UMA VISÃO OTIMISTA MESMO DIANTE DO CAOS!
Não há nada que se assemelhe a um conceito de caos do que o ambiente e o instante que vive o Brasil e os brasileiros. De repente o País descobriu o “mar de lama”, –expressão criada por Carlos Lacerda ao se referir ao governo Vargas — que atinge proporções tão grandiloquentes a ponto de se puder usar a expressão “nunca na história desse país” ocorreu algo dessa dimensão, com esses valores e de forma quase endêmica! É quase impossível não encontrar pessoas, em níveis de liderança de toda e qualquer ordem, que não tenham sido levado a cometer certos crimes, nem que seja o simples e banal benefício, quer direto, quer indireto do hoje famoso Caixa Dois.
Aliás, até bem pouco, usado amplamente por quase toda a sociedade, tal expediente ocorria sob as vistas condescendentes e compreensivas da própria justiça do País!
O que se verifica a cada dia é que surpreende a quase todo o mundo, é que figuras públicas que se tinha em conta como insuspeitas, de conduta inquestionável e fora de qualquer dúvida, serem arrastados por esse turbilhão devastador que as chamadas delações, premiadas ou não, estão promovendo. A coisa assume proporções absurdamente grandes e genéricas que as pessoas ficam com a sensação de que “essa coisa” não se acabe e, esse não ter fim, gera desespero, descrença e quase desesperança.
E o que todos perguntam é “para onde e por onde caminhará essa grande e portentosa nação, com tantas potencialidades e tanta riqueza” e por que as suas elites não conseguem assumir um compromisso mínimo de buscar o desenvolvimento econômico e a paz social?” A perplexidade, a insegurança e a incerteza dominam as mentes e os corações dos brasileiros gerando-lhes revolta para com os homens públicos, descrença na mídia ou nos meios de comunicação e o total desânimo quanto o que ocorrerá com a pátria amada!
Apesar de todo esse quadro de pessimismo e de desânimo, “há algo no ar além dos aviões de carreira” pois existem já sinais de que a economia descolou, de vez, das escaramuças políticas e do jogo mesquinho de interesses muitas vezes inconfessos de políticos, agentes públicos e empresários que, mesmo diante do sofrimento e do desespero de mais de 12,5 milhões de desempregados e de um grande grupo de micro e de pequenos empresários, continua a cometer diatribes.
A queda monumental da inflação, hoje já operando abaixo da meta, ou seja, dos 4,5% ao ano, levaria a qualquer analista a avaliar o quadro econômico mostrando uma reversão de tendência e, consequentemente, a uma queda, significativa, no processo de perda do poder de compra da renda familiar. Também os últimos indicadores de desempenho do setor de serviços já identificaram um desempenho bem superior ao verificado nos três meses do ano anterior. Agora mesmo o crescimento das vendas da indústria automobilística, o excelente desempenho dos negócios agropecuários, das exportações e do ingresso de capitais externos, mostram um panorama onde se podem assentar expectativas mais otimistas em relação ao País.
A informação recente divulgada pelo Banco Central de que a economia cresceu 1,32% nos dois meses iniciais de 2017, 0,5 pontos percentuais acima das previsões do Governo, tendem a caracterizar indícios de uma retomada da economia que, embora não gerando expectativas que se feche o ano com uma expansão acima de 1%, o fundamental é que estão em andamento vários processos caracterizadores de uma reorganização efetiva da gestão pública necessária e fundamental ao enfrentamento dos desafios impostos pelo próprio crescimento da economia. Na verdade, de repente descobre- se o monumental rombo nas contas da Petrobras; uma Empresa Brasileira de Correios com um buraco que vai além de dois bilhões de reais no ano que passou; os principais fundos de pensão em situação extremamente complicada pela má e desonesta gestão, como agora veio à luz o estado falimentar da Postalis; os estados e municípios em situação de penuria e de quase inviabilidade financeira. são alguns dos problemas que o governo federal tem que enfrentar, de imediato.
Por outro lado, reformas institucionais requeridas para ajustar o estado aos novos tempos e as novas circunstâncias políticas, econômicas e da globalização das sociedades, representam outros desafios difíceis de serem enfrentados diante das resistência dos beneficiários de privilégios e favores neles embutidos. Também os interesses político-ideológicos contidos nessa disputa entre os que acreditam e tem consciência de que as reformas são fundamentais, necessárias e urgentes e os que sofismam contrariamente, geram enormes dificuldades ao processo de reconstrução do País.
Apesar de todas essas limitações, dificuldades e dos enormes desafios, o Governo Temer tem mostrado uma inesgotável paciência diante de uma Oposição impiedosa e uma mídia que, com raras exceções, só tem apostado no pior, levando a analistas mais ponderados e sérios temerem que o Presidente, sem apoio popular, diante de tantas incompreensões, de repente acredite que jâ satisfez a sua vaidade de haver ocupado o cargo mais alto da Republica decida ir embora e deixar o poder nas mãos do caos e da pouca vivência e experiência política do jovem presidente da Câmara. Aí, todo o esforço feito até agora, poderá ter sido em vão e não venha a redundar na retomada firme e continuada da economia nacional.
Assim, mesmo diante dos atrasos, das alterações e das modificações introduzidas nas propostas de reforma apresentadas; mesmo diante de erros e equívocos que geraram enormes perdas para o Erário; mesmo em função da necessidade de combater desajustes, desvios, distorções de programas sociais e, mesmo diante da necessidade de enfrentamento dos desperdícios e das ineficiências na gestão da coisa pública, ao que parece as cousas marcham para uma efetiva retomada do crescimento da economia.
E Temer, com a competência, habilidade e paciência, continua colecionando êxitos no Congresso aprovando a renegociação das dívidas dos estados, garantindo avanços bom vistas as reformas trabalhista e previdenciária que, pelo visto, serão votadas na Câmara em maio e, com certeza, em junho no Senado. Tais reformas serão a sinalização que faltava para uma intensificação das decisões de investimentos do setor privado nacional e de investidores externos.
PS: publicado sem revisão!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!