NADA DE NOVO SOB O SOL!

A semana promete em termos de monotonia da normalidade. O Congresso já está operando a meia-bomba, sem grandes questões a tratar, a não ser o marco regulatório do pré-sal e a aprovação do Orçamento Geral da União, para 2010, peça esta sempre marcada pela ficção e pelo irrealismo.

 Na verdade, além de perfumarias a serem tratadas no Congresso, os únicos assuntos  que se ouve falar, são aqueles da prioridade  dos parlamentares, destinados a mover ações e articulações capazes de garantir a liberação de suas emendas e, além, é claro , dos cochichos e bochichos relacionados às articulações em termos da sucessão presidencial e, particularmente, em termos das sucessões estaduais.

 Nem o “achado” da agenda da  ex-Secretária da Receita Federal, comprovando que, de fato, esteve com Dilma Roussef no dia em que declarou que lá esteve e que foi por Dilma desmentida; nem o exercício do “jus sperniandi” pela oposição, diante dos comícios realizados por Lula em favor de Dilma no Nordeste; nem mesmo o “rolo” que continua a ser o inquilino desagradável na Embaixada brasileira em Honduras, mexerão com as preocupações do Congresso Nacional. As discussões e votações serão só de perfumarias e acessórios.

 Já no Executivo, a par de Lula hoje chamar, “na chincha”, o Presidente da Vale e determinar alguns investimentos que produzam respaldo, apoio e votos para Dilma, para que se  pacifiquem as relações entre o Planalto e a Companhia  sem que, para tanto seja preciso sacrificar Roger Agnelli, nem atender ao amigo Eike Batista e nem entregar o comando da Vale a Sérgio Rosa, Presidente da Previ, as coisas continuarão tranquilas e serenas. Para quebrar um pouco essa placidez e essa monotonia, provavelmente, um novo balão de ensaios do mestre de factóides do governo, Ministro Guido Mantega, no caso a ameaça de taxar os investimentos externos para segurar a valorização expressiva do Real, mexa, se não com os políticos, com a bolsa de valores.

 Fora isto, as negociações relacionadas aos nossos aviõezinhos, provocando a disputa de propostas e benesses dos três contendores, não dará em nada pois que a definição já está dada, por razões históricas, pela natureza do compromissos de transferência de tecnologias e investimentos franceses no Brasil através de sua indústria bélica,  aliada a razões de ordem geopolítica regional, os franceses já levaram esta.

 De alguma repercussão ainda, serão os atos de violência ocorridos no Rio onde, cada vez mais, o Governo não tem o que dizer a população e, a atitude pouco firme do Executivo Federal, diante dos atos de vandalismo, destruição e ameaças do MST, sem maiores consequências nem providências, serão outras marcas da semana!