SEM JUSTA CAUSA!
Há três dias não têm sido renovados os comentários deste site. Sem dúvida, uma explicação há de ser dada porquanto, mesmo sendo poucos os nossos leitores, não se pode sair de cena, impunemente, e depois voltar esperando que a fidelização se mantenha sem sofrer arranhões!
O fato é que notícias relevantes, pelo menos na perspectiva desse cenarista, que merecessem uma apreciação e análise que tivesse o condão de se mostrar interessante e competir com todas as providências para o “recesso” natalino e do ano novo, não surgiram. Nem mesmo as últimas pesquisas de intenção de votos para a candidatura presidencial e para as principais disputas regionais registraram algo digno de nota.
Na verdade, nenhum fato significativamente interessante nem na política, nem na economia – onde a euforia da “marolinha” deu lugar a um crescimento quase nulo! – e nem mesmo na área dos escândalos onde os atuais não estão a repercutir mais do que as normais acomodações promovidas pelo “jeitinho brasileiro”, permite minimizá-los ou dar uma trégua. O que sobrou foi a decisão sobre o garoto americano Sean, no seu estilo novela da Globo, que não comove mais os brasileiros!
E, como que numa generosa advertência, o que se propõe é que se “esqueçam as mágoas e pensem somente nos momentos bons da vida” e “a hora é de paz, de conciliação e de entendimento como o que sugere e propõe o espírito natalino” e se deixe para quando 2010 chegar, com a devida trégua até o Carnaval, volte o País a discutir as coisas sérias, então numa nova perspectiva, de que “o importante é construir, superar os desencontros e desentendimentos e pensar grande no País, a partir das propostas das pessoas que pretendem conduzir os seus destinos, a partir da grande festa cívica que serão as eleições nacionais”.
E mais, é importante lembrar que além das eleições, a maior e mais longa festa popular do país, no entremeio, as emoções serão tocadas pela presença brasileira na Copa do Mundo o que, para qualquer povo sensível, constituirá mobilização de sentimentos sem igual!
Então, “estamos conversados, quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu e o negócio é olhar prá frente, pois com o pré-sal, o crescimento “bombando” e com tanta coisa boa que vai acontecer ao País, mesmo que ele não tenha se preparado para tanto”, a hora é de celebração e alvíssaras! E que “tudo o mais vá pro inferno” como vai sugerir, aos brasileiros, o show de fim de ano do rei Roberto Carlos!
Zizi
Concordo com o seu comentário. Existe um belo poema que o meu amigo e ex-governador do Rio Grande do sul, uma vez declamou e eu o pedí para mandar-me, chamado revolução pelo voto, que é uma bela tradução do que você e a maioria dos brasileiros aspira: não um milagre mas a perspectiva de que algo vá mudar.
Um abraço
Parabéns pelo texto!
Essa aparente felicidade plena; essa ideia de que tudo vai muito bem; essa convicçaõ de que por aqui não chegam ondas apenas marolinhas; essa preocupaçaõ com uma disputa familiar por uma criança americana, me impressiona.
Felicdade plena mas sem uma política de saúde pública e esducação, tudo vai muito bem pois agora é o momento de amar o povo para receber votos, as ondas realmente são marolas nas casas dos desabrigados morando em áreas de risco por falta de uma política habitacional, e por fim uma mídia totalmente presente numa disputa familiar e quando não ausente, apenas mostrando de forma sensacionalista a miséria de milhares de crianças nas grandes metrópolis e nas riibeirinhas desse imenso país. Não desejo que tudo mais vá pro inferno mais sim que o povo disponha do poder que tem, sabendo usa-lo nas urnas no próximo ano. Que todos tenham um ano de renovações. As mudanças estão nas mãos de cada indivíduo.