E O PAÍS, PARA ONDE CAMINHA?

 

Está todo mundo se perguntando o que vai ocorrer com o País após o segundo turno das eleições! Ninguém tem a menor idéia qual o Brasil que surgirá desse embate, até agora pobre de idéias, de compromissos e de propostas.

As estimativas relacionadas ao crescimento do PIB encolheram mais ainda e a perspectiva é que venha a alcançar apenas 0,24% de expansão da economia para o ano de 2014! E esta foi a projeção, nos últimos dias, apresentada em relatório do FMI.

Os dados relacionados ao déficit público preocupam, deveras, porquanto criam enormes dificuldades para restaurar o princípio do equilíbrio fiscal e, portanto, para um mais fácil controle da taxa de inflação. As contas da Previdência devem fechar o ano com um déficit superior a 100 bilhões de reais e, diante da pressão pelo fim do fator previdenciário, pela manutenção de benefícios sem contrapartida de contribuições e as ineficiências na gestão e controle do sistema, criam uma grande interrogação sobre quando haverá decisão e compromisso político para proceder a urgente e necessária reforma do sistema.

O processo de desindustrialização do país segue em marcha, as vezes um pouco amenizada em função de uma apreciação do dólar o que tem favorecido as exportações de manufaturados mas, a enorme carga tributária, os juros absurdamente elevados e a transferência de ineficiência provocada pelas grandes limitações infra-estruturais, aliados a um ambiente econômico pouco favorável, não permitirão que o processo seja estancado.

O agronegócio é a atividade econômica que tem permitido minimizar a crise que o País enfrenta, embora a política de preços dos combustíveis praticada pelo governo, tem inviabilizado a produção do etanol brasileiro.

Some-se a tais problemas a desorganização do setor elétrico, os atrasos e a substancial elevação dos orçamentos de obras fundamentais ao desenvolvimento do Brasil, como as hidrelétricas, as ferrovias, as rodovias, a modernização de portos, a transposição das águas do Rio São Francisco, as refinarias e as obras intermináveis de mobilidade urbana. Todas elas e as suas sequelados são apenas aspectos de um processo de crise de planejamento, de execução, de gestão e de pobre avaliação de resultados, por parte dos governantes.

Até os resultados alcançados pelos programas compensatórios de renda começam a ser prejudicados ou, até mesmo dilapidados, não só pela economia que patina, pela inflação que reduz o poder de compra das famílias e pelo desemprego que, até agora embora sob controle, começa a dar sinais de que está voltando a crescer.

Não há indicadores favoráveis em qualquer tipo de atividade produtiva, em qualquer avaliação de desempenho da educação, da saúde, do saneamento básico e da segurança pública gerando o pessimismo, a insegurança e a incerteza que hoje dominam corações e mentes dos brasileiros.

É por tais razões que se pergunta para onde está sendo conduzido o país e qual o ambiente que os brasileiros enfrentarão em 2014 e, também, se bastará apenas um ano para restabelecer os fundamentos da economia, redefinir um novo modelo de gestão de obras públicas e superar os enormes gargalos da infra-estrutura, da mão-de-obra qualificada e do ambiente econômico, que ora impedem o crescimento estável do País.

Quem aposta num cenário mais favorável ou num quadro menos pessimista?

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