A FRASISTA, O ENTORNO DE TEMER E O PRE-SAL!

Uma semana “de pernas curtas” mas, cheia de acontecimentos. Primeiro foi o confuso processo de aceitação do nome do Deputado Bonifácio de Andrada  (PSDB-MG) por parte de seu partido, o PSDB — prenhe de presunção e sem unidade e sem convicção, ou seja, vivendo o seu eterno dilema hamletiano do “to be or not to be”! — o que, acabou levando o relator a ser adotado pelo PSC,parido  råpido no gatilho e no oportunismo politico! Assim se manteve como o relator da denúncia contra Michel Temer na CCJ. Como era esperado, o parecer de Andrada, bem fundamentada e extremamente duro nas críticas ao Ministério Público, ainda vai dar o que falar. Será aprovado mas, diante dos ultimos acontecimentos politicos, por margem deveras apertada.

E a pergunta que logo se impõe é como “em face dos ultimos acontecimentos políticos” se a semana terminou na quarta-feira diante do feriado da quinta e, diante da tradiçao  brasileira de estender o feriado para o chamado  “imprensado” que foi a quinta-feira, poderiam ter ocorrido fatos novos no cenário politico se o Congresso estava fechado e a mídia também estava aproveitando o longo feriado para dar-se uma folga na sua insistente busca por escândalos e conflitos ou por intrigas políticas?  O fato é que tudo começou por uma desastrada sessão do Supremo onde ficou marcada a sua agora definitiva divisão interna em questões mais complexas e onde a Presidente Carmen Lúcia se mostrou deveras confusa na sua ânsia de intentar pacificar o possível confronto entre a Corte Suprema e o Senado Federal.

O que ficou foi uma certa capitulação do STF frente ao Senado Federal e a figura da Presidente, tão somente marcada mais como uma frasista onde a retórica foi mais relevante do que a eficácia na sua forma de conduzir a Corte. Se a sessão de terça última do Supremo foi confusa, dividida e atabalhoada, mais grave ainda e, põe confusão nisso, foram as declarações do advogado de Temer que provocaram uma reação imediata e dura do Presidente da Câmara, o jovem deputado Rodrigo Maia, já agastado com observações  e atitudes de auxiliares de Temer que, não se contendo na sua ânsia de intentar ajudar o chefe, só fazem “entornar o caldo”. Rodrigo está magoado por não ser tratado como o cargo exige e requer e, ressentido diante dos equívocos ou desrespeitos promovidos por auxiliares de Temer, promete  “dar o troco” já a partir da votação do parecer de Bonifácio de Andrada na CCJ.

Aliás, causou espécie, embora não surpreenda a alguém relativamente informado, a ignorância politico-histórica da imprensa brasileira quando, ao se referir ao Deputado Bonifacio de Andrada, relator da denúncia  contra Temer na CCJ, ao afirmar que a “família Andrada sempre esteve apegada a cargos públicos por quase duzentos anos !”, numa demonstracao ou de burrice, ou de despreparo ou de má fé ao desconhecer o papel de todos os bonifacios de andrada na construcao  da independência, da unidade territorial do país e na montagem das bases de estruturação da democracia brasileira.

Por outro lado, Temer, estigmatizado por simbolizar talvez aquilo que representou para o PT como alguém que mostrou a incompetência política de seus líderes, enfrenta uma crudelíssima oposição, inclusive da midia que não lhe dá trégua e mantem-no sob suspeição  permanente e vincluando-o a todos os crimes cometidos contra o erário e investigados pela Lava-Jato, embora inexista provas documentais ou testemunhais que, afirmativamente, o incrimine. E a foto de Michel, ao lado do seu cão Thor, de olhar triste — o cão! — mostra o seu isolamento e solidão! Alí, em termos de lealdade, só sobrou o Thor!

E, o mais irônico de tudo isto é que a economia vai bem, o FMI elevou o seu prognóstico de expansão do PIB brasileiro; o próximo leilão de exploração das áreas do pré-sal deve agregar mais de 100 bilhões de reais aos cofres do País e a sua exploração, nos próximos anos,  mais de 400 bilhões! Se isto não bastasse para o país cristão e católico como é o Brasil, as celebrações do dia da padroeira do Brasil foram a reafirmação da fé, da esperança e da religiosidade de um povo que, de forma uníssona, reagiu, pesadamente, a atituda da Rede Globo de defesa intransigente e, até autoritaria, do chamado transgênero.

Mesmo o episódio do conflito entre o Legislativo e a Suprema Corte, levou a duas conclusões fundamentais e que geram um certo otimismo. A primeiro a de que o próprio STF concluiu que pode muito mas não pode tudo. Que o império é o da lei e não de uma insstituição. Também o episódio deixou como lição a idéia-força de que a conciliação, a transigência, o entendimento e a capacidade de ceder são virtudes que garantem o equilíbrio das relações sociais.

E, finalmente, cada vez mais os brasileiros vão acreditando que as coisas irão dar certo e o horizonte, depois dessa grande tempestade, virá mais tranquilo e, quem sabe, até um pouco risonho. Se o Brasil é a sétima economia do mundo, ainda pode voltar a sonhar com um melhor ranqueamento para o seu orgulho e estimulo a mais crescer e a gerar mais oortunidades aos seus filhos.

 

 

 

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