O JOGO COMEÇOU E DILMA JÁ MOSTRA O SEU ESTILO!

Agora todos os colegas de ministério e a própria midia já sabem qual é o estilo Levy de ser. Nada de surpresas, nada de pacotes e nada de medidas imprevisíveis. Mas, com certeza, é um “Policy Maker” com uma visão compreensiva das medidas destinadas a enfrentar os desafios relativos à recuperação dos fundamentos da economia, à reconquista da confiança dos agentes e do mercado  nas instituições e nos gestores da política econômica,  bem como a preocupação e o objetivo de pavimentar os caminhos para  retomada dos investimentos e para a atração de empreendedores externos e internos.

Hoje, dentro da velha tradição brasileira ou, pelo menos, da política brasileira, tomou posse o cidadão qu se espera seja o “Salvador da Pátria” pois, no simplismo “tupiniquim”, tudo se reduz à questão econômica e “tudo depende de um só homem, de suas idéias, de sua competência gerencial, da sua capacidade de escolha de seus auxiliares, de seu equilíbrio emocional e da sua competência para conviver com uma Presidente que, em primeiro lugar,  pensa que sabe economia e, em segundo, não tem a civilidade do trato respeitoso, com todos e, em particular, com auxiliares e parceiros.

A tarefa será dura, requererá  paciência, jogo de cintura e uma humildade, nem que   seja industrializada, do novo Ministro da  Fazenda que, pelo que se pode notar, assumirá, de fato, o papel de ministro da economia, cabendo a ele sugerir, insinuar e induzir os demais companheiros de governo, a adotar princípios compreensíveis e objetivos que garantam consistência, coerência e conseqüência às medidas a serem tomadas.

E que princípios e valores serão esses? O primeiro deles é o da gestão competente das políticas públicas buscando, não apenas efetividade mas, sobretudo imbricando, em todas elas, o conceito de eficiência! Eficiência nos tempos e movimentos das ações, na busca de agilidade e oportunidade para as decisões e na preocupação em evitar desperdícios de tempo, trabalho e dinheiro. E, nessa preocupação, ter em vista que os erros de ” approach”, de avaliação e a perda do “timing” de decisões podem gerar ineficiência, não apenas para os  outros setores de governo como para a própria iniciativa privada.

O segundo deles é que nada será feito que implique em gerar obrigações para o Erário sem que se saiba, precisamente, a fonte de recursos a financiar tais obrigações e nenhuma concessão, na forma de renúncia, de incentivo ou de subsídio que se proponha a qualquer segmento da economia, de forma particular e específica. Isto evitará que não se gerem distorções adicionais nos preços relativos. Ou seja, renúncias fiscais não são bem vistas por Levy e até as distorções provocadas pela chamada, erroneamente, de guerra fiscal entre os estados e as distorções provocadas pela diversidade de alíquotas do ICMS, serão buscadas as suas correções.

O terceiro princípio será o de realizar ajustes  de políticas que geraram grandes desequilíbrios econômicos e sérias distorções na economia, como tem sido o caso do setor energético como um todo e, particularmente, do setor de energia elétrica.

Por outro lado, a contenção de gastos será buscada procurando preservar as conquistas sociais mas as ampliando, na proporção em que o combate a ineficiências, a desperdícios e a desvios de comportamento permitam fazer ganhos que poderão ser trsnsformados em fundos para o setor que os realizar. Ademais, o discurso monocórdio de Levy de que só se pode crescer com as finanças e os fundamentos da economia arrumados, tem levado aos novos governadores de estado a promoverem duras medidas de austeridade já considerando os estragos pelos gastos provocados pela eleição, a redução do ritmo da economia e seu impacto em suas receitas e a diminuição, por certo, das receitas da União.

O discurso de posse vai nessa linha da mesma forma que os auxiliares mais próximos, já convocados  por LEVY, agradaram o mercado pela sintonia com o pensamento do Chefe e o que o mercado espera. A propósito da sintonia que deverá prevalecer entre os Ministros e LEVY pode ajudar a pôr fim nessa maldição que são as chamadas indexações de toda ordem, notamente as que se vinculam ao salário mínimo.

E que tal alguém meio maluco, considerando que a maioria  dos estados e dos municípios bem como a maioria das profissões,  já tem respeitados os seus pisos salariais e, percentual muito reduzido de trabalhadores, tão somente os sem carteira assinada, recebem o mínimo, que tal estabelecer que o salário mínimo teria sua fixação pelos municípios? É lógico é válido e acaba com muitas distorções!

E, que tal acabar, de uma vez por todas, com as vinculações dos salários de desembargadores e de juízes  aos dos membros dos tribunais superiores? Que tal desvincular as remunerações de parlamentares estaduais e municipais ao que ganham os deputados federais? O reajuste seria feito considerando a atualização monetaria mais o ganho de eficiência nacional somado ao ganho de produtividade de cada segmento, não gerando esse perigoso efeito em cascata!

Finalmente, os ajustes a serem promovidos não deverão ser apenas para enfrentar o problema fiscal e a desorganização geral das finanças de agora e criar as bases para um aumento do PIB nos próximos dois anos mas o que poderá o país buscar como perspectiva de estabilidade, de crescimento e de melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos próximos anos.

Parece que Levy tem a vaidade de querer fazer história, claro que, se deixarem! E, nos seus sonhos, imaginar que será possivel fazer com que o Brasil e os brasileiros voltem a acreditar e a se orgulhar de seu País. Será que ele conseguirá?

 

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