O QUE DEVE SERRA FAZER?

Alguns apressados e talvez, até mesmo, atormentados tucanos e adeptos da candidatura de José Serra à Presidência da República, quase que “surtaram” diante dos resultados das pesquisas Vox Populi e CNT/Sensus, que mostraram ou uma pequena vantagem à Dilma ou um empate técnico entre os dois candidatos.

Na verdade, é inusitada tal atitude dos tucanos quando, alguns deles, apressada e inusitadamente, já sugerem como estratégia para Serra, para se contrapor a ascensão de Dilma, um chamado “vôo rasante” sobre a candidatura de Marina Silva, como forma de “reverter” o quadro ora colocado. Três bobagens sem igual estão embutidas em tal precipitação. A primeira é o entendimento de que não há nada a reverter, nesta oportunidade, porquanto as pesquisas apresentadas, sem comparativo com a dos outros institutos, são circunstanciais, momentâneas e estão mais marcadas por uma maior exposição de mídia do que por qualquer outro fenômeno e não estariam a revelar qualquer tendência. Em segundo lugar, há que avaliar o que fez Dilma ter subido oito pontos percentuais, de uma pesquisa a outra, a não ser, provavelmente, a sua pesada exposição de mídia, via programa do PT. Em terceiro lugar, Marina Silva, diferentemente do que pensam alguns estrategistas políticos, muito mais ajudará a Serra e ao processo democrático, pois, com certeza, subindo um pouco mais, garantirá o segundo turno! Parece não ser nada inteligente, o que alguns sugerem e apregoam, de vê-la fora da disputa. Marina não é Ciro. Ela hoje, notadamente, no meio dos jovens, é a queridinha do Brasil e tentar miná-la, é uma espécie de “tiro no pé”.