FEVEREIRO SE FOI E MARÇO NÃO COMEÇOU!
Todo mundo já tinha uma avaliação preliminar do que iria ocorrer com o Brasil, este ano, de per si! Com as festas natalinas, depois os preparativos e o próprio Carnaval, seguido da Semana Santa, das festas juninas, das férias de julho, da Copa do Mundo de Futebol, depois os festejos da independência, o início das campanhas eleitorais, a campanha para o segundo turno e, claro, de novo, as festas natalinas, ufa!, o ano já terá ido!
E o início do ano prova a que veio. Segundo os jornais, o “Congresso teve a pior produção de início de ano em uma década” e o STF, para a surpresa da nação, tomou uma decisão que chocou a sociedade e mostrou que, justiça é mercadoria em falta e algo distante dos sonhos dos brasileiros. Ao lado das implicações de tal decisão sobre a moral e a ética do País, a atitude do Colegiado, levou a profunda frustração e decepção, o seu Presidente que, segundo defensores dos mensaleiros, “não poderá mais impor decisões na base do grito”!
Aliás, a decisão do Supremo abre oportunidades para revisão de uma série de processos, entre eles o que, pelo que se pode depreender, condenou, injustamente, o ex-deputado Natan Donadon, porquanto ele não poderia ter sido condenado por formação de quadrilha pois, pelo que se sabe, não seria possível quadrilha de um ou, até mesmo, de muitos, sem que os muitos se reunissem em torno de uma mesa, montassem estratégia comum e estabelecesse um competente e organizado processo de divisão do trabalho, como assim se pode interpretar e concluiu sobre o que decidiu aquela Corte!
Se esses dois eventos ou episódios não bastassem, a economia começou mal — balança de pagamentos com déficit de 11 bilhões de dólares para o mês de janeiro; aumento de gastos públicos em quase 20% em relação ao ano passado e, ameaças de redução do “grade” de investimentos do Brasil, por parte de agências internacionais! Ademais, para entornar o caldo, há possibilidade de as condições das finanças públicas se deteriorarem a partir de alguns fatos e da crise que envolve a base de sustentação parlamentar do Governo e de algumas decisões que podem gerar um grande baque nas finanças do Erário Federal. Criação de novos municípios, piso salarial para o SUS, além de outras matérias com impacto nas finanças governamentais! Some-se a isso duas decisões que estão sendo aguardadas por parte do STF que também, por certo, comprometerão as contas públicas!
Adicionalmente, na área do emprego, duas questões levantadas por Ilan Goldfajn, Consultor do Itaú, merecem reflexão crítica porquanto tem implicações relevantes para a economia do País. Como a economia não cresce ou cresce muito pouco, a tendência seria uma queda no emprego, como começou a, timidamente, acontecer a partir de janeiro. Pois, até agora, a baixa taxa de desemprego — 5% — chama a atenção porquanto a economia cresce pouco o que, levaria, a uma redução das oportunidades de emprego, o que não está a ocorrer. O notável analista atribui a dois elementos a explicação fundamental para tal paradoxo: alterações na dinâmica demográfica e aumento do tempo de escolaridade, além de maior demora dos filhos na casa dos pais.
O fato é que, a possível queda na oferta de oportunidades de emprego, a tendência de aumento de jovens procurando emprego, o que poderá ocorrer, na proporção em que o aumento de preços dos produtos essenciais consumidos pela nova classe média, que foi de 20% no último ano, force a busca de aumento da renda familiar, então a grande bandeira política do PT e do governo, pode cair por terra!
Mas, é fundamental aprofundar mais as questões anteriormente levantadas pois o cenário que se projeta para o País não é dos melhores e mesmo os 2,3% de crescimento do ano passado, não representam passaporte para um futuro melhor.
Por enquanto, como fio de esperança para o governo, está a expectativa de que Felipão garanta o Hexa, Massa volte a correr e a violência venha a arrefecer, por obra e graça do Espírito Santo. Claro que se espera ainda, para tornar o cenário mais cor de rosa, que a seca venha a ser abolida, por decreto, no semi-árido nordestino e, enchentes e inundações deem uma trégua até a eleição de outubro! Aí a eleição de Dilma poderá vir a ser facilitada!
Do contrario, o País vai amargar crescimento pífio em 2014 e 2015 e, com certeza, o ânimo e a confiança dos brasileiros continuará caindo como sói ocorrer até agora!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!