LULA E AS QUEIXAS CONTRA O TCU!

A questão básica de Lula contra o TCU diz respeito ao fato de que a maioria dos seus membros, não são egressos do PT e, o comissariado resolveu meter na sua cabeça, que todos são tucanos de alta plumagem e o que querem é inviabilizar o seu governo ou, pelo menos, as suas obras e, com elas, a sua candidata. Até que ponto tais suspeições são procedentes, é difícil de afirmar ou negar. O certo é que, mesmo cometendo erros e equívocos, o órgão auxiliar do Legislativo para fiscalizar o Governo, no geral, tem dado mais contribuições positivas para a melhoria da gestão pública do que o contrário.

Para não ficar apenas no TCU, Lula agora reclama de todos os órgãos de controle interno e externo, tais como as auditorias das entidades governamentais; as procuradorias dos mesmos entes; a própria Controladoria Geral da União; o Ministério Público e da própria mídia!
Recentemente o Presidente adicionou à sua lista de “desafetos” ou dos que empatam as suas ações, os entes de controle ambiental. Na verdade, os excessos de todos os órgãos mencionados; a ânsia de holofotes e de mídia de outros; a falta de compreensão da urgência e da premência de certas obras e serviços; a burocracia excessiva; todos convergem para criar um cipoal de normas, exigências, diligências, etc. e tal, que irritam e tiram a paciência de qualquer um quando não destroem reputações e causa danos materiais e morais a homens públicos.

Mas, duas coisas devem ser ponderadas para avaliar melhor se essa gente está aí para complicar ou não. Em primeiro lugar, se porventura, antes de se decidir por uma obra ou serviço – claro que isto requer que o governo tenha planejamento estratégico! – por que o Executivo não promove uma rodada de conversas e troca de idéias com tais entidades e tenta resolver, previamente, os possíveis problemas que adviriam depois? Será que falta competência gerencial dos vários entes governamentais para promover estudos preliminares, antecipar obras e serviços e promover exame prévio daquilo que poderia ser levantado como falho, precário, obscuro ou incompleto nas suas propostas?