OH! BRASILZÃO SEM PORTEIRA E SEM AMANHÃ!
Quando o horizonte é nebuloso e, muitas vezes, turvo; quando o ânimo se desfalece e quase se esvai; quando parece morrerem os sonhos, ás vezes, como por encanto, surgem nesgas de esperança que alimentam o afastar, mesmo que seja só, temporariamente, do pessimismo e do desencanto. Algumas circunstâncias ou evidências ou ainda uma espécie de “wishful thinking”, qual seja, um manifesto desejo que se busque encontrar no recôndito da alma, um fio de esperança de que o Brasil, mesmo subordinado a solavancos, denúncias, desconfianças e descrenças, chegue às eleições de 2018 e crie, quem sabe, nem que seja uma perspectiva ilusória, de que as coisas irão mudar, parece que será capaz de alimentar muitos sonhos e muitas esperanças.
E, nessa toada de “forçar a barra” no intentar desconstruir o profundo pessimismo que se abate sobre os brasileiros como um todo, é fundamental que o milagre de se conseguir garantir a presença, sem crises existenciais e com o compromisso histórico, da atual equipe a frente da recuperação da economia, é condição “sine qua non”! Que a turma do Meirelles continue a cumprir o papel que ora leva a efeito, representa um dos pilares das bases para a recuperação da confiança e da esperança do povo em dias melhores.
E, finalmente, para fechar o conjunto de perspectivas mais alvissareiras, aguarda-se que a classe política, fugindo as suas práticas, mesmice e sua visão oportuno-imediatista, resolva aprovar, mesmo com limitações e restrições, as reformas trabalhista e previdenciária tão urgentes para o país. Aí então poderá acreditar-se que o Brasil estaria no rumo certo. Se se conseguir alcançar esses três grandes propósitos e objetivos, será possível reinventar a esperança, o sonho e o próprio Brasil.
Agregue-se, como fator a alimentar essa possibilidade de uma mudança de ambiente e de perspectiva, o excelente desempenho do agronegócio brasileiro que, indiferente à crise político-institucional, navega em mares mansos e tranquilos, ajudando a promover um notável desempenho do setor externo do País e, por incrível que pareça, continuar apoiando e estimulando o ingresso de um significativo fluxo de recursos externos para o Brasil.
Nesse coletar de fontes de crenças e de esperanças, uma noticia colhida nos jornais de hoje mostrando que, de 2007 até 2016, o Ceará, notadamente nos municípios interioranos, conseguiu reduzir o analfabetismo infantil de 32% para 0,7% e dispor da melhor rede de escolas públicas com o município de Sobral na liderança, tudo isto representa feito de excepcional relevância. Ademais, se se examina os índices de proficiência do Spaece-Alfa, os municípios interioranos daquele estado, saem de um índice de 119,1 em 2007 para 185,6, em 2016, mostrando um esforço bem direcionado e eficaz dos órgãos públicos do estado.
Some-se a tanto o fato de que cerca de 150 escolas púbicas são premiadas no segundo ano e 112 no quinto ano, a maioria em pequenos municípios interioranos, o que mostra que o estado está capaz de acelerar o processo de transformação econômico-social, a partir de tais avanços. É bom que se agregue ainda que, as 10 melhores escolas particulares do Ceará, segundo dados recentes, abocanhavam cerca de 43% das vagas do ITA, do IME e da Escola Naval, no Brasil como um todo!
Tais evidências e esperanças refazem, em parte e um pouco, o “mood” do País e leva o cenarista que, no seu último comentário, foi, para alguns, de um pessimismo atroz, a retomar um pouco do otimismo perdido. Embora haja tal esforço, com certeza todos irão concordar que, ao olhar ao redor, é difícil ter em que e em quem acreditar. É duro dormir e não sonhar. Ē complicado não ter como transmitir um raio ou um rasgo de esperança a tantos jovens ciosos e ansiosos por acreditarem num amanhã mais favorável.
Portanto, é dever, é obrigação e é compromisso com a cidadania e com a brasilidade afirmar que, apesar de tudo, é possível acreditar que algo pode e deverá dar certo e que o Brasil de amanhã será melhor do que hoje se experimenta. Um país tão grande de potencialidades e de perspectivas, embora tão apequenado diante da mediocridade, da irresponsabilidade e do descompromisso de seus líderes, não pode ser reduzido a uma dessas republiquetas de bananas.
Assim, num notável esforço, o País pode se recriar, se reinventar e, como uma Phoenix, se reerguer das cinzas e retomar a caminhada. E, pensando bem, não adianta atribuir culpas e responsabilidades e nem execrar quem se admite tenha feito tão mal ao País. Não adianta alimentar ódios e ressentimentos contra quem quer que seja pois os danos e os estragos já foram feitos e, agora, a única alternativa será buscar consertá-los e superá-los, não importa a que custo e a que preço.
O povo já está pagando um alto preço pelo que se fez e se produziu de mal feitos. Agora é construir um ambiente que, aos poucos, o povo resgate a esperança, a confiança e os empregos e oportunidades perdidos.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!