A SEMANA EM QUE TUDO PODE DAR OU NÃO DAR CERTO!
A semana promete. Há muitas coisas, como que, engatilhadas, para o decorrer desta semana. A votação do relatório da reforma da previdência na Comissão Especial, é uma delas. Marcada que foi, na semana que passou, por um enorme tumulto, o que causou a suspensão da discussão da matéria e o adiamento de sua apreciação final, poderá ter replicados protestos por outros grupos reivindicadores de presumidos direitos não contemplados pelo relator.
Por outro lado, o aguardado embate entre o Juiz Sérgio Moro e o ex-Presidente Lula, cuja espetacularização é previsível e esperada, poderá apresentar uma cena ou um confronto onde se manifestará a esperteza e a ardilosidade de uma das partes e a possível ingenuidade ou a presunção e a arrogância da outra o que resultará no aprofundamento das diferenças entre os prós e os anti-Lula! Ou seja, o que se discute é será que Sérgio Moro cairá nas armadilhas do espertíssimo Presidente Lula que tentará se vitimar e fazer de seu depoimento um grande e memorável comício ou será suficientemente hábil para não se deixar envolver e se desestabilizar pelas artimanhas de advogados de defesa de Lula e do próprio Lula?
Também a semana mostrará a dimensão da divisão interna no Supremo bem como a reação do colegiado diante da atitude politicamente questionável do Procurador Geral da República ao pedir o impedimento do Ministro Gilmar Mendes, ex-Presidente do STF e atual Presidente do TSE, na avaliação do caso Eike Batista. Aliás, o processo de crise de credibilidade do Supremo cresce a olhos vistos perante a opinião pública e publicada do País, não só por votos e decisões controversas, pelos conflitos internos e por não ter julgado qualquer um dos denunciados com foro privilegiado. Por outro lado, o corporativismo do STF não permitirá que o Procurador consiga gerar esse constrangimento a um membro do Supremo podendo ocorrer uma situação de rejeição da proposta do Procurador sem que haja manifestação, naquele plenário, do mesmo Procurador.
Adicionalmente, em um outro “front” o Ministro Herman Benjamin apresentará o seu relatório sobre o processo de apreciação da denúncia formulada pelo PSDB, quando pediu a impugnação da chapa Dilma-Temer e a consequente cassação de seus mandatos que, com certeza, será favorável ao afastamento imediato de Temer da Presidência. O fato é que, mesmo que não seja votada a matéria e seja, inclusive, adiada a sua apreciação, o que provocará intranquilidade ao governo e ao mercado.
Assim, a semana que antecede o dia das mães parece que será dura e dificil de engolir pois são muitos os conflitos e desafios a serem enfrentados para intentar encarar todos os problemas do País. Na verdade, apesar de todas as dificuldades que o governo, em um primeiro momento, provisório e depois, mesmo superada essa etapa, as restrições não terminaram e a baixa popularidade do Presidente gerou limitações adicionais a sua caminhada reformista, apesar de todos os pesares, como diz o poeta vai resistindo, resistindo e, quase, morrendo! O fato é que as coisas andam e a habilidade negocial de Temer chega ao extremo de conseguir reduzir o impacto negativo da atuação contrária ao governo do Senador Renan Calheiros e, com isto, facilitar o processo de aprovação das reformas fundamentais no Senado. Pelo jeitão, Temer conseguirá aprovar as reformas fundamentais a garantir a retomada da economia nacional.
Na verdade, vence-se uma nova etapa da Reforma da Previdência e, no Senado, a discussão da reforma trabalhista encontrou um relator simpático às alterações e modernizações da velha CLT. É importante mencionar que, a norma que estabeleceu o limite do teto de gastos públicos já representou uma grande conquista para a reorganização das finanças públicas do País. Junte-se a tal esforço, a aprovação da proposta de renegociação das dívidas de estados e municípios que representou outro grande avanço nesse processo de repor as coisas naquilo que o equilíbrio e a disciplina fiscal estavam a exigir.
O discurso de sexta-feira de Temer deverá revelar as conquistas desses tumultuados doze meses onde a inflação caiu para abaixo da meta, a economia começou a retomar, o emprego parou de cair, os desvios de recursos foram estancados, as ineficiências reduzidas, os investimentos públicos retomados e o ambiente econômico melhorado. A par disso, a justiça não permitiu a manobra que a defesa de Lula pretendia de procrastinar o depoimento de Lula e Moro, até agora, não foi envolvidos pelas manobras dos lulistas.
Aliás, faz algum tempo que os brasileiros não enfrentam uma semana sequer sem grandes emoções e sem grandes apreensões. O País vive, todos os dias, surpresas, perplexidades, dúvidas, incertezas e inseguranças como nunca se viu em toda a sua história. Antecipar o que pode vir a surgir a partir desse cenário é difícil mas, com certeza, pelo andar da carruagem, as mudanças fundamentais destinadas a reorganização e a reestruturação do País, bem como o respirar de um novo clima e de um novo ar de liberdade e de esperança, são um alívio e um sonho de que as coisas estão mudando.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!