UMA OUTRA TEMÁTICA!

Um assunto que é muito caro aos nordestinos e aos amazônidas, principalmente, diz respeito à propostas do governo federal para reduzir as desigualdades econômico-sociais do país. Tema recorrente, não encontra forma de ser colocado que sensibilize, de fato e, que levem à ações consequentes capazes de  mudar o quadro de desencanto e desilusão que domina as populações de tais áreas. A forma como o problema é apresentado não consegue se firmar como uma proposta viável e convincente de alterar os paradigmas do quadro de pobreza e de falta de dinamismo das economias das regiões deprimidas. Primeiro, este conceito de região está ultrapassado, pois que existem áreas e subáreas atrasadas em diferentes graus bem como com potenciais econômicos a serem explorados e que são bastante distintos. Hoje a discussão do tema não consegue sensibilizar ninguém, de forma séria. Segundo, não há sentimento e ação regional nas incursões dos governos estaduais porquanto eles não conseguem raciocinar como entes pertencentes a essa coisa chamada desenvolvimento regional. Ou seja, eles só olham para o próprio umbigo e não trabalham, conjuntamente, para viabilizar teses e políticas  que possam  vir em benefício  da região ou de subregiões homogêneas.

Por outro lado, a União não tem nenhum projeto destinado a mudar tal quadro de referências e, nas próprias políticas públicas federais, deveria já haver um mecanismo, nelas embutidas, que estabelecesse que qualquer nova política ou nova decisão institucional ou de investimentos do país passasse por um teste de eficácia de redução de desigualdades regionais, ou pelo menos, não aprofundasse tais desigualdades. Ou seja, deveria  permear toda a decisão da União no campo econômico, social e político, elementos que garantissem o compromisso de que a questão regional estaria sendo objeto de tratamento privilegiado em todos os planos, projetos, políticas e ações.

A montagem de complexos como o Pólo Petroquímico de Camaçari; o complexo de Suape; o complexo do Pecém; o pólo agroindustrial  de Juazeiro/Petrolina;  complexo siderúrgico do Maranhão, entre outros, ajudaria a dinamizar certos segmentos e áreas da Região. Também ajudaria se fossem realizados investimentos de infra-estrutura como a conclusão na Norte-Sul, da Transnordestina e da ligação da Estrela do Oeste ao Tocantins; a duplicação da BR-101, a ampliação de portos e aeroportos regionais além da exploração de minerais estratégicos – o urânio de Itataia, no Ceará – o minério de ferro do Piauí além de outras potencialidades da Região.

Se, ao lado de setores tradicionais fosse dado prioridade e preferência a implantação de pólos ligados às tecnologias de informação e comunicações, plataforma de serviços e o aproveitamento de oportunidades industriais  que demandem mão de obra hábil, disciplinada e criativa. A exploração do potencial de serviços de significativa agregação de valor seria uma área a ser explorada. A idéia do Governo do Ceará de incluir, digitalmente, todo o estado, abre espaço para uma revolução na educação, na criatividade e no empreendedorismo. 

A idéia é abrir um debate menos acadêmico, mais objetivo e mais capaz de gerar idéias-força que mobilizem e entusiasmem a população e de potenciais investidores.