ISTO SÓ VAI PARAR QUANDO TERMINAR!

A conclusão não poderia ser mais acaciana mas traduz a realidade objetiva do que ora assiste o País. A corrupção é endêmica e a ousadia dos destemidos ainda acreditando na impunidade e apostando que “já e já esse “moralismo udenista” vai passar e o jeitinho brasileiro” voltará a ter seu lugar nas relações interpessoais e de negócios no País.

Pelo jeitão das coisas, o assunto virou novela e o povão está gostando pois nunca viu grandes e poderosas, da economia e da política, principalmente, serem presos, obrigados a confessar seus mal feitos e sofrerem as humilhações que, até bem pouco, só “preto, pobre e puta”, como dizia Ulysses Guimaraes, sofria no Brasil.

Acrescente-se ainda que o poder instaurado há mais de 12 anos no Brasil e o “entusiasmo com o chamado dito novo na velha política que era o PT”, foi-se desmantelando, desmanchando-se, desacreditando-se e, desmilinguiu-se de tal forma que até o próprio Lula já teme pelo seu destino pois “o fogo das denúncias já chega perto demais dele mesmo”! E, dizem as más línguas que José Dirceu não é Marcos Valério e não vai pagar o pato sozinho. Por outro lado a militância, outrora tão ativa ou está envergonhada ao extremo ou só opera a base do lubrificante cívico, qual seja, a base do vil metal.

Esse é o quadro e ele vem acompanhado por uma economia em profunda crise e, até agora, diante da atitude dos brasileiros que não tem a paciência para esperar pelo amadurecimento das medidas tomadas pela equipe economica e acham que o remédio está amargo demais e, a dosagem está quase a matar o doente. Mas, o que nem o povo nem os mais experientes conhecedores da realidade nacional imaginavam ou sabiam, era que os desajustes, os desequilíbrios, os erros e equívocos eram muito maiores que os encontrados.

Como disse um economista brasileiro em entrevista recente “o problema do País é uma espécie de câncer metastésico, que só se cura com químio e radioterapia e, como é notório,  os efeitos colaterais do tratamento são impiedosos e duros de engolir”!

As dúvdas sobre a tendência do quadro são enormes porquanto muito de que vai ocorrer daqui para frente dependerá, em muito do Congresso Nacional que parece alheio à gravidade da crise e da sua responsabilidade histórica que ainda não foi incorprada ao espírito das duas Casas, operando em um varejo desprezível e olhando para as galerias sem considerar a urgencia de medidas de sacrificio e apoio institucional ao ajuste fiscal e as correções de rumo que a equipe econômica tenta por em execução.

Por outro lado, a paciência das agências de risco parece que vai se esgotando e as expectativas em relação ao País vão se esgotando criando perspectivas pouco favoráveis para a entrada de recursos externos, a rolagem da dívida e o encontro de contas do país com o exterior. O temor adicional é que a equipe de Levy e ele próprio, cansem e a impaciência dos agentes econômicos se esgote. Isto será muito grave e ter-se-á o pior dos mundos.

Adicionalmente como condimento ao processo, a crise de gestão é muito grave porquanto entre aqueles que detem o poder de formular políticas e tomar decisões, esses se divem em espertos e aparoveitadores de um lado que ainda creem que a impunidade prevalece e os tímidos e medrosos, sem iniciativa e temerosos em tomar quaquer decisão sobre qualquer coisa por menos relevante que ela aparente.

Embora o quadro seja tenebroso, os brasileiros buscam se apegar a algum fio de esperança como a manifestação do Ministro do Supremo Marco Aurélio de Mello que declarou que após esse penoso processo, abrir-se-ão novas perspectivas e um novo tempo surgirá recuperando a alegria e o otimismo aos brasileiros. Será?

 

 

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