OS MICOS DA SEMANA!
Mico número um: A Copa da frustração e a Copa da Incerteza!
Depois da frustração com a desclassificação nacional na primeira Copa disputada no Continente Africano, as vistas se voltam para as angústias relacionadas com o “diabo” do cronograma das obras, serviços, meios e decisões para a realização do evento, em 2014, no Brasil.
Por incrível que pareça, nada foi feito em relação às obras de infra-estrutura nas cidades que sediarão a referida “festa nacional”. Os estádios estão em um tremendo “enrosco” desde o Morumbi, já descartado pela falta de quem o financie – o atual governador de São Paulo diz que prefere investir em um grande Centro Olímpico para as crianças do que num estádio que, ou será doado a um clube ou será um grande elefante branco -, até estádios como o de Brasília, do Ceará e outros mais, que nem a licitação foi resolvida!
Por outro lado, o Presidente Ricardo Teixeira, numa espécie de “queda de braço” com o Presidente Lula, diz que os problemas da Copa de 2014 são três: aeroportos, aeroportos e aeroportos!
E, por último, o Presidente Lula, já quase “jogando a toalha”, não se sabe se já é um certo ar de cansaço, frustração e desinteresse, face o esgotamento do seu mandato, diz que “o que virá a ocorrer no futuro, relativos aos problemas da Copa de 2014, “se deve cobrar do próximo presidente”.
É, a coisa “tá preta”, inclusive quando todos assistem a um país paupérrimo como a África do Sul, que se endividou, muito, para montar a infra-estrutura para a disputa da Copa, com os micos dos estádios que ficarão às moscas e sem quase uso depois que findar o evento. E imaginem o Brasil, com doze estádios em doze capitais do país, além de toda uma infra-estrutura de saneamento, transporte, saúde, segurança, hotéis, etc., como administrará tal inventário e que uso dará para que, pelo menos, os estádios tenham a metade da capacidade usada na média de eventos futebolísticos durante o ano?
Mico número dois: Dilma, ” o Programa que não foi” e o “adular os adversários”!
Dilma está ansiosa pelo retorno de Lula ao Brasil. Não só para protegê-la do assédio da mídia, da pressão dos aliados, mas também e, principalmente, dos erros estratégicos cometidos pelos seus fiéis escudeiros, no caso Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins.
Fizeram-na apresentar, com sua assinatura e rubrica, um programa que, além de afugentar os conservadores do País, assustaria a mídia, o agronegócio, os empresários, a igreja, pois reproduzia, basicamente, as propostas contidas no Programa Nacional de Direitos Humanos. E, o mais grave, tendo descoberto quase que tardiamente, o equívoco, Dilma foi obrigada a retirar, às pressas, o tal programa gerando o que disse a sua ex-companheira de PT, ex-deputada Lúcia Starling, de Minas Gerais: “Se agora ela é capaz de fazer dessas coisas, imagine quando ela estiver com o poder nas mãos”! O próprio aliado, dificílimo no trato, pois sempre apresenta faturas impagáveis, ficou desconcertado com o episódio e frustrado porque nada da sua proposta de programa foi aproveitado pelo comando da campanha de Dilma. Ou Lula chega logo e com ânimo para assumir o processo, ou os escudeiros de Dilma criarão mais embaraços para ela.
Mico número três: o buraco das contas públicas e a “herança maldita” para o próximo presidente!
Prepara-se uma verdadeira bomba, de efeito retardado, para o próximo governante do País. Os “sacos de bondade” do Executivo e a já conhecida irresponsabilidade do Congresso Nacional, além dos gastos irredutíveis que já realizaram nas contas correntes públicas, aproveitaram o ano eleitoral para aumentar os gastos públicos – 2,7 bilhões nos 39.624 cargos públicos criados do início do ano até agora; aumento de 1,6 bilhões na fatura de uma Previdência cujo déficit, já esperado, de 43,4 bilhões de reais; além do prometido ao poder Judiciário que deve alcançar 7 bilhões; sem contar os presumidos 25 bilhões se for garantido o piso de bombeiros e policiais militares! – além do aumento da dívida pública, do impacto das taxas de juros elevadas e da dependência, cada vez maior, de investimentos em moeda estrangeira.
Ademais, caso o Congresso resolva atender as demandas dos aposentados para garantir que não contribuam mais após os 70 anos, então mais dois bilhões irão à conta da Viúva. Segundo avaliações de alguns “experts”, até agora do total de “bondades” no Congresso, já foram aprovadas algo em torno de 9 bilhões de reais, o que é apenas 2% do total apresentado, para discussão, pelos parlamentares, que soma 290 bilhões de reais! O “premiado ou a premiada” para administrar tal “buraco” nas contas públicas, além de ter que queimar muita “massa” cinzenta para equacionar tal problema, terá que realizar uma programação de investimentos que, só em rodovias, vai requerer, no mínimo, 23 bilhões para sua recuperação, a ser gasto a cada ano, além dos investimentos necessários para sediar a Copa e preparar os Jogos Olímpicos de 2016!
Do jeito que a coisa anda, notadamente quando economistas internacionais admitem que a recuperação mundial está mais para um revertério e uma nova crise do que para um horizonte mais positivo, aí é que se requer muito talento, criatividade e competência política para vender a necessidade de sacrifícios a uma população acostumada com “bondades sucessivas e frequentes”.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!