SERÁ QUE AGORA A COISA VAI?
Não tem ninguém com um mínimo de compromisso com o País e com os seus destinos que não torça para que as medidas adotadas pelo governo para retomar a economia, comecem a surtir os efeitos desejados e esperados. E, mais ainda! Que o ambiente econômico e o “mood” da população comecem a mudar ficando mais espairecidos, mais otimistas e mais geradores de confiança e de esperança para a sociedade como um todo, é que as pessoas que não estão marcadas pelos radicalismos politicos, pelos dogmatismos ideológicos e pelo vandalismo ou pelo anarquismo inconsequente, aguardam com ansiedade.
São as expectativas daqueles que, sinceramente, apostam que, ainda que extremamente difícil o momento e mais profundos do que se imaginavam os desajustes, os equívocos e os efeitos altamente desorganizativos das políticas públicas gerados nos últimos anos, o governo vem intentando a adoção de medidas e providências tendentes a ir enfrentando os desafios embora, fica patente, sem conseguir reverter, de imediato, as tendências de “empeioramento” dos níveis de emprego e de uma deterioração da renda real disponível das famílias brasileiras.
A despeito das dificuldades político-institucional marcadas por pequenas e frequentes crises e sem o respaldo popular tão necessário para um momento como o experimentado pelo governo Temer, o grupo que comanda a economia é o que talvez haja de melhor no País e, também, diferente de várias oportunidades ocorridas no passado, não há disputas de egos entre a Fazenda e o Planejamento e nem a busca desenfreada e desesperada de protagonismos de membros do governo, o que, na verdade, isto tem já ajudado a não comprometer o seu desempenho.
Segundo Marcelo Neri, em entrevista recente publicada no Jornal Extra, do Rio, duas constatações dão uma demonstração de que as coisas começam a mudar de perfil. “Em primeiro lugar, as causas de perda de renda dos trabalhadores, até junho de 2016, 74% do efeito decorreram da inflação e 26% são efeito do desemprego. Em segundo lugar, o que se constata é que tais perdas estão piorando menos”! Ou seja, a ênfase no combate sem trégua à inflação ajuda a minorar as perdas de renda real mais do que a recuperação dos postos de trabalho.
A trégua que os recessos do Parlamento e do Judiciário; o clima de festa e de confraternização que passa a se estabelecer a partir de agora; e a determinação da equipe econômica de buscar estabelecer politicias publicas que não comprometam o ajuste das contas publicas de médio e longo prazo mas que diminuam o sufoco que enfrentam as famílias de classe mēdia baixa e média média do PaÍs, aliada aos programas compensatórios de renda para as populações mais carentes, são alívios para a situação de milhões de brasileiros e começarão a gerar um clima mais favorável em termos político-sociais e em termos econômicos, para o Governo Federal.
Também a posse dos novos prefeitos, mesmo com o pessimismo que toma conta da maioria diante das desestruturadas contas públicas, lança um ar de esperança de que o novo trará, em sua esteira, austeridade, inovação, criatividade e entusiasmo para inventar saídas as mais interessantes para os graves desafios.
A criatividade dos “Policy Makers” da área econômica brasileira vai se exercitando não só pelo elenco de idéias e propostas que estão sendo concebidas e que ora estão sendo implantadas, mas também pela iniciativa de Temer de criar uma Secretaria Especial de Fomento e Desenvolvimento Microeconômico junto ao Ministério da Fazenda, a ser ocupada, provavelmente por um excelente quadro de profissional do ramo. Talvez João Manoel de Pinheiro de Mello, brilhante economista do INSPER.
Dessa forma, o que há de se esperar é que alguns fatores desestabilizadores ou comprometedores das instituições ou que gerem impasses políticos, deem uma trégua nesse final de ano e permitam que as medidas e providências microeconômicas e estimuladoras de uma retomada mais rápida da economia, prosperem. Se isto ocorrer e, de repente o estado brasileiro for tomado, em todos os seus níveis, por uma ânsia de agilidade, de pressa e de buscar simplificar processos, métodos e práticas de decisão e gestão, tempos serão abreviados, resultados mais rapidamente alcançados e uma espécie de trégua será observada na sociedade tupiniquim.
Como disse o Papa Francisco “o papa é argentino mas Deus é brasileiro” e, portanto, o que se aguarda é que um milagre pode estar prestes a ocorrer pois há muita fé de que os ajustes venham a responder as expectativas da sociedade nacional.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!