O que realmente está em jogo.
Pintados para a guerra e com uma belicosidade exibida ao extremo, a tropa de choque do Senador Sarney, tendo à frente o Senador Renan Calheiros, coadjuvado pelo Presidente Collor, aprofundou a crise no Senado Federal.
O que motiva tal disputa tão acirrada? O que leva a esse striptease tão deprimente da Velha Casa? Por que perdem todos a compostura? Seriam esses desvios de conduta de atos secretos, passagens aéreas, nepotismo, etc.? Seria apenas um novo embate entre a situação e a oposição? Seria, por acaso, os desdobramentos já do que pode ocorrer em termos de sucessão presidencial na proporção em que se estimula a “guerra” entre PMDB e PSDB para que o PMDB não se “bandeie” para o PSDB?
Para alguns, que operam com teorias conspiratórias, seria o velho e competente jogo de Lula de fragilizar de tal forma Sarney, como o fez com Renan, para tê-lo como refém e controlá-lo em face dos interesses da candidatura de Dilma. Ainda para os que operam com tais teorias, seria uma forma de impedir que Sarney, em 2010, tivesse com toda a força porque o mesmo será o substituto eventual de Lula e se Lula resolver ser Senador ele próprio assumirá a Presidência e comandará o pleito.
Ao que parece, a crise é muito mais profunda do que as escaramuças, de baixo nível, estão a mostrar.
O que se admite é que o Senado chega a um ponto de desestruturação provocado pela presença de suplentes sem voto; de pequenos escândalos; de nepotismo, de inchaço de cargos funções, pessoas além da falta de cumprimento do seu papel fiscalizador, revisor e de guardião da Federação. Ou seja, o Senado hoje é questionado, inclusive, sobre a sua própria necessidade!
Será que bastará uma reforma da estrutura, que deverá ser proposta pela FGV para superar o caos?
Parece que não. A coisa é muito mais séria do que se imagina. Tudo isto requer um passar a limpo na missão institucional, no papel, na forma de escolha dos seus membros, entre outras providências.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!