QUE DEBATE POBRE! QUE COISA TRISTE!

Quem teve a paciência, a boa vontade e nutria expectativas de assistir a um confronto de idéias e de  propostas sobre os desafios a serem enfrentados pelo próximo governante do Brasil, frustrou-se, decepcionou-se e, os menos resistentes ao tédio, foram dormir mais cedo.

A estratégia do marqueteiro de Dilma é a de que, no desespero, vale tudo, inclusive chute na canela. E, como deu certo a estratégia de desconstrução  de Marina Silva, a prática da agressão verbal, das imputações e aleivosias, tudo era permitido. Ou seja, segunda a tese do marqueteiro, tudo vale, menos perder.

E o que se assistiu foram agressões, denuncias, acusações infundadas, imprecisão de dados e números, recorrências ao que cada um presumidamente fez e, nada de propostas, nada da discussão de uma agenda para o País! Não se sabe quem ganhou o debate mas, certamente, se sabe quem perdeu o tempo ea paciência que foi o telespectador.

Talvez o formato do programa sem a participação de jornalistas para questionar o desvio de roteiro bem como o uso de dados e informações manipulados os distorcidos, não seja o mais adequado. Por outro lado, deveria haver uma espécie de buzina do Chacrinha para, quando qualquer um dos contendores deixasse de apresentar propostas ou respostas objetivas, pudesse ser interrompido, questionado e cobrado.

Pois, se não houver freios de arrumação e disciplina, por parte do formato e da condução do mediador, o que se vai assistir, na próxima quinta, no debate da Globo, será a repetição de cenas deploráveis que só demonstram o quanto se desrespeita o cidadão e a cidadã brasileira!

O que se assistiu foi um festival de xingamentos e, Dilma foge de responder os questionamentos e, centra toda a sua proposta na desconstrução dos méritos e êxitos de Aecio  â frente do governo de Minas! Agora, na estratégia do terror e do medo, a equipe dos estrategistas  de Dilma ameaçam o opositor com algo como “Dilma tem uma carta na mão, explosiva, contra Aecio”!

Terrorismo, ameaças, denúncias, acusações sem provas, remetem os brasileiros para os piores momentos das disputas políticas do passado e a nível de comunidades menores que o que se processa na disputa nacional se assemelha àquela anedótica reação de um candidato da situação desesperado com o crescimento do opositor que convoca o seu estado maior. E o orienta a apelar para salvar o mandato.

E assim ele começava orientando a estratégia de campanha: ” Vamos disseminar a idéia de que ele é ladrão e pronto!” Ao que os assessores reagiram e disseram que tal não daria certo pois a comunidade não engoliria tal imputação jå que o cara era pobre como Jó. Ao que o chefe político reargumentou: ” Então diz que ele corno! Pronto!” Mais uma vez os assessores advertiram ao chefe que isto seria um tiro no pē pois a mulher do indigitado era paraplégica! Não satisfeito, o chefe insistiu; “Então inventa aí que ele ē virado”. Ao que os assessores disseram que tal não pegaria pois o adversário alem de bonitão e, em face da mulher paraplégica, era uma atração para a mulherada como um todo. Não desistindo da sua empreitada, o líder político propôs aos auxiliares e marqueteiros de campanha que disseminassem a idéia de que o adversário estaria com câncer!

É duro alguém assistir a informações difundidas reconhecidamente não verdadeiras; aceitar explicações inconsistentes para erros e fracassos e o uso de acusações pessoais dentro do espírito de que tudo é aceitável e, sendo o povo bobo e sem memória, uma campanha pasteurizada e plastificada por marqueteiros, tudo passa, pois como dizia um velho jurista cearense, indignado com a reação do povo ao ser usado por espertos, populistas baratos e enganadores da sua boa fé, que o  “povo era massa falida”!

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