BARACK OBAMA É O CARA!
Os institutos de pesquisa falam que Obama perdeu dez pontos percentuais na sua aceitação pelo povo americano. Se perdeu, foi pouco diante de tantas matérias polêmicas, contraditórias e cercada de grandes interesses, quer econômicos, quer políticos ou subordinados aos recônditos sentimentos étnico-raciais americanos. E, para este cenarista, foi profundamente injusto porquanto existem vários êxitos alcançados por Obama que, muitos deles, não são sequer mensuráveis ou não avaliáveis, de imediato.
Obama, mesmo diante de muita resistência ao seu jovem e ousado Secretário do Tesouro, adotou medidas econômicas que, já agora, mostram uma reversão de expectativas, uma retomada do crescimento e, pelo menos, a saída da maior potência do mundo da chamada recessão técnica. Ademais, pela relevância da economia americana para o mundo, a Ásia suspirou aliviada, as suas bolsas começaram uma forte reação e, o mundo inteiro, comemorou a “luz no fim do túnel”. Deve-se a tenacidade, determinação e a capacidade de Obama de, humildemente, ele mesmo, negociar os termos polêmicos com as oposições e, mesmo com os seus próprios pares, dentro do Congresso Americano.
O Presidente americano resolveu enfrentar, nesse primeiro ano de governo, um segundo grande desafio interno que foi a aprovação do plano de saúde, assunto que angustiava muitos americanos, notadamente aqueles sem acesso aos serviços essenciais de saúde. Mais uma vez, enfrentando uma torrente de pressões e interesses, foi para o meio dos seus antigos pares e, venceu o desafio.
Ao mandar fechar a prisão de Abugrabhi, Obama arrostou com incompreensões dentro da mídia e das forças armadas americanas mas, foi em frente, e começou a devolver os presos para diversas prisões, segundo critérios de segurança para os próprios e para os países envolvidos.
Na área externa, a decisão de retirar as tropas do Iraque em 2011, mostrou a mudança de paradigmas na forma de atuação da política externa americana. Muita gente foi contra mas, as famílias americanas, notadamente de vítimas de guerras inglórias como foram as do Vietnam, entre outras, penhoradamente agradeceram ao gesto do Presidente.
Ao fazer uso do prestígio de Clinton para esfriar as tensas relações com a Coréia, abriu um espaço para um processo de negociação, ajudado pela China e pelo Japão, mostrando que, diplomacia não se faz mais a la Theodore Roosevelt na chamada base do “big stick”, mas sim com diálogo e respeitando os países, independente do seu tamanho e de sua importância estratégica. Como se isto não bastasse, a ação mais complicada que é no Afeganistão, embora aliado do poder constituído contra o terrorismo dos talibãs, procurou apoiar as forças democráticas para que a eleição não fosse, de todo, fraudada e abrisse espaço para um segundo turno.
Além de tais êxitos, Obama tem mantido excelente nível de cooperação e entendimento com a Rússia e a China e, habilmente, tem despachado emissários para distender as difíceis, complexas e tensas relações com o governo do Irã.
Finalmente, aqui perto do Brasil, mais uma vez é Obama quem, sem pressões, chantagens e ameaças, acabou resolvendo o problema de Honduras, criado por Chávez e, com a notável contribuição brasileira, após mais de 110 dias de impasses e problemas. Assim, com Obama, o velho império, com humildade e visão estratégica, como bem disse Clóvis Rossi em sua coluna na Folha, revelou-se indispensável, agora para o bem!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!