REFLEXÕES PARA UM FIM DE SEMANA!

A contínua queda de popularidade de Dilma, o Banco Central querendo retomar a necessária autonomia na política monetária, a deterioração dos indicadores econômicos e os sérios problemas do Governo com a sua base de sustentação parlamentar, são assuntos para um posicionamento estratégico do governo e do partido de apoio a Dilma, a partir desse fim de semana!

Neste momento, o PT, através de sua Executiva Nacional, vai tentar, através de um grande encontro nacional, vai discutir como se repaginar, se reinserir no quadro de referência das aspirações nacionais e, se reposicionar, em termos de apoio dos segmentos mais ativos da sociedade brasileira. Se terá sucesso, é ainda uma incógnita. O que todos parecem acordar é que falta ao partido, um discurso convincente, capaz de dar respostas as questões levantadas pelas manifestações das ruas.

Mas, o que muita gente conclui é que há uma manifesta incapacidade da Presidente Dilma e de quem lhe assessora, de enfrentar, de forma objetiva e eficiente, as demandas da sociedade, o quadro de crise da economia nacional e a flagrante inabilidade demonstrada pelos desencontros entre a Presidente e a classe política.

E cada vez mais, fica distante o encontrar de um equacionamento para os problemas de gestão da política econômica, de retomada de investimentos e de enfrentamento dos problemas de saúde, educação e segurança pública.

Seria surpreendentemente agradável se houvesse, por parte do Governo Federal, um processo de hierarquização de prioridades e, de modo rápido e rasteira, sem maiores análises e discussões, houvesse a determinação de reduzir o número de ministérios de 39 para 20; diminuição dos cargos de assessoramento superior, de 25 mil para 10 a 12 mil ocupantes; o fim de uma série de órgãos públicos, reorganizando as suas atribuições e competências, além de medidas para agilizar a atuação mais independente das agências fiscalizadoras.

Por outro lado, se o Governo Federal decidisse aumentar, significativamente, o FPM dos municípios, através de transferências de dotações dos ministérios de muita verba — Saúde, Educação, Transporte, Minas e Energia, etc — bem como fazendo calcular o FPM sobre as contribuições tipo PIS, COFINS, CIDE, etc. além dos valores do IPI e do IR, permitiria que muitas atribuições e competências, hoje com a União, pudessem ser transferidas aos municípios e, à União caberia o papel de fiscalizar, cobrar e avaliar uma atuação mais eficiente e objetiva dos entes federativas.

Finalmente, que tal passar toda a execução do PAC para os estados? Não interferir na decisão da C6amara sobre a distribuição e alocação dos recursos dos royalties do petróleo, além de, abrir, para os investidores estrangeiros, o espaço e o ambiente da mesma forma que estão querendo fazer com os médicos, condições para que eles, pudesse por aqui aportar trazendo os seus meios, a sua tecnologia, a sua capacidade gerencial e a sua perspectiva de urgência para, num período muito curto, ajudar a resolver os problemas de mobilidade urbana, gargalos infra-estruturais e outras limitações que tanto atormentam os brasileiros.

Bem, tudo isso é uma espécie de “wishfull thinking” pois que, desse Governo, pelo que se pode perceber, é difícil surgir alguma idéia boa ou decisão que bem atendesse tais desejos.