AÉCIO AGORA VAI!

Se alguém tinha dúvidas sobre o que este cenarista já vinha antecipando, faz mais de seis meses, ou seja, mesmo Serra se mostrando com muito mais apoio popular que Aécio, o Governador de Minas tenderia a ser a opção das oposições para enfrentar a candidata – ou será que ainda poderá mudar? – de Lula.

Aécio já, na pesquisa espontânea divulgada pela Revista Isto É, desde fim de semana, se mostrava à frente de Serra e dos demais concorrentes com expressivos 13%! Por outro lado, o Presidente do DEM, de maneira clara e insofismável, arrostando às críticas de muitos de seus pares, afirmou, em alto e bom som, que o melhor candidato das oposições é o jovem governador mineiro.

Agora mesmo, o próprio Presidente do PSDB, Senador Sérgio Guerra (PE), afirmou, em recente entrevista que, para a natureza da disputa que se avizinha, Aécio teria mais estofo e, numa linguagem popular, mais torque para enfrentar o rolo compressor do governo, do comissariado e da base governista no Parlamento.

Em recente jantar com empresários paulistas – cerca de 300 participantes – Aécio foi muito bem recebido e surgiu como uma alternativa mais confiável e com mais jogo de cintura do que o próprio Serra. Também, cada vez mais, crescem os movimentos do xadrez político que parecem favorecer o Governador de Minas. Neste fim de semana, Ciro Gomes deve encontrar-se com Aécio para definir uma estratégia comum para o enfrentamento da atual opção governista. Ciro sabe que, com os petistas, o que ele pode ter são os acenos para uma empreitada, sem futuro, que seria concorrer ao governo paulista.

Na área sindical, as últimas declarações de Paulinho, da Força Sindical, de que Aécio é muito mais próximo aos movimentos dos trabalhadores do que Serra e, pela experiência que os sindicalistas de Minas tiveram nestes quase oito anos de Aécinho, foi das mais satisfatórias.

Como Aécio sempre se colocou, não como um contraponto a Lula, mas como alguém que quer, aproveitando o processo de transformação que já vem ocorrendo por 15 anos, superar erros, vencer gargalos e constrangimentos e, democraticamente, aproveitar os bons ventos e os bons fluídos que as circunstâncias internacionais permitiram e permitirão, com certeza, para a próxima década.

Este cenarista continua na sua tese de que, Serra, diante da perspectiva de que a eleição será – como quer Lula – plebiscitária, ou seja, o governo Lula contra o governo FHC, numa avaliação preliminar, ele mesmo, Serra, se sente a cara, do que Lula chama “da elite branca, preconceituosa contra pobres, pretos, minorias, nordestinos, trabalhadores, movimentos sociais, sindicalistas, de origem paulista”. E sendo assim, no momento certo, isto é, se isto já não estiver acertado com a cúpula do PSDB, Serra não abrirá mão de manter, sob o seu controle, os segundo e terceiros maiores orçamentos do País; negociar a indicação do vice e ter a maior fatia no governo futuro; abrirá mão da sua postulação em favor de Aécio. Podem aguardar!