O ROLO SUCESSÓRIO NO CEARÁ!

Ciro voltou de seu “recesso” destinado a esfriar a cabeça, fazer reflexões sobre o seu destino e ajudar o irmão, Cid, a sair da “sinuca de bico” em que está metido em relação à sucessão cearense. Porque, embora todos os analistas sejam unânimes em afirmar que Cid não tem concorrente e, portanto, tem todo o direito e tempo para poder “espichar a corda” para fechar a sua coligação.

Mas, o perigo está nos detalhes, com diz o lugar comum. A escolha dos candidatos a senador pode levar a desdobramentos que talvez compliquem a vida de Cid. E os sinais disso estão na teimosia e na insistência do PT, não só o estadual como o nacional e, agora, do próprio Lula, de que José Pimentel, o seu ex-ministro da Previdência, seja candidato a Senador. Eunício Oliveira, temeroso da concorrência, faz tudo para impedir que Cid aceite Pimentel na sua chapa. Ocorre que Cid terá dois caminhos. Ou aceita Pimentel e mantém a coligação com o PT e, com isto determinado, faz a coligação branca com Tasso ou rompe o acordo com o PT e estabelece o palanque para Serra.

E, como indícios de que tal pode ocorrer, a senadora Patrícia Saboya agora revela o interesse de ser candidata à reeleição. E aí, como ficará a família Ferreira Gomes? Ciro, por certo, não deixará de apoiar Tasso e Patrícia, isolando o PT e Eunício. E aí, que desdobramentos ocorrerão, a partir do retorno de Ciro, da visita de Lula ao Ceará e da pressão dos candidatos proporcionais para que se definam as coligações? E aí até poderá ocorrer a entrada de um concorrente para Cid, que seria o ex-governador Lúcio Alcântara, que armaria um palanque para Dilma, em aliança com o PT, o PR, além de pequenas siglas, buscando a sua sobrevivência na eleição proporcional. Lúcio já tem o compromisso do prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, de eleger seu filho, Léo Alcântara, atual deputado federal, como deputado estadual.

E, pelo andar da carruagem, Lúcio que já ocupou todos os possíveis cargos eletivos – Prefeito de Fortaleza, deputado federal, senador e governador do estado – não tem nada mais a agregar à sua biografia, a não ser mostrar altivez, dignidade e compromisso com a democracia em não permitir que não ocorra, eleição ou disputa, para governador no Ceará.