QUEM TEM COMPETÊNCIA…
Este cenarista cumprimentava o Ministro Marco Aurélio de Mello, pelo seu aniversário, no dia 12 de julho. Ao mesmo tempo em que o cumprimentava, não apenas pela idade, pela competência, pela cultura e pelo excelente caráter que é, surpreendeu ao cenarista o prêmio concedido pelas Organizações O Globo, pelo fato de haver acertado, em cheio, no papel de “famoso palpiteiro”, com 137 pontos, os escores dos principais jogos da Copa do Mundo, inclusive a final!
E o Ministro, flamenguista inveterado, foi o grande vencedor mostrando que, além de cultura jurídica, tem uma bem nutrida formação humanística, além de entender de futebol, como poucos. Na verdade o Ministro, na sua análise sobre o êxito da Fúria, mostrou que, conjunto e talento de um grupo como um todo, são os ingredientes fundamentais para o êxito de uma missão, máxime, no futebol!
A lição dada pela Espanha mostrou ao mundo que, no esporte, a arte supera a força bruta e se “estabelece” pelo que representa de beleza, de cadência, de ritmo e de talento, no toque da bola. O futebol, com a necessária e envolvente firula, com o passe preciso, com os deslocamentos e lançamentos bem planejados, lembra que certos preceitos continuam prevalecendo: por exemplo, a máxima de Gentil Cardoso (ou seria de Neném Prancha?) de que “quem se desloca recebe e quem pede tem preferência” se aplica ao futebol-arte. É claro que futebol-arte sem conjunto, sem disciplina e sem raça, acaba virando futebol de várzea, debochado, mas sem resultado.
Quando aqui este cenarista lamentou que Dunga não tivesse aprendido com o passado que, sem banco, nenhuma seleção vai a lugar algum; sem talento e só acreditando na força e na sorte; e, que sempre deve haver espaço para experimentos com jovens talentos, não deixaria de ter levado Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato, Paulo Henrique Ganso, Neymar, Hernanes, entre outros, deixando para trás os gilbertos, os josués, entre outros. Mesmo considerando Kaká um craque diferenciado, sabendo, inclusive, que ele não estava bem fisicamente, como é que não se levou alguém do seu talento e criatividade caso ocorresse o que ocorreu com ele?
Se a lição recebida nessa Copa mostra que teimosia não rima com alegria, é crucial mirar nos exemplos das copas de 70, de 82 e de 58 para formar um time que, na visão do bom senso e do equilíbrio, sem interferências de cartolas e de técnicos, negociadores de passes de jogador ou imposição de patrocinadores, é o que se espera de critérios para a próxima seleção. E tudo vai começar com a escolha do técnico e da sua comissão técnica. Depois, as primeiras convocações dirão para que rumo estará caminhando a seleção brasileira.
Que bom que a CBF aprendesse com a CBV, onde o Vôlei, em qualquer modalidade, só tem nos dado alegria! E, até o judô, a natação e, daqui a pouco, o próprio basquete, mostrarão que um trabalho sério e de equipe, gera resultados que se transformam em alegria para o povo brasileiro.
Sem esperteza, sem improvisações, sem trapaças e sem incompetências, a canarinha voltará a ser aquilo que, por muitas vezes, embalou os sonhos dos brasileiros.
Imagine se nessas eleições os brasileiros resolvam cobrar dos seus candidatos os compromissos fundamentais para o enfrentamento de algumas chagas, tipo violência urbana e rural, baixa qualidade da educação e limitações enormes da infra-estrutura e da ação do estado! Aí seria uma possível revolução que, ao lado do que se espera faça o projeto ficha-limpa, no sentido de extirpar aqueles que denigrem a função pública, mudaria os contornos desse país que todos os brasileiros desejam, aspiram e tem direito!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!