ÈSSE É O CARA!
TrÊs sentimentos dominam quem visita a chamada Terra Santa. Um primeiro é que “um cara, chamado de Galileu ou de Nazareno”, promoveu algo e foi alguém que, em apenas três anos, antecipou uma mudança de rumos da humanidade de tal sorte que, dois mil anos depois, continua a sensibilizar mentes e corações de todos, independentemente da religião que professem.
Apesar de Jerusalém ser uma terra subordinada a toda ordem de conflitos, de forma quase permanente e de viver sobressaltada diante da possibilidade de conflitos entre judeus e palestinos ou judeus e cristãos, esse profeta chamado Jesus, consegue ser ainda e sempre, o fio condutor da meada da construção das sociedades modernas.
O segundo sentimento é que, em todo Israel, dar a sensação ao visitante de que, se não é ódio, pelo menos, é um estado permanente de tensão na relação entre os moradores, tão patente e visível no olhar e na forma de agir de todos os que vivem nesse território, máxime em Jerusalem, que respinga na relação com o visitante.
Não interessa se o cidadão vive no West Bank, no setor B, no setor C ou no East Jerusalem, a tendência parece ser a de que, de um modo geral, parece que existe uma relação de profunda animosidade entre as pessoas! Pode ser até um erro de avaliação mas o sentimento que o estrangeiro tem parece ser esse. Talvez isso seja decorrente de milenares diferenças e diante de todos os processos de construção do estado de Israel, passando pelas guerras da criação em 1948, pela guerra dos seis dias em 1967 e, pelo conflito do Yonkpur, em 1994 e as sucessivas intinfadas!
O terceiro sentimento é o de que, depois de 2020, com o crescimento demográfico dos palestinos, eles serão majoritários e, então, as decisões deverão ser conduzidas pela maioria que, necessariamente, não concordará com o mando absoluto dos judeus, retirando-lhe cidadania e o direito de ir e vir no território palestino.
Independente de todo esse quadro de potenciais conflitos, de sobressalto diante da possibilidade de atos terroristas e dos problemas de exercício dos direitos civis e políticos, por parte dos palestinos e cristãos, moradores de áreas ocupadas, Jerusalém, berço de Abrahão, Salomáo, David, Maomé e Jesus, base também, da religião judia, que aguarda a vinda do Messias prometido, com seu enxame de peregrinos, respira religiosidade e inspira a fé.
Percorrer os caminhos de Jesus, conhecer mais profundamente atos, gestos e ensinamentos seus, permite que o cidadão se prepare mais para saber compreender o próximo e ser misericordioso com os que lhe ofendem e agridem.
Daqui, olhando para o Brasil, a gente lamenta que um país tão excepcionalmente maravilhoso como o que se tem, sem conflitos regionais, sem lutas religiosas insuperáveis, sem conflitos étnicos que a miscigenação não ajude a dar um jeito, sem problemas físico-geográficos como vulcões, maremotos, terremotos, tsunamis, entre outros, não consiga encontrar as bases de um crescimento equilibrado, econômicamente sustentável e socialmente desejável.
Já se avançou bastante nos campos institucional, político, econômico e social mas se poderia avançar muito mais se as elites dirigentes conseguissem descomplicar a vida dos cidadãos, reduzindo a exasperante convivência com um estado que avança sobre todos e tudo; se a justiça fosse respeitada e servisse a maioria e não alguns poucos privilegiados; se a meritocracia fosse um princípio respeitado e uma regra na gestão pública; se houvesse uma política econômica sem improvisações e capaz de respeitar os valores mínimos requeridos para a manutenção da estabilidade econômica; se se criasse, através da previsibilidade judicial e da segurança jurídica, um mínimo de ambiente propício aos negócios, então, como Deus é brasileiro, ele seria ainda mais generoso com essa que, mesmo com todos os percalços, ainda se constituirá na primeira civilização dos trópicos!
INSHALÁ PARA OS ÁRABES E OXALÁ PARA OS BRASILEIROS!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!