PAÍS DIVIDIDO? NÃO! PAÍS DESPEDAÇADO!

Os jornais às vezes mencionam o Brasil como um país dividido, diante do dramático quadro político que experimenta! Isto não expressa, de maneira fidedigna, a verdade que prevalece. Isto porque, em passado recente, era possível falar em uma nação dividida quando das últimas eleições presidenciais. Naquela oportunidade a nação estava, realmente, dividida meio a meio, ou seja, metade a favor e metade contra.

Hoje a situação é bem distinta pois que, de um lado situa-se uma grande maioria insatisfeita e indignada e, de outro, uma minoria pouco expressiva e extremamente barulhenta.

E, se o barulho dos que não teimam em “largar o osso” já era grande, com o provável desfecho do “julgamento” da Comissão do Impeachment da Câmara, hoje, a  tendência será ampliar-se, deveras, as reações, mobilizações e ações de protesto  dos governistas contra tal manifestação. E, diante da aceitação dos que apoiam Dilma, de que, na Comissão,  a derrota é iminente, o foco de atuação dos mesmos  se dirige para o Plenário onde a ação de Lula, segundo acusa a Oposição, “comprando” parlamentares, tem promovido , nos que rejeitam a Presidente e o PT,  um certo temor de que a coisa possa ser revertida. Ou seja que Dilma consiga atravessar o seu Rubicão e, continuar no Poder.  E, se tal ocorrer, o cadáver insepulto da Presidente, continuará a dar espaço, margem e estímulo a instabilidade, a insegurança, a incerteza e o sem rumo do País. A manutenção de Dilma é o impasse, a impossibilidade de entendimento e de conciliação e a total desorganização da vida pública nacional!

Dilma buscará, embora sem qualquer chance de êxito,  ser uma espécie de El Cid, O Campeador, porém, sem história, sem mensagem e sem futuro, cavalgando o seu animal — ode El Cid, era o fiel e talentoso Babieca e o de Dilma, Lula! — diante de adversários perplexos e desencantados, sentindo-se mergulhados no mais profundo pessimismo! É isto que muitos temem porque o que restará depois dessa tempestade, será apenas a ingoverbabilidade e o aprofundamento da crise econômica!

Esse é um cenário pessimista que não estaria escutando e nem repercutindo a voz das ruas. Mas, se tal ocorrer, ficará insustentável, como já parece estar, o ir e vir de parlamentares, de ministros de tribunais superiores, de formadores de opinião a quem o povo atribuirá que suas ações e votos responderam pela sua frustração.

Esqueça-se porém tal desenlace pois que isto tornará o país completa e totalmente vulnerável.

É melhor raciocinar com o cenário provável que seria a votação e aprovação do parecer do relator na Comissão do Impeachment hoje, dia 11 de abril e, no dia 17, no mais tardar, Domingo,  a aprovação do afastamento, pelo Plenário da Câmara, da Presidente! Se assim ocorrer, já na próxima semana, por mais que o aliado-mór de Dilma, Renan Calheiros, queira, o rolo compressor das ruas, da opinião publicada e pública, forçará um rito mais abreviado para o seu afastamento.

Ai então o país respirará mais aliviado, o ambiente será menos hostil e menos tenso, o mercado já dará sinais de que a confiança voltou e o novo governo já apresentará uma agenda mínima para começar a dar respostas aos problemas mais urgentes, se não na forma de solução mas, pelo menos, de encaminhamento dos mais graves e urgentes desafios.

Ao assumir Temer, pela sua habilidade e vivência, bem como credibilidade junto a mídia, as elites brancas e o empresariado, buscará construir um pacto de entendimento e de coalizão para uma espécie de reconstrução do País. Dificilmente as diferentes correntes políticas do país deixarão de acorrer ao chamamento porquanto todos estão conscientes de que vale a pena um sacrifício conducente a tempos de paz e de prosperidade, do que continuar  sofrendo os sacrifícios ora enfrentados que só tem levado ao aprofundamento da crise e ao desespero pois o desemprego tem aumentado, a quebra de empresas têm crescido, a inadimplência tem expandido  e o descrédito externo do País tem sido as marcas maiores do governo!

Se tudo não ocorrer agora, como é aspiração da maioria dos brasileiros, então há que se esperar a decisão do TSE lá para setembro o que não seria a melhor alternativa para o País que continuaria sangrando e se esvaindo e, teria que, diante de recursos e chicanas, aceitar uma escolha, sem qualquer glamour, de um presidente escolhido por eleição indireta.

Deus livre e guarde os brasileiros de mais sofrimento!

 

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