Recados, recados e recados!

Neste mês de agosto, conhecido como mês dos acontecimentos trágicos, do episódio deprimente das acusações entre senadores, o que se extrai é o seguinte: o PMDB, com a catilinária contra Simon e, o próprio Temer, apoiando nota da Executiva Nacional sugerindo que os “insatisfeitos’ deixassem o partido, foi um recado ao PSDB, como a dizer: “se com o Pedro Simon agimos assim, imagine contra vocês”. E isto levou a atitude pragmática de Arthur Virgílio de permanecer “pianinho” e ao discurso conciliatório de Papaleo Paes. Por outro lado, o próprio PT, amuado e acuado, decidiu não participar do enfrentamento entre a tropa de choque e o exército de Brancaleone, como ontem se comportou o PSDB.

Um outro recado da tropa de choque dado ao PSDB e ao DEM foi no sentido de que, tendo a maioria dos membros do Conselho de Ética, pode arquivar as denúncias contra Sarney e levar avante a denúncia contra Arthur Virgílio e, se Tasso Jereissati estrilar, encaminhar denúncia contra ele, também.

Nesse jogo de recados, fica um para a sociedade brasileira também. Provavelmente nada fará o Senado até o final do ano a não ser o aumento da descrença no parlamento, nos políticos e nas instituições.

Este semestre promete. A pauta do STF é bem polêmica. O TSE tem várias cassações a julgar e os partidos temem a rigidez e a atitude do próximo Presidente, o Ministro Joaquim Barbosa, além dos embates relacionados ao jogo sucessório.