UMA NO CRAVO …

A notícia de que a dívida externa ampliou, em demasia, no governo Dilma — atingiu 482 bilhões, cresceu em 37% e, tendo 1/3 de seu vencimento já em 2014 e 2015, gera grandes preocupações! — aliado a uma elevação das taxas de juros americanas, o que provocou a saída, em menos de 72 horas, de 4,3 bilhões de dólares, do País, demonstra que as coisas tenderão a exigir melhor e maior monitoramento dos fundamentos da economia, nos próximos meses.

Também a dívida interna cresceu muito, exigindo um superávit primário cada vez maior, ao mesmo tempo em que os preços represados de derivados de petróleo, das tarifas de energia elétrica e de transportes públicos, preocupam o processo de controle da inflação.

E, em boa hora, em função do bombardeio da critica da sociedade e da mídia, o governo federal já fala em cortar os incentivos concedidos à indústria, apertar os gastos públicos e, fazer um rígido acompanhamento, bem de perto, dos cronogramas de desembolso das obras e programas de governo!

A propósito, é lamentável constatar que, mesmo diante de toda a tragédia das enchentes, com os desmoronamentos, desabamentos mortes e populações desabrigadas, verificou-se que os recursos destinados a tais eventos, apenas uma parcela muito pequena foi, de fato, desembolsada! Com vistas a ter as contas sob controle e os investimentos mais acelerados — o que, parece, um pouco de lucidez começa a baixar na cabeça dos gestores das políticas públicas do país, tais possíveis providências virão em boa hora!

Nessa busca de encontrar boas notícias ou perspectivas de boas notícias, depois de avaliar quão precário foi o desempenho do Ministério da Justiça na gestão de obras e convênios na construção de presídios, o governo resolveu fazer uso do regime especial de licitação para ver se acelera a construção de penitenciarias, pelo menos aqueles destinadas a desafogar as cadeias superlotadas, Brasil afora. Se se abre, como aqui já sugerido, o programa de construção de presídios dentro do marco das PPP’s, não apenas para a edificação dos prédios mas, também, para a sua gestão, então as expectativas podem se tornar ainda mais favoráveis.

Alie-se ao fato de que, hoje, em particular, antes de fechar o ano, com um deságio de quase 60%, a Br-040, no trecho de Brasilia a Juiz de Fora, teve a licitação de concessão da rodovia, exitosa. Se o ritmo das licitações das concessões de portos e de ferrovias ocorrer na mesma cadência do que está a ocorrer com as rodovias, então as perspectivas serão mais favoráveis do que se antecipava, faz pouco tempo, diante dos dados derivados dos desequilíbrios fiscais, dos desequilíbrios externos e da falta de ambiente para que os investimentos externos fossem atraídos para obras das concessões, de exploração do potencial mineralógico e de mobilidade orbana.

Cada vez mais fica no ar a indagação: se o País foi capaz de enfrentar o desafio de construir os estádios para a Copa do Mundo, sendo as obras de mobilidade urbana tão em pedra e cal como os templos do futebol, por que elas não andam?

São marcos regulatórios complicados, é uma burocracia excessiva na liberação de licenças de toda ordem; são restrições dos órgãos de controle interno e externo e, acima de tudo, será que a incerteza, a insegurança e o despreparo dos gestores que auxiliam Dilma na tarefa de fazer o País caminhar, respondem por tais emperramentos?

Os empresários estão ávidos por aproveitar as oportunidades, haja visto que, agora mesmo, um grupo japonês, com recursos russos, está fazendo proposta para construir 8 usinas nucleares no Brasil, bastando a manifestação da Presidente Dilma, para que isto ocorra num prazo relativamente curto.

Vários empresários na área de mineração apenas aguardam a aprovação do novo marco regulatório do setor para deslancharem grandes investimentos país afora.

Ou seja, o campo é fértil, as potencialidades são enormes, os investidores estão ávidos para explorar possibilidades e o Brasil, se o governo não atrapalhar e não colocar os pés pelas mãos, poderá voltar a ser a bola da vez.

Ou será muito otimismo para um país com um governo com viés ideológico, tendo o estatismo como visão de condução da coisa pública e o estado totalmente aparelhado por partidoa políticos?

2 Comentários em “UMA NO CRAVO …

  1. Do jeito que as coisas acontecem no Brasil, vamos torcer para não seja uma associação russo-nipônica entre as empresas que construiram as malfadadas usinas de Fukushima e Chernobyl. Uma inundou – no que somos incorrigíveis conhecedores – e a outra explodiu – nossas concessionárias são especialistas nisso – como os transformadores e bueiros por onde passam energia e gás em nossas cidades.

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