SEMANA GORDA E TUMULTUADA III
De repente o Fundo Soberano Dubai World, que tem um patrimônio de um trilhão de dólares, comunicou ao distinto público que só pagará suas dívidas vencidas, de 59 bilhões de dólares, em maio de 2010! O mercado reagiu, de imediato, com quedas elevadas nos pregões das bolsas européias e asiáticas. A pergunta que preocupa é se os bancos europeus são detentores de cotas de tais fundos e em que dimensão. Ademais, quantas empresas vem escondendo problemas, similares ao do Dubai World, para honrar os seus compromissos? Acredita-se que tal crise nada tem a ver com a crise que o mundo está começando a superar. Mas, uma vez mais, representa séria advertência para as cautelas que deveriam advir quanto a assunção de riscos, alavancagens insustentáveis de recursos e outras leviandades cometidas pelos mercados financeiros.
Portanto, a cautela será a marca do comportamento dos investidores porquanto, pelo que se sabe, os bancos europeus só teriam cerca de 13 bilhões em tais fundos, sendo relativamente baixa a sua exposição. Ademais, parece que não existem instituições financeiras de peso envolvidas com Dubai. Com certeza, David Beckman, Madonna e outros artistas, estes sim, deslumbrados com Dubai e a exuberância de investimentos e do que os petro-dólares são capazes de fazer, investiram na Dubai World.
Brasil e brasileiros parecem que estão a salvo de tais riscos como estiveram a salvo da crise do subprime americano, embora, a especulação com o dólar levou a um prejuízo de 20 a 30 bilhões para empresas brasileiras, com derivativos.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!