo menos, o eleitorado possa conhecer mais e melhor as opções que se colocam ao seu julgamento. O resto é aguardar e “rezar” para que Deus ilumine almas e corações para que as escolhas foram as mais legítimas e adequadas para o interesse do povo brasileiro.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!