PARA ONDE VAI O PAÍS?

Os últimos eventos que marcaram a semana foram a despedida chorosa e ainda ameaçadora do Procurador Janot, ponteada por inúmeras contradições não só relativas ao seu assessor-mór Marcelo Miller mas também relativa a nova e confusa denúncia contra Temer; a tornada controversa decisão de um juiz de Brasília relativa a sua resposta a consulta de uma psicóloga sobre estudos, pesquisas e até provimento de  consultas sobre a possibilidade de reversão da opção pelo homossexualismo  e, finalmente, a ruidosa e precipitada interpretação dada a um comentário, em resposta a uma indagação, no meio de uma palestra para maçons, feito pelo General Mourão em que se admitia que ele estaria antecipando ou admitindo uma possível  intervenção militar no Brasil!

Na verdade, admitir e afirmar que o quadro politico-institucional no País é extremamente confuso e instável e gerador de insegurança jurídica, qualquer cidadão de bom senso concordará com tal informação  e assinaria embaixo sem temor de estar a cometer qualquer erro ou imprudência.  Ademais, ao ser provocado sobre se o quadro ficasse insustentável e se as forças armadas fossem constitucionalmente convocadas a por ordem na muvuca,  o general Mourão informou ser possível a sua participação.   De pronto a manifestação foi vista como uma proposta de intervenção militar na vida pública nacional!

Os três eventos revelam o quadro confuso em que está mergulhado o Pais! De um lado um Procurador da República, ansioso por protagonismo e na busca de uma fama passageira, promoveu um verdadeiro salseiro! Atitude bem diferente da sua sucessora, a Procuradora Raquel Dodge, marcada pela discrição, competência e objetividade. Sem estardalhaço ela faz as substituições nos quadros, colocando pessoas de sua estrita confiança, já que ela era, dentro do Ministério Público,  adversária de Janot e de seu grupo. Assim, ninguém se surpreendeu com as mudancas na equipe da Lava-Jato nem nas primeiras providências tomadas  pela Procuradora, demonstrando equilibrio e equidistância do Executivo, do Judiciario e da chamada gloria vã e passageira.

Por outro lado, a atitude autoritária, impositiva e arrogante dos que defendem o direito de ser, de ir e vir e de se colocar na sociedade, da maneira a mais livre possível,daqueles que defendem a comunidade LGBT e  rejeitam quaisquer críticas ou posições contrárias daqueles que, por razões as mais diversas não aceitam manifestações exageradas e excêntricas dos defensores da comunidade. Assim, agem tais defensores com tal agressividade diante de  quaisquer ordem de divergência Qsque demonstrem um laivo de discordância das suas posturas e atitudes. Se assemelha a algo como se, além de exigir que o homosexualismo seja não apenas tolerado mas até ensinado nas escolas, daqui a pouco a sua disseminação será tal que talvez venha a ser até obrigatório a todos fazer tal opção!   A conclusão é pobre e ridicula mas o que se sente é que, quem não adere as teses dos defensores da homossexualidade, são discriminados,  tratados como retrógrados e sujeitos a uma série de restrições e transtornos!

Por outro lado, a manifesta incompreensão, intolerância e distorção de fatos, informações e propósitos relacionados as declarações do general Mourão demonstram, à larga, como a informação está marcada por vieses de caráter politico-ideológico bem como por processos de distorções interpretativas de cunho puramente politico. O que quis dizer o general não abriga a tentativa de  estimular a caserna a invadir a competência constitucional  da vida civil e reproduzir momentos autoritarios jà vividos pelo Pais. Apenas manifesta a opinião de que , se a vida politico-institucional do País entrar num incontrolável processo de desordem e se as instituições solicitarem a presença das Forças Armadas, elas estarão prontas a cumprir o seu papel constitucional. Nada mais além disso!

O cenarista crê que, no momento em que se caracteriza uma efetiva retomada da economia e, ao mesmo tempo, verifica-se o quase total descolamento da atividade produtiva do imbroglio politico, é fundamental que estas atitudes mesquinhas não atropelem o processo de reorganização

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