A CONFUSÃO É GRANDE MAS…A COISA ANDA!
O País parece à deriva. Uma esquerda incapaz, irresponsável e leviana; uma direita ansiosa por ver mantido os seus privilégios e sua atuação sobre o poder estabelecido e, inclusive, admitindo até mesmo a prevalência de um pensamento de visão ditatorial de alguns que até clamam por intervenção militar; um centro, amorfo, indiferente e, marcado apenas pela idéia de que “se por aqui piorar muito, eu me mudo para Portugal ou Miami”; uma mídia sem compromissos com valores institucionais apenas com a distorcida visão ideológica, representa uma avaliação pessimista e triste do País!
Nunca se assistiu tanta confusão e nem se viu uma situação tão crítica e difícil de entender pois embora as instituições funcionem — ma non troppo! — e a economia siga avante, o que se lê na mídia e as manifestações de líderes ou pseudo-líderes, é uma espécie de visão apocalíptica da situação onde a gestão pública ainda representa uma espécie de “cloaca” porquanto a corrupção, a ineficiência e o descompromisso levam a um aparente desespero pois que a classe política, de onde deveria vir uma solução para o ˆimboglioˆ, mostra-se incapaz, desacreditada e sem rumo.
Como no Brasil crêr-se mais nas pessoas do que nas instituições, Temer vive o seu pior momento em termos de popularidade e o seu inferno astral parece que não vai passar e não surgiu qualquer liderança expressiva em que a sociedade pudesse confiar. Mas, nesse mundo em desencanto, o cenarista, otimista por excelência, fica buscando razões ou esperanças capazes de lhe infundir crenças de que as coisas vão, estão e irão mudar, de forma muito positiva, para esse país maravilhoso!
Aqui, nesse espaço, tem sempre pontificado o cenarista com a idéia de que a economia descolou da política e, no caso, também, até mesmo, das instituições, parecendo mostrar que a agropecuária, o agronegócio, as exportações e o comércio exterior em geral, não tem nada a ver com o que vai pelo País e seguem o seu itinerário, aproveitando oportunidades do mercado mundial e inventando, inovando e ousando, não apenas em busca de sobrevivência mas de expansão e crescimento. Parece também que, tendo fronteira com dez países, o comércio com os viznhos, também vive esse momento. E, por incrível que pareça, tal fato está produzindo o dinamismo da economia em tais áreas e faz com que o comércio cresça, a industria manufatureira se expanda, os empregos surjam e o pessimismo vá desaparecendo.
Assim, pelo menos algumas coisas estimulam e dão alento a essa perspectiva mais otimista que o cenarista aposta, não apenas nas previsões do mercado de que a economia crescerá 0,7% este ano, 2,8% em 2018, a inflação ficará abaixo dos 3,4% e os juros básicos ficarão em 7%, além de outros números que mostram tais perspectivas mais favoráveis. Se tais indicadores são estimulantes, os 34.500 empregos formais criados em agosto, a entrada de recursos externos superando os 80 bilhões de dólares e a balança comercial apresentando um superávit acima dos 75 bilhões de “verdinhas”, já mostra que a crise começa, realmente, a deixar o país trabalhar.
Além disso, existem propostas e ações no ar que podem fechar o ano garantindo mais ânimo e mais certeza de que 2018, além da maior festa democrática que serão as eleições gerais do País, pode ter surpresas caso a reforma política seja complementada pelo TSE antecipando o fim das coligações proporcionais já para 2018 e se Rodrigo Maia, o jovem Presidente da Câmara, decidir votar a emenda constitucional que incorpora a Justiça do Trabalho à Justiça Comum e votar a emenda popular — com mais de 2,5 milhões de assinaturas — que propõe uma revisão crítica sobre a representação parlamentar, com mudanças que melhoram o processo de escolha de parlamentares, que limpam excrescências, que resgatam credibilidade e darão mais legitimidade ao Parlamento . Se isto não bastasse , o Ministro do Supremo, Alexandre Morais, mandou suspender todos os reajustes salariais do setor público, País afora!
Só falta agilidade e prioridade do STF para votar o fim do foro privilegiado, ainda este ano e que se faça um balanço, reunindo todos os órgãos de governo, do que se melhorou na gestão pública, notadamente sobre o fim de abusos, de excessos, de corrupção e de desperdícios para que tenham os brasileiros a felicidade de voltar a acreditar no seu país e no seu amanhã!
Ah! Se isto já não bastasse, a senadora Maria do Carmo Alves, de Sergipe, apresentou uma proposta de obrigatoriedade de avaliação de desempenho, a cada dois anos, de servidores públicos que, se repetida uma avaliação negativa, dois anos depois de realizada a primeira, o servidor poderá vir a ser demitido das funções públicas. O que quer a senadora é que o servidor público passe pelos mesmos critérios de avaliação que o mercado faz dos seus empregados e contratados. Se for adiante tal idéia isto mostrará que o país quer virar uma nação séria!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!