O BALANÇO DA SEMANA FOI POSITIVO?

 

Mesmo que se considere o que se avançou sobre a reforma política um grande fiasco, pelo menos, em compensação, aprovou-se o ajuste fiscal, mesmo com algumas restrições como aquela emenda que acaba com o fator previdenciário substituindo-o pela fórmula 95/85 que, pelas avaliações preliminares, amplia o “buraco” e o déficit da previdencia social.

Claro que, outras medidas adicionais no sentido de garantir a redução de gastos e a melhor eficiência dos referidos dispendios, serão colocadas pelo Ministro Joaquim Levy, da mesma forma que providencias no sentido de garantir um nível de receitas públicas mínimas capazes de permitir o ajuste e, ao mesmo tempo, buscar reduzir o impacto negativo do corte nos investimentos públicos e privados, poderão ser gestadas no bojo das reformas ora em curso.

É fundamental considerar que não há um cardápio diferente do atualmente servido à sociedade brasileira para corrigir todos os erros cometidos até faz pouco tempo e criar as bases para a retomada de um crescimento mínimo e a geração dos empregos requeridos pela sociedade como um todo. Qualquer proposta de enfrentamento dos desequilibrios fiscais, financeiros, orçamentários e da balança de pagamentos, não poderia ser feito a não ser através do receituário que os chamados economistas ortodoxos propoem!

É claro que, por incrível que pareça, do início do ano para cá, pelo menos, alguma coisa já ocorreu de positivo porquanto o “Tsunami” do Petrol que gerou enormes prejuízos à Petrobrás e à economia brasileira mas que, após a publicação do balanço, permitiu desanuviar o clima junto a investidores, a operadores em bolsa e aos agentes econômicos de um modo geral, abrindo perspectivas para a recuperação da empresa! O aporte de investimentos chineses e o lançamento de 2,5 bilhões de dólares no mercado, aliviam a situação da empresa e garantem um espaço para algum investimento.

Se essa já foi uma boa notícia, a não redução do grau de investimento pelas agências de “rating”, reduziram os riscos para o governo e para as empresas, no que diz respeito a novos investimentos e, até mesmo, para a renovação de financiamento feitos pelo governo e pelas empresas privadas. Esse foi um ganho de significativa relevância no grau de confiança dos agentes econômicos de que a receita de ajuste fiscal, posta em prática pelo governo , representa o caminho mais adequado para enfrentar o drama em que vive o País.

Os desafios ainda são muito grandes mesmo com algumas boas noticias que tem surgido como a esperada revisão de critérios e de incentivos para os leilões de concessões, de alteração no ambiente econômico, de melhora na balança comercial, no desempenho muito bom do agronegócio, mostram quem a recuperação da economia nacional possa vir a ocorrer num espaço de tempo mais curto do que se imagina. Não é “wishful thinking” mas a rapidez com que a a economia está respondendo as medidas corretivas e a recuperação da confiança dos agentes economicos no governo.

Assim, talvez, mesmo no quadro político confuso, num governo que atrapalha as negociações e articulações políticas e o jogo de vaidades que hoje domina a atitude dos principais protagonistas da cena política, por incrível que pareça, a tendencia é que o curso das mudanças siga aquilo que o país quer e precisa.

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