OS SETE FATORES VIRTUAIS!

Quando se tem boa-fé, quando se quer acreditar e se pretende pensar o melhor para o País, independentemente de ideologia, de doutrina política ou de vertente partidária que o cidadão adota, a tendência é manter a crença no sonho de que as coisas poderão vir a ser melhores, mesmo que haja uma justificada descrença na competência, no espírito público e nos compromissos dos ocupantes de posições de relevo,  ou seja, dos dirigentes nacionais.

E é esse o sentimento que domina o cenarista. E, para não mostrar uma certa ingenuidade que o momento não comporta, os argumentos aqui apresentados e, a seguir, elencados, demonstram o “porquê”, baseado na racionalidade, desse pensamento otimista em relação ao amanhã dessa nação verde-amarela.

E os argumentos são justificáveis e mostram um grande grau de confiabilidade, na verdade, significativo mesmo que,  embora muitos deles, talvez, para alguns analistas, possam apresentar até mesmo, um elevado grau de subjetividade. O fato objetivo é que, por exemplo, somente o anúncio de uma nova equipe econômica, sustentada pelo seu ” background” acadêmico e pela  experiência no campo da formulação e da gestão de políticas públicas, além do respeito do mercado e das agências internacionais de “rating”, pelos nomes apresentados, isto acalmou os agentes econômicos e começou a restaurar a confiança nas instituições e nos homens públicos.

Por outro lado, no campo político-parlamentar, ao arma-se uma competente e experiente frente de Oposição no Senado, onde nomes proeminentes, de espírito público e de grande compromisso com os valores republicanos, isto, com certeza, muda os paradigmas da cena política. E,  isto permitirá mostrar ao País como se pode restaurar o papel, a relevância, a independência e a autonomia do Congresso Nacional, permitindo que se respire um ambiente mais democrático, onde o confronto de idéias e de propostas supere o atual “balcão de negócios”  e a vergonhosa submissão das duas Casas, diante das migalhas de favores  e benesses distribuídas pelo Poder.

Na verdade, o Senado, capitaneado por Aécio Neves, com o apoio de Alvaro Dias, Aluísio Nunes Ferreira, Ronaldo Caiado, Cristóvão Buarque, Tasso Jereissati, José Agripino Maia, Cássio Cunha Lima, Magno Malta, Reguffe, Mario Couto, e outros recém chegados ou, aqueles que já faziam uma  dura oposição ao poder até agora, poderão juntar-se aos que não tem para onde ir como é o caso do Senador pelo Pará, Flexa de Lima ou aqueles que fazem o grupo dos “magoados e ressentidos” como Jáder Barbalho, Eunicio Oliveira, Eduardo Braga, entre outros, que porventura decidam reescrever sua biografia, a partir de agora!

Se no Senado o quadro é auspicioso para que se faça algo de sério, a situação da Câmara, tão desgastada perante a opinião publica, será um “osso durissimo de roer” por parte do governo. O desafeto maior de Dilma, segundo dizem, o Deputado Eduardo Cunha, candidatíssimo  à Presidência da Câmara,  parece já contar com 300 votos,  o que já lhe garante a vitória e coloca o Executivo em situação não mais de mandar no Congresso mas, de ser monitorado pelo mesmo! O que é um bom sinal para as práticas democráticas.

Para fazer com que o quadro possa vir a ser conduzido com vistas a melhores e mais promissoras perspectivas para o País, a atitude da mídia, vigilante, fiscalizante  e sem excessos mas cumprindo o seu papel na democracia, deve ajudar a mobilizar a sociedade para cobrar o cumprimento de compromissos, de projetos em andamento ou prometidos e da palavra empenhada pelos detentores do poder. Alguém pode arguir que a conta de publicidade do governo federal que “sensibiliza” o mais revoltado e indignado dos corações, mesmo os ameaçados com chantagens, controles, lei da mordaça e outros instrumentos de cerceamento da liberdade de imprensa. Mas pelo que a mídia apanhou, nos últimos meses, o mai desfibrados dos donos de jornais, revistas, radiais e tvs se subordinará a tal aviltamento!

Também, nesse processo de redefinição dos caminhos para o Pais, pesará muito a atitude do empresariado, cobrando transparência, orçamento real e até mandatório, bem como a redução do poder de pressão e coerção do governo federal sobre os mesmos,  o que permitirá uma discussão bem mais séria sobre os instrumentos de política econômica a serem adotados e usados pelo poder bem como os novos mecanismos capazes de garantir competitividade e eficiência as atividades produtivas.

Ademais, poderão ser extremamente proveitosos os encontros dos investidores e empreendedores com o governo, notadamente com o novo Ministro do Planejamento a quem caberá fazer andar os projetos do PAC, os metrôs parados, as obras das refinarias, do Nordeste, o Minha Cada, Minha Vida e as obras de mobilidade urbana. O governo, agindo como facilitador e abrindo perspectivas para explorar todo o potencial das PPP’s além da atração de investimentos, de tecnologia e de gestão internacionais, será algo que poderá mostrar ao povo e ao país que o Brasil tem projeto e vai andar!

Também a classe média brasileira, vivendo no desconforto de perda de vantagens e de privilégios e ainda, sendo frontalmente acusada de ser a chamada “elite branca e de olhos azuis que não se conforma que os pobres vivam melhor”, segundo apregoa Lula, parece que resolveu assumir o seu papel e apoiar esse processo de transformação e mudança no País.

Finalmente o papel mobilizador e de democratização da informação exercida pela Ágora dos tempos atuais, as redes sociais, poderá fazer com que manifestações sociais contra erros, desmandos e desvios de conduta sejam prontamente denunciados é cobrada uma atitude severa por parte de quem de direito.

Assim, Saravá e que todos os santos ajudem a esse país a caminhar pelas trilhas do crescimento, da correção de desiguadades, da paz entre irmãos e sempre experimentando a alegria de viver e a felicidade merecida!

 

 

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