QUANDO A DESIGUALDADE LIMITA E ATRAPALHA!
Estudo desenvolvido pelo Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP), do curso de pós-graduação, em Economia, da Universidade Federal do Ceará, revela que, se o Ceará apresentasse um nível de desigualdade de renda menor, ele teria conseguido aumentar em cerca de 7,2%, o seu PIB. Ou seja, caso o nível de desigualdade de renda do Ceará fosse igual ao de Santa Catarina, o seu PIB seria 7,2% maior!
Segundo o Professor Flávio Ataliba, diretor do LEP, se o estado conseguir reduzir a desigualdade em 10%, nos próximos anos, a renda média do estado deveria alcançar 8% a mais do que os limites atuais. E que alternativas se colocam para reduzir desigualdades de renda tão expressivas? E, como será possível fazê-la, a nível estadual ou de unidade da Federação, em um país como o Brasil, onde os instrumentos de política econômica adotados pelo governo central, tendem a aprofundar tais desigualdades?
As propostas relativas aos programas de compensação de renda, os investimentos em escolas técnicas, os assentamentos rurais, os aumentos dos salários médios, serão tais instrumentos suficientes para, em período relativamente curto, diminuir tais desequilíbrios? Ou será que alterações na estrutura tributária do País, notadamente propostas como isenção de tributos sobre a cesta básica ou sobre os serviços industriais de utilidade pública para as populações de baixa renda, seriam bastante para atenuar tais desigualdades? Investimentos maciços em educação de base e em ensino técnico, ajudariam a superar tal problema?
Por que, nos debates eleitorais, os candidatos majoritários não tocam em questão tão relevante para a construção da cidadania?
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!