O PMDB TEM SALVAÇÃO?

O antigo MDB, de tantas tradições, de nomes e homens que mudaram a história deste país, hoje, sem referências, sem ideologia, sem linha programática, habituou-se a montar estratégias que tem como único propósito, a sua sobrevivência. Não busca o poder nacional porque descobriu que “é melhor ser amigo do rei do que ser o próprio rei”. Pois o rei tem responsabilidades, compromissos e ônus, além de ser leal a tradições, à história e à genealogia. Ser amigo do rei, só garante bônus, sem quaisquer compromissos. Se o rei muda, a culpa não é do partido. Por outro lado, sem nunca ambicionar ser rei, pode fazer as mais esdrúxulas alianças tão somente para manter o poder local e, com isto, garantir força e votos aos seus parlamentares.

Agora mesmo Ciro Gomes critica, pesadamente, que alguém faça qualquer aliança com o PMDB para disputar a Presidência. Embora, como a sua concorrente mais direta é Dilma, até estimula que, para ela, ter o PMDB como vice é uma boa (claro que para ele, Ciro). Ele sabe muito bem que só o poder conquistado une o PMDB. O PMDB não é mais histórico, nem histérico, mas sim pragmático. E, por pragmatismo, qualquer um entenda o que quiser.