E, TEM CAMINHO? E TEM SAÍDA? PARECE QUE SIM!
As coisas estão por demais confusas! Para alguns analistas a tendência é que só deverão piorar daqui para frente. Para outros, não há como piorar ainda mais do que já está.
A Presidente parece mais perdida do que “cego em tiroteio”. Sem respaldo popular e enfrentando grande desgaste; não desfrutando do apoio e da solidariedade de seu partido; com uma base parlamentar fragmentada e não confiável; uma mídia não simpática e, enfrentando ainda uma grave crise na economia, nenhuma notícia boa surge ou tem perspectiva de surgir no horizonte.
Para complicar o quadro, os movimentos reivindicatórios se manifestam de ponta a ponta do País como a séria greve ou melhor, a ampla paralização dos caminhoneiros, com todas as implicações e prejuízos a ela inerentes. Além disso o desemprego cresce e as demissões, em massa, na indústria automobilística e em outros segmentos da economia — só no Rio de Janeiro ocorreram 40 mil dispensas em janeiro! — tudo isso cria um ambiente de difícil administração por parte do governo.
Some-se a circunstâncias tão adversas, a queda do classificação ou do “rating” da Petrobras, com a perda do grau de investimento e suas consequências; a aceleração esperada, embora não desejada, da inflação; além de todos os movimentos grevistas nos vários estados da federação! Tudo isto cria um grau de incerteza, de perplexidade e de pessimismo nos brasileiros como um todo.
E ainda para ferir o orgulho nacional, até o final do ano, o Brasil perde a sétima posição no ranking econômico de nações, para a India! E isto é mais duro para uma nação que, em 2010, se admitia, até mesmo que, temporariamente, embora talvez em decorrência do câmbio, o Brasil devesse tomar o lugar do Império Britânico e situar-se entre os cinco grandes do Mundo — EUA, China, Japão, Alemanha –.
E, agora, todo esse entusiasmo e toda essa euforia com o País, tudo isto parece não passou de uma noite de verão! E, lamentavelmente, o que está ocorrendo é que a economia desacelerou, cairam as expectativas em relação ao Brasil dos gestores e analistas econômicos internacionais e não são apontados por qualquer economista, sinais ou tendências de recuperação, pelo menos, em espaço de tempo curto.
Pelo que estimam os melhores analistas e os mais renomados economistas, o Brasil enfrentará recessão em 2015, fraco desempenho em 2016 e, talvez, não ultrapasse os 2,5% de crescimento, em 2017. E isto, numa previsão otimista, caso o governo não se atrapalhe ou atrapalhe a ele mesmo na condução do processo de recomposição das finanças públicas e de rearrumação da casa!
Dentro desse quadro tenebroso, as expectativas, as previsões e os cenários traçados são os mais pessimistas possíveis em função do conturbado quadro político que se apresenta. Alguém, poderia indagar se não estaria próximo a ocorrência de um possível “impeachment” da Presidente, inclusive em decorrência, também, da grande mobilização nacional que deverá ocorrer no próximo dia 15 de março e, também, do nível de insatisfação da população e da classe política do País.
Tal hipótese se afigura pouco plausível porquanto a nenhuma das forças políticas mais proeminentes do cenário nacional interessa tal desfecho. Ao PT, é óbvio, seria o peor dos mundos, pois representaria o seu próprio impeachment, o fim de um projeto e, praticamente, a possibilidade de vir a ser varrido, definitivamente, da cena política nacional. Se ao PT, o impeachment da Presidente não interessa e, para os petistas, mesmo com todas as restrições que fazem a DILMA, essa hipótese não se cogita, pois representaria a caracterização de seu fracasso como gestor da coisa pública nacional, as demais agremiações também parece não interessar tal desfecho. Ao PSDB, a coisa pareceria valer a pena dentro de seu projeto de poder, mas, estaria muito cedo e pouco maduro o processo e poderia abrir a perspectiva da volta de Lula ao poder.
E, há quem imagine que, na hipótese de afastamento de Dilma, isto poderia beneficiar o vice Michel Temer e ao seu partido mas tal não ocorreria pois um impeachment, antes de completados metade do termo ou do mandato, obrigaria, constitucionalmente, que fossem promovidas eleições para a escolha do novo dirigente do Pais. E, para o PMDB nada agregaria e de nada adiantaria. E ai, como fica o quadro é para onde poderá marchar o país?
Para não ser de todo negativo admita-se a hipótese de Dilma seguir os conselhos e advertências de Lula; de deixar que baixe um mínimo de humildade na sua atitude e, se houver por parte dela a compreensão de que a sua sobrevivência no poder depende da sua capacidade de ceder e de ouvir as sugestões de seus críticos mais sinceros e, finalmente Levy puder fazer o seu trabalho em paz, será possível antever a possibilidade de se formarem expectativas e perspectivas menos nebulosas como as atuais.
Assim, apesar de todas as más notícias recebidas pelos brasileiros nos últimos tempos, parece que o acaso pode ajudar como, por exemplo, a barganha que Renan está, praticamente, propondo ao governo, ao exigir que, para aplicar o chamado “pacote de maldades” de LEVY, Dilma deveria atender a reivindicação do PMDB, qual seja, que propôs reduzir à metade o número de ministérios e cortar cerca de 11 mil o número de cargos de confiança do Governo Federal.
Se, a tais providências, somar-se a reforma política capitaneada por Eduardo Cunha então, por incrível que pareça, o “Sobrenatural de Almeida” estará do lado dos patrícios permitindo que milagres e o imponderável favoreça os tupiniquins. Será?
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!