PAUTA GORDA E POLÊMICA!

O Congresso retorna mas, como era esperado, a meia-bomba. A par da unção dos novos líderes – Dep. João Almeida pelo PSDB, Candido Vacarezza, pela liderança do Governo e Fernando Ferro, pelo PT – o Congresso e, em particular, a Câmara, tem uma pauta cheia, gorda e polêmica.

As principais iniciativas de lei são a conclusão da votação dos três projetos do Pré-sal, máxime a difícil questão da partilha dos royalties entre União, estados produtores e não produtores; os projetos de reajuste das aposentadorias e a proposta de revisão do fator previdenciário; a proposta de consolidação das leis sociais e a lei de responsabilidade social; a revisão da lei de licitações; o projeto de reformulação do CADE e, “last but not least”, o famigerado decreto do Programa Nacional de Direitos Humanos que já gerou conflitos e confrontos do Governo com os militares, com os cristãos, com a mídia, com o agronegócio e com outros segmentos da sociedade civil brasileira.

Acrescente-se ainda à pauta, as discussões sobre a economia, onde os problemas de desequilíbrios externos, a dificuldade em cumprir a meta de 3,5% para o superávit primário, sem maquiagens contábeis, como ocorreu em 2009, além do que ocorrerá com a taxa básica de juros, representam pontos a “engordar” o debate, neste ano.

Se isto já é uma agenda bem furnida, a parte política vai se complicando cada vez mais. Dilma, agora, tem que fazer uma caminhada talvez mais solo, diante das cautelas que deve ter Lula com a sua saúde; Serra tem que sair da toca e aquietar os tucanos e as oposições, definindo já, a sua postulação para que se permita a montagem dos palanques nos estados e, Lula, vai ter que “engolir” a determinação de Ciro de que não será candidato a governador de São Paulo e nem abrirá mão da sua candidatura presidencial. E no “arraial” do PMDB a coisa começa a pegar fogo!