PAPA CHICO: “CRISTO BOTA FÉ NOS JOVENS”!

Os brasileiros estão mais que emocionados com a visita do Papa Francisco que, pelo jeitão simples, humilde, determinado e desprovido de vaidades, a não ser a de cumprir bem o seu papel como evangelizador dos povos, aproveitou a Jornada Mundial da Juventude para vir até o Brasil.

E, pelo andar da carruagem, as expectativas sobre as suas mensagens, que, cetamente, se distribuirão por toda a semana, são muito grandes pois, se espera, que tais mensagens marcarão posições sobre os caminhos que o novo Pontífice pretende para a sua Igreja. Caminhos esses no sentido dela ir ao povo ao invés de esperar que o povo vá até a ela. Que os pastores de almas não se isolem nas igrejas, não vivam da pompa e da antiga majestade, distante das agruras, necessidades, aspirações e sonhos do povo de Deus, mas sim, como verdadeiros evangélicos, indo até aos fiéis para sentir os seus problemas, os seus sofrimentos, os seus sonhos.

E, Francisco procura mostrar que é uma pessoa normal e comum, quando ele, esquece o lado de divino e assume o lado de mensageiro da fé e, como o Cristo, mostra-se tão humano quanto qualquer cidadão comum. É movido a paixões simples como ser um torcedor apaixonado pelo seu time, o San Lorenzo de Almagro, da Argentina; saboreia um dos prazeres da vida que é o gosto por uma boa literatura onde Dostoievsky pontifica, ao lado de seu conterrâneo Jorge Luiz Borges; de música, onde o tango, por certo, por razões óbvias, é o seu ritmo preferido e de uma boa prosa, com amigos como o Rabino de Buenos Aires. Que êle é um papa pop isso ninguém discute pois, não gosta de pompa e nem de circunstâncias e não se sente bem usando todos aquelas vestes e adereços, naturais como que a caracterizar a aura papal tradicional.

Francisco abandona a igreja episcopal e clerical e retoma a igreja do sacerdote, do leigo e do povo, capaz de fazê-la uma igreja para os pobres mas sem se subordiná-la a ideologias ou doutrinas outras e, como igreja universal e cristã, sem estabelecer resistências a participação de todos, sem preconceitos contra homossexuais, minorias e religiões e seitas outras.

Uma mudança de postura em relação aos últimos Sumo Pontífices onde, com humildade o papa pede que rezem por ele e que os fiéis se dediquem a mostrar que a igreja é universal e santa! E é santa porque é “do povo, pelo povo e para o povo”, parafraseando Lincoln! Sàbiamente o Papa sabe quanto a Igreja Católica perdeu espaço com os jovens para as igrejas evangélicas e para o ateísmo e o agnosticismo. Quer fazer com que os jovens sejam, mais uma vez, a preocupação dos líderes católicos, pois eles é que constróem o hoje e o amanhã de uma nação.

“Bote fé nos jovens e êles construirão um mundo bem melhor pela sua energia, seu voluntarismo e seu idealismo, eles são as janelas para o amanhã. Mas, na sua mensagem, não esquece o papel e a relevância dos mais carregados pelo tempo pois, se os jovens, com tudo que têm de força, de determinação, de sonho e de vontade, souberem apreciar e respeitar a sabedoria dos mais velhos, conseguirão trilhar os caminhos que as atuais gerações não foram capazes de fazê-lo.

O discurso de Francisco, foi simples mas cheio de significado e capaz de tocar a todos. Novos capítulos virão e, com eles, novas idéias e propostas para um País, cansado e exausto da política com p minúsculo mas que, mesmo assim, ainda tem ânimo e entusiasmo para buscar respostas a suas demandas as mais elementares no que respeitos os direitos, também, mais elementares da cidadania. Direitos esses que são sintetizados no tripé, exercício dos direitos civis e políticos; acesso aos direitos sociais fundamentais e sobrevivência econômica condigna!

Um Comentário em “PAPA CHICO: “CRISTO BOTA FÉ NOS JOVENS”!

  1. Ontem o país teve a oportunidade de comparar a grandeza com a mediocridade. Enquanto um chefe de Estado discursou sobre o futuro e importancia de revermos nossas posições e formas de pensar de forma a canalizar a energia e boa vontade naturais da juventude, o outro falou apenas do passado e das “conquistas” dos últimos dez anos, como se o país não tivesse história, e sem proferir uma única palavra sobre união, bons propósitos e o futuro, limitou-se a aplaudir as palavras do outro.