O QUADRO SE DEFINE!

Os dados dos últimos levantamentos. feitos pelos institutos de pesquisa de opinião, mostram uma substancial mudança do quadro que, pelo que se pode sentir, demonstram uma alteração significativa das tendências em relação as preferências eleitorais, já no primeiro turno.

A mudança de Marina por Aécio, como o contendor a enfrentar Dilma no segundo turno, foi a clara evidência de que, na avaliação da população, Aécio teria mais instrumentos para viabilizar  alianças político-partidárias e angariar apoios do que Marina. E, portanto, estaria melhor apetrechado para propiciar a mudança e  permitir que ocorresse  a necessária alternância de poder!

Ademais Aécio, pela experiência parlamentar, pelo DNA político herdado do pai e do avô, além da vivência e de uma brilhante atuação no Parlamento, aliada a notável experiência conquistado no Executivo — Presidente da Câmara e Governador de Minas, por duas v, tendo terminado com 92% de aprovação, o seu periodo como dirigente maior da Terra das Alterosas! — se credenciou para representar o sentimento mudancista que domina o País.

Se o analista considerar os resultados objetivos da disputa presidencial, mostrados pelas pesquisas dos vários institutos e as adesões de todos os outrora candidatos à  Presidência, a Aécio; a soma de votos dos governadores e senadores, eleitos e os que foram para o segundo turno; a atitude dos pemedebistas que tenderão, na sua maioria, apoiar Aécio, além do fato de aliados do mineiro já começarem a disparar nas preferências do eleitorado — Distrito Federal, Mato Grosso, entre outros, — além da reação do mercado — bolsa valorizou 10% e dólar caiu, bastante, na sua cotação — esses fatos passaram a revelar um quadro bastante preocupante para Dilma.

Por outro lado, a estratégia de campanha dos tucanos, foi privilegiada pelo escândalo da Petrobrás que, por si só, dispensou Aécio de absolutizar o fato e de incorporá-lo como mote maior da disputa, deixando, à mídia espontânea, o cumprimento de  tal papel.  Também, dentro da lógica do grande marqueteiro americano, James Cargill que, numa discussão sobre a estratégia de campanha de Clinton, “engrossou”, num determinado momento, quando um assessor do candidato fez um comentário sobre a irrelevância do quadro de dificuldades do País, assim resumia o problema: “That’s the economy, stupid”. Ou seja, a deterioração do poder de compra, notadamente daqueles que se tornaram classe média pela política adotada, à época, por Lula, começa a afetar a cabeça de tais eleitores.

Também o discurso do tucano tem sido mais propositivo e vendendo um otimismo que pode ser alcançado diante do temperamento dos brasileiros, do potencial do país e diante de como se pode rearrumar a casa e retomar o desenvolvimento, sem maiores traumas.

Finalmente, a deprimir os petistas, as declarações de Gilberto Carvalho afirmando que “a campanha de Dilma vive momento difícilimo e que, em São Paulo, estava complicado andar com o bottom do PT ou da Dilma”, estabeleceu uma espécie de baixo astral no comando da campanha. Junte-se a isso a declaração da própria Dilma  de que ela estará  junta, em 2018, para apoiar a volta de Lula ao Planalto.

A concluir, a coisa está se desenhando uma grande mobilização nacional do tipo campanha das “Diretas, Já”, mas sem o medo que dominava o povo diante do estado autoritário ou o momento em que Collor convocou o povo a vestir verde amarelo para mostrar apoio ao seu governo, quando o povo reagiu e os “cara pintadas”  foram  às ruas, todos de luto, o que precipitou o “impeachment” do Presidente.

Será que o povo, em uma grande onda, vestirá azul no dia 26?

 

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