PRÉ-SAL AGORA VAI!

Depois de uma queda de braço entre estados produtores e não produtores, a União, face a urgência de Lula de ver definido o marco regulatório para a exploração do pré-sal, resolveu ceder parte dos seus ganhos e, na busca de um entendimento com todos os estados, garantir uma partilha mais justa entre os membros da federação, não apenas entre estados e municípios produtores mas distribuindo o botim a todos os entes federativos. Talvez, por aí, comece a se aprender a criar um verdadeiro federalismo fiscal, não apenas montado na distribuição de recursos arrecadados, mas, o que é mais importante, na realização de investimentos de infra-estrutura, considerados essenciais para gerar externalidades positivas e atrair atividades diretamente produtivas para regiões mais carentes. Talvez muito mais relevantes tais investimentos, desde que voltados para o aproveitamento, efetivo, de reais potencialidades econômicas, do que meros incentivos fiscais ou o bolsa família ou, até mesmo, a previdência que, como é sabido, tem tido importante papel na melhoria da distribuição de renda mas, de certo, não garantem crescimento sustentável, continuado e dinâmico de atividades geradoras de emprego e renda.