UM PAÍS À DERIVA POR FALTA DE INSTITUIÇÕES E DE LÍDERES!
É tudo uma frustração geral e absoluta! Cada dia uma surpresa decepcionante para os cidadãos brasileiros. A agregar a esse quadro tão deprimente, um ministro do Supremo resolve conceder um questionável habeas corpus a um médico, anteriormente já condenado a 248 anos de prisão e, inclusive libera a concessão de seu passaporte, o que levou o réu a fugir para o Líbano, nação de sua origem e para o qual, dispunha de cidadania libanesa e o Brasil não tem acordo de reciprocidade e de extradição com o referido país. E hoje, um outro Presidente da Câmara, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves, junta-se ao ex-Presidente Deputado Eduardo Cunha, no presídio, ampliando para oito o número de ex-Presidentes da Casa, “enrolados” em diferentes maracutaias!
Se tais razões de tamanhas perplexidades não bastassem, a cada momento se descobre que, mesmo com as operações como o Mensalão e a Lava Jato, além de outras, fruto de seus desdobramentos, a ousadia, o descaramento e a audácia desses que se habituaram a tais desvios de comportamento, continuam a perpetrarem crimes de corrupção como se nada tivesse ocorrido ou ocorrendo.
Olha-se no entorno e o que se vê e se sente é uma nação se descobrindo órfã de líderes políticos, empresariais, religiosos e nomes e homens da sociedade civil capazes de produzirem algum alento e alguma esperança. O país se descobre também órfão das atitudes proativas de outros tempos das outrora tradicionais instituições da sociedade civil — OAB, CNBB, ABI, CUT, FORÇA SINDICAL, CGT, entre outras — que não mais pontificam com “palavras, gestos e ações” capazes de demonstrar, à população, o seu engajamento, no encaminhamento de problemas e de desafios nacionais.
Por outro lado, os partidos políticos caracterizados pela profunda e inquestionável mediocridade de seus membros, a par do oportunismo e da esperteza de seus lideres, deixam uma sensação de abandono e de frustração, à população, conduzindo a uma Idéia de que, sequer os radicalismos de toda ordem, encontram hoje campo para prosperarem. O próprio Judiciário, marcado por decisões controvertidas e por disputas internas de poder, além de vícios outros que não vale à pena discutir e comentar, leva a constatação de que o “ultimo bastião de qualquer democracia”, no caso a Justiça, aqui no Brasil, não tem o respeito e a confiança do povo pois não se tem a convicção de que ela agirá com isenção, com espírito republicano e com a agilidade e a eficácia requeridas pelas demandas, notadamente dos mais desvalidos.
Nos meios empresariais e sindicais, não surgem nomes de lideres que pudessem vir a ser capazes de vocalizar as indignações e a quase revolta dos brasileiros com o estado das artes que hoje domina a cena, as relações politico-institucionais e o próprio debate nacional. Ou seja, a aridez e a nulidade de atitudes, posturas e idéias é total e absoluta.
Ademais, Temer, o Presidente, sem a legitimidade do apoio popular, vive o seu inferno astral porquanto os vários erros cometidos por ele na recente condução dos episódios de Joesley Batista, da mudanca ministerial e do caso Rocha Loures, dão uma demonstração de que, ou por exaustão e cansaço, Temer não tem mostrado a tão propalada habilidade de transigir, de compor e de negociar, politicamente, como foi outrora referenciado e conhecido. Temer, como dizia a mãe do cenarista, cometeu o maior de seus erros ao escolher as chamadas companhias pois que as “más companhias foram a sua marca maior na escolha de seus auxiliares mais próximos”.
O Presidente talvez consiga uma sobrevida com um possível pedido de vistas no julgamento do processo do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. Mas a pressão das oposições e das ruas, aliada a pressão de Janot, de Edson Fachin e do Ministério Público, talvez mine as resistências de Temer, notadamente se ocorrer uma debandada dos apoios parlamentares como se prevê caso o julgamento do TSE caminhe para uma posição incontroversa pela cassação.
Assim o que se sente é que o país, se nâo conseguir manter, pelo menos incólume, a equipe econômica, tenderá para um processo de esgarçamento do tecido social e a uma possível ruptura institucional. Mas, se Deus for mesmo brasileiro e não tiver cansado de tanta hipocrisia, mentira, esperteza e incompetência; se não tiver reproduzindo a fala de Ruy Barbosa — ” de tanto ver prosperar as nulidades e incompetências …” — talvez, pelo seu bem querer, deixe que o acaso recrie as chances desse país dar certo. Está tudo muito difícil, cansativo, chato e sem um vislumbre de um homem, de uma idëia ou de um sonho que permita acalentar uma réstia de esperança.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!