O CRESCIMENTO CHINÊS!

O espetacular crescimento chinês hoje já assusta as próprias autoridades econômicas daquele país e, por certo, o resto do mundo pois,  o mercado de “commodities” agropecuárias e minerais, bem como, a partir de seus 2,5 trilhões de reservas cambiais, o financiamento do déficit americano, tal processo de crescimento pode comprometer, não apenas a estabilidade econômico-financeira da própria China  como por em xeque,  o equilíbrio econômico mundial, inclusive  pelas bolhas que tal crescimento pode provocar.

Não restam dúvidas de que o crescimento espetacular da China e, até bem pouco, dos chamados tigres asiáticos, deveu-se a uma série de atributos, circunstâncias e decisões que garantiram tais resultados. Assim é que, uma enorme taxa de poupança doméstica — hoje, na China, alcança 45% do PIB! -, os elevados e acelerados investimentos em educação e infraestrutura; a abertura total de suas economias ao comércio internacional, foram e são algumas das características que permitiram o alcance de tais elevadas taxas de expansão. Para tanto a sociedade, por bem ou por mal, teve que aceitar o sacrifício de adiamento do consumo interno, engajar-se no notável esforço educacional, impor resistência a medidas protecionistas, objetivando, com tais atitudes, crescer e manter baixa a inflação.

Descobre-se que, a explicar a expansão de economias como um todo, está a inovação, aliada a sua irmã gêmea, a produtividade, ambas dependentes da ciência aplicada à tecnologia. E tudo isto num regime de liberdade econômica, de estímulo ao empreendedorismo, a uma capacidade de gerenciamento, liderança e comunicação corporativa. Não resta dúvida de que a existência de um notável esforço de melhoria dos padrões educacionais e o controle direto das instituições, ajudaram a compor o perfil desse espetáculo de crescimento e transformação.

Talvez, se começar o Brasil a aprender a lição dos asiáticos ou, até mesmo, dos chilenos, é bem provável que chegar a quinta economia do mundo, até 2020, não será grande desafio.