QUANTO MAIS MEXE, MAIS FEDE!

As manifestações de rua, pacíficas, sem ódios e nem ressentimentos e sem que grupos, pessoas ou partidos tentassem se aproveitar das circunstâncias, foi uma das mais grandiosas explicitações de espírito cívico, republicano e democrático dos brasileiros! Foi uma festa bela onde o que se via era algo como dizia o poeta português José Regio: “Não sei para onde vou; não sei por onde vou; só sei que vai vou por aí!” O povo apenas disse que o que aí está aí não  era o que ele queria e esperava e, por esse caminho, ele não irá e não vai querer seguir por esses caminhos e esses rumos.

Ali o povo disse que os políticos não falam nada e não expressam o que ele, povo, quer e precisa! Ali as pessoas mostraram que o governo frustrou seus sonhos e esperanças. Ali a massa disse que não temos líderes, não temos projetos e não temos caminhos. Ali o povo demonstrou que Lula foi o maior blefe da história do País e que a sigla Pt negou tudo aquilo que tentou construir de conceito é de respeito por parte da população.

Esta semana será marcada por fatos e circunstâncias que deverão acelerar o processo de deterioração do poder instalado. Quarta-feira o Supremo define o rito do processo de impeachment e, com isto, destrava os trabalhos não apenas na Câmara como também no Senado, hoje marcados pela obstrução de suas votações.

Por outro lado para complicar ainda mais a vida de Dilma, do PT e de Lula, vira a público a delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa, ex-presidente do Pp, além da ameaça de Monica Moura, a mulher do marqueteiro de Dilma, João Santana que, pelo temperamento, pode vir a ser uma tempestade. E ainda é aguardado o desfecho do processo em que os procuradores pedem a prisão de Lula que foi enviado pela juíza de São Paulo ao Juiz Sérgio Moro. Se não bastasse, ainda na agulha está una possível delação premiada do homem forte da Odebretch, o Presidente Marcelo Odebretch!

Por último, Dilma e o Pt lançam, nesta semana, a sua última tábua de salvação para vencer os enormes e, diga-se de passagem, quase insuperáveis desafios e problemas nacionais. Dilma e os petistas apostam todas as suas fichas no presumido salvador da pátria, no caso Lula, hoje jogado no canto do ringue e já levado  “as cordas” por denúncias as mais variadas e as mais cabeludas. Ele será convidado para o ministério, para ser uma espécie de primeiro-ministro, com plenos poderes não se sabe para que.

Na verdade, as expectativas de Dilma, de assessores mais diretos e do próprio PT, é que Lula, o super herói petista, cumpra três objetivos.  Quais sejam, por ordem na base parlamentar, unir o PT e mobilizar os movimentos sociais, tudo objetivando a recuperação da economia e a promoção da necessária articulação política para fugir, não só ao seu próprio pedido de prisão,já nas mãos do juiz Sérgio Moro, bem como conseguir impedir o andamento mais acelerado do processo de impeachment da Presidente.

Na verdade, para a Oposição e para a asmaior parte da mídia, Lula, ao assumir um cargo ministerial, estaria apenas se protegendo de ações inopinadas da justiça comum, abrigando -se sob o manto do chamado foro privilegiado e, portanto, conseguindo transferir o seu ou os seus processos para o Supremo Tribunal Federal, fugindo, assim, da ação implacável e bastante séria do Juiz Sérgio Moro.

Muitos temem que,com carta branca para agir como primeiro ministro, Lula, fará qualquer coisa para salvar a própria pele e garantir sobrevida ao Pt. E isto pode envolver loucuras como queimar reservas, distribuir bebesses para comprar apoios parlamentares, impedir qualquer reforma institucional e apenas promover uma política populista que só irá aprofundar a crise e venezuelizar o País.

Será que a classe política, as organizações da sociedade civil, a igreja católica, a mídia, enfim, a maioria da sociedade que foi às ruas no último dia 13, conformar-se-à com as possíveis diatribes de alguém que hoje, sem querer criar uma analogia injusta, seria uma outra versão “Eduardo Cunha”  do cenário político nacional?

Não se pode acreditar que Lula venha a agir sem freios e sem restrições sendo capazes de criar elementos adicionais para o aprofundamento da crise que não encontra elementos, até agora, para ser suavizada.

Diante desse quadro que, para ser honesto na análise, o cenarista acha que as coisas chegaram a um ponto onde “quanto mais o governo mexe já que não se mexe, mais a coisa fede”. É portanto, remendos, parlamentarismo mesclado, projeto de conciliação nacional com Dilma e Lula à frente, além de não serem soluções viáveis e cabiveis para o momento, não contariam com o apoio da sociedade. Aliás, parece que não dar mais para agir acreditando que o  “povo é massa falida” e as elites o levarão para onde quiserem.

Sem construir caminhos de esperança e sem pavimentar espaços de confiança e respeito, ninguém conseguirá pacificar o país e levá-lo a um porto seguro!

PS: Acaba de ser homologada pelo Ministro Teori Zavaski a delação premiada do Senador Delcidio do Amaral. Aí a coisa vai feder muito mais do que está!

 

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