Recesso e crise.

Aqui já se disse que, nesta terra abençoada por Deus, as crises tiram férias, viajam ou entram em recesso. E aí entra-se em um período de esquecimento das violências cometidas contra princípios e valores caros a maioria dos brasileiros. A crise dos vídeos, diante do Natal e da confraternização do povo cristão, começa a já sair da pauta e da agenda dos principais meios de comunicação. Já não se fala mais nos vídeos que incriminavam figuras proeminentes do PMDB, envolvidas em tenebrosas transações. O “Arrudagate” dará um sumiço da mídia e das preocupações dos homens públicos de Brasília. A Câmara Distrital entrou em recesso e não apreciou nenhum dos pedidos de impeachment do Governador e, pelo que se viu, o Governador Arruda, detendo a maioria da Casa, já “negociou” com os parceiros para permitir que ele conclua o seu mandato em troca de apoio aos distritais no seu retorno à Casa, após uma reeleição onde a população não perguntará qual foi a sua participação no referido affair. Talvez os três distritais que foram vistos recebendo o chamado lubrificante cívico venham a enfrentar reveses. Os demais, se ninguém viu ninguém pode acusar!