UMA QUARTA-FEIRA GORDA PARA A POLÍTICA!
Nesta quarta-feira, os destinos dos novos partidos, os caminhos de vários parlamentares e a chance de uma renovação do quadro político nacional, podem ter definições de relevância para o processo político nacional.
Amanhã, não apenas Marina Silva e seus correligionários, mas também muita gente boa por essa país afora, que acredita na boa fé, no espírito público, na mensagem da sustentabilidade e no compromisso ético, dessa senhora frágil mas, determinada, corajosa e valente, estarão aguardando que a democracia não se faça apenas pela fria letra da lei mas pelo que clama e reivindica a sociedade.
Espera-se que a justiça não frustre, outra vez, os brasileiros, porquanto ainda não passou o desencanto com o que o STF brindou os brasileiros. E agora, o TSE, se porventura acreditar mais na honestidade dos cartórios eleitorais do País ou no que diz 26% dos brasileiros, ou seja, os eleitores de Marina que apostam e acreditam na freirinha, aí então a desilusão será completa.
É claro que além da Rede de Sustentabilidade, aguardam manifestação do Tribunal, o Solidariedade do Paulinho da Força Sindical e o PROS, que, na verdade, não se sabe quem é o “big shot” por trás do mesmo, para que se oxigene a vida política-partidária do País.
Por outro lado, é hora de indagar o que vai ocorrer com o PSB país afora, após o desembarque da Executiva Nacional do apoio ao Executivo Nacional. Por enquanto, o PSB nos estados, à exceção do Rio Grande do Sul, onde o partido já desembarcou do governo petista de Tarso Genro, nos demais estados a aliança continua presente, mesmo que, vivendo a angústia existencial de não se saber como ficará o apoio a Dilma, na proporção em que se defina e consolide a candidatura de Eduardo Campos.
Também, fica “stand by” a situação dos irmãos Ferreira Gomes que, de um lado são estimulados por Dilma a continuar a apoiar o seu governo e a sua reeleição mas, ao mesmo tempo, não sabem se ficam ou se deixam o PSB. Também na “fila do gargarejo”, estão o ex-Senador José Serra, que não encontrando espaço no PSDB, pode vir a buscar um outro ninho que, até agora, não se sabe qual será.
E, também fica no ar a questão: se Marina e, consequentemente, sua Rede não der certo, para onde migrarão os deputados já compromissados com ela? E se a incursão de Paulinho da Força também for frustrada, para onde irão os vários deputados já acertados com o Solidariedade? Se Marina ficar órfã, para onde ela irá e para onde os seus 26% irão?
E ainda fica no ar, o futuro do PDT, depois do Tsunami que quase devasta o partido como devastou o estado de origem do Ministro, Santa Catarina. E, ainda, o que restou do PSDB, como vai ficar?
O velho PMDB de guerra, como sempre, no “cá te espera”, estará a recolher náufragos e negociará mais gratificações, da parte do governo, pela lealdade e pelo apoio dado quando muitos fugiam do barco. Deve cobrar fatura adicional, talvez querendo o Ministério da Integração e, claro, a manutenção do cargo de vice na reeleição de Dilma.
Ainda nesse quadro, espera-se que a reforma política em gestação na Câmara, talvez agregue a proposta de Pedro Simon de reestabelecer a Cláusula de Barreira, o fim do suplente de Senador sem voto e o fim do voto secreto. Pedir mais que isso só o próprio PT que quer que Vacarezza force a aprovação de, pelo menos, o financiamento público de campanha.
Finalmente, há que se esperar que as agendas do Senado e da Câmara tragam alguma coisa que atenda as expectativas da sociedade e não se restrinja a mesmice dos tópicos de interesses dos próprios parlamentares.
Gostei e gosto muito dos seus comentários políticos, os quais me ilustram quanto a esse segmento, o qual não faz o meu forte más, sendo bem explanado e explicado, também, com as dicas dadas por um experiente como você, ai sim, já provoca o interesse. Parabéns e um bom dia.
Vamos aguardar !