ENTRE O PERFUNCTÓRIO E O FUNDAMENTAL!

O jornal o Globo divulgou matéria comparando o período Itamar/FHC e com o período Lula/Dilma, intentando promover um debate, possìvelmente, sobre qual a estratégia mais profícua ou mais proveitosa para a sociedade brasileira. Num período e noutro os ganhos são consideráveis e relevantes!

Não obstante ficar bastante patente os avanços ali mostrados e demonstrados de como o País alcançou de notáveis resultados, não apenas no que diz respeito ao fortalecimento de suas instituições mas, o que é deveras saudável, no que respeita os fundamentos da economia e os exuberantes ganhos no campo social.

O exercício de comparação dos referidos períodos não se sabe a que serve porquanto, num olhar isento e distanciado das paixões ideológica-partidárias, parece só se destinar a alimentar o debate relativo à sucessão presidencial bem como aos interesses político-partidários dos grupos em confronto nos estados. Ou seja, só alimenta e realça a política menor e não agrega nada a discussão daquilo que é mais relevante e urgente na possível agenda para o País.

Se tais discussões estão enveredando para tal área de desconforto, os 20 anos de celebração da criação das chamadas pré-condições para a criação do real e o fim da inflação galopante, passou quase que em branco.

Não se realçou o papel que tiveram os planos que se poderia chamar de experimentais que antecederam o Plano de Estabilização da Economia, comandado pelo Presidente Itamar Franco. Para que tal ocorresse, foi necessário a fracassada experiência do Plano Cruzado 1 e o 2, do Plano Collor, do Plano Bresser e, já na gestão Itamar Franco, que Pedro Malan fizesse enormes acrobacias para renegociar, em condições muito especiais, a dívida externa brasileira, em Washington!

Até 1997, antes da crise econômica mundial, as circunstâncias levaram a especulações de qual seria o caminho a tomar pelos policy-makers brasileiros diante de qual seria a melhor inserção do País no quadro de referências da crise econômica mundial. E, em 1998, o Brasil resolveu que estabeleceria, em definitivo, as bases para garantir sólida os fundamentos para a nova economia brasileira, apoiada numa nova moeda e sustentada na responsabilidade fiscal, no superávit primário, nas metas de inflação e no câmbio flutuante!

Se os avanços no campo econômico foram significativos os avanços que permitiram gerar um ponto de inflexão na história econômica do País, do
ponto de vista institucional, o crescimento do País foi deveras significativo pois que, a transição democrática conduzida pela sociedade brasileira e sem que o Presidente da República interferisse nas opções estabelecidas pelo Congresso e pela sociedade civil, ocorreu de maneira não traumática, culminando com a promulgação da Carta de 1988, chamada, com razão, por Ulysses Guimarães, de Constituição Cidadã.

Lula que foi homenageado pelo Congresso, tentou explicar e justificar porque não votou e orientou os seus parceiros a não aprovarem o texto! A explicações não convenceu

O jornal o Globo divulgou matéria comparando o período Itamar/FHC com o período Lula/Dilma, intentando promover um debate, possìvelmente, sobre qual a estratégia mais profícua ou mais proveitosa para a sociedade brasileira para vencer os desafios e aproveitar as oportunidades que as circunstâncias estão ou podem oferecer ao País. O que há de se dizer, de maneira simples e direta, é que, num período e no outro os ganhos são consideráveis e relevantes!

Não obstante ficar bastante patente os avanços ali mostrados e demonstrados e ficar caracterizado o alcance de notáveis resultados, não apenas no que diz respeito ao fortalecimento de suas instituições mas, o que é deveras saudável, no que respeita os fundamentos da economia, é preciso observar os exuberantes ganhos no campo social.

O exercício de comparação dos referidos períodos não se sabe a que serve porquanto, num olhar isento e distanciado das paixões ideológico-partidárias, tal prática parece só se destinar a alimentar o debate relativo à sucessão presidencial, bem como, a estimular o confronto dos interesses político-partidários dos grupos em confronto nos estados. Ou seja, só alimenta e realça a política menor e não agrega nada a discussão daquilo que é mais relevante e urgente na possível agenda para o País.

Se tais discussões estão enveredando para tal área de desconforto, os 20 anos de celebração da criação das chamadas pré-condições para a criação do real e o fim da inflação galopante, passou quase que em branco.

Não se realçou o papel que tiveram os planos que se poderia chamar de experimentais que antecederam o Plano de Estabilização da Economia, comandado pelo Presidente Itamar Franco. É bom lembrar que, para que tal ocorresse, foi necessário as fracassadas experiências dos Planos Cruzado 1 e o 2; do Plano Collor; do Plano Bresser e, já na gestão Itamar Franco, que Pedro Malan fizesse enormes acrobacias para renegociar, em condições muito especiais, a dívida externa brasileira, em Washington!

Até 1997, antes da crise econômica mundial iniciada na Tailândia, discutiu-se e levantaram-se especulações de qual seria o caminho a tomar pelos “policy-makers” brasileiros. Apesar dos temores e das inseguranças, em 1998, estabeleceram-se, em definitivo, os fundamentos da nova economia brasileira, apoiada numa nova moeda e sustentada na responsabilidade fiscal, no superávit primário, nas metas de inflação e no câmbio flutuante!

Também é bom considerar que, do ponto de vista institucional, o crescimento do País foi deveras significativo pois que, a transição democrática, conduzida pela sociedade brasileira e sem que o Presidente da República interferisse nas opções estabelecidas pelo Congresso e pela sociedade civil, ocorreu de maneira não traumática, culminando com a promulgação da Carta de 1988, chamada, com razão, por Ulysses Guimarães, de Constituição Cidadã.

Lula, que foi homenageado pelo Congresso, na celebração das ‘Bodas de Prata” da Cidadã, tentou explicar e justificar porque não votou e orientou os seus parceiros a não aprovarem o texto! As explicações e justificativa não convenceram mas Lula “deitou e rolou”, dado o seu carisma, o seu jeitão de “camelô” da democracia e de encantador de serpentes. E mostrou que ainda consegue o apoio de, pelo menos, 300 picaretas do Congresso que, submissamente, aplaudiam a sua receita de reforma política que, apesar de seus oito anos de exercício pleno do poder e mais quase quatro adicionais de Dilma de domínio majoritário do Congresso, não conseguiu fazê-la andar em qualquer sentido.

Na celebração dos 25 anos da Carta Magna, não se ouviu propostas estratégicas para os próximos anos para o Brasil. Os duzentos anos da Independência estão chegando e, até agora, as elite não esboçaram que País querem os brasileiros e o que é possível fazer em termos de suas carências, necessidades, sonhos e aspirações! Aliás não se sabe sequer o que fazer para controlar os “black blocs”, fazer o PAC andar, diminuir a farra fiscal e garantir as obras de mobilidade urbana para a Copa e estabelecer um debate mais profundo e sério entre os candidatos a sucessão presidencial. É uma pena!

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