Postado em 18 out, 2014 Deixe um comentário
Há muita gente preocupada com a forma como a campanha, no seu encerramento, está sendo conduzida. As pessoas estão se sentindo constrangidas com o espetáculo de baixaria nos embates entre os dois contendores. Também tem assustado a muitos o terrorismo que está sendo plantado na mídia, nas redes sociais e até mesmo, no contacto direto de figuras do governo com eleitores, notadamente os mais simples. Alí são feitas os mais diversos tipos de chantagem, dentro do velho espírito da intimidação e se valendo da pobreza de acesso à informação das populações mais dependentes do governo central!
Poucos engolem e manifestam um ar de profunda preocupação, diante do encaminhamento do pleito, na proporção em que algumas coisas ou alguns fatos e evidências conduzem a suspeição de que “há algo de podre no Reino da Dinamarca”. Os temores derivam de certos fatos inexplicáveis que se verificaram no último dia 5 de outubro. O primeiro foi o inusitado resultado do pleito no Estado da Bahia onde o candidato Paulo Souto, até uma semana antes da eleição, vinha mantendo uma maioria de dez pontos percentuais sobre o seu adversário e, pasmem, sem nenhum fato novo, o seu adversário petista, acabou ganhando a eleição e, no primeiro turno!
E sabe-se que de lá, da velha Bahia, surgiram denúncias e até ações levadas adiante pelo Ministério Público Eleitoral baiano, de possíveis atitudes presumidamente fraudulentas, na forma como foram utilizadas e manipuladas as urnas eletrônicas, notadamente no município de Camaçari. A denúncia foi levada ao Ministro Dias Toffoli mas este, conhecedor que era da empresa que se presume, era ou é responsável pela possível fraude, resolveu não acolher tal imprecação.
Agora mesmo, outro dado inusitado surge no panorama, notdamente aquele apresentado pelos dois principais institutos de pesquisa, no caso o DataFolha e o IBOPE! Apesár de ter aumentado o numero de apoiadores de Aécio, de ter crescido o numero de adesões e de Aécio ter tido desempenho melhor que Dilma em todos os debates, por incrível que pareça, tais institutos estão mostrando que a rejeição a Aécio cresce e a Dilma diminui! Isto é que se pode caracterizar como sofisma da composição e da interpretação de resultados!
Ademais, é inquestionável o crescimento de Aécio, aliás, até mesmo como tendência e, por incrível que pareça, os dados, teimosamente, continuam a mostrar um empate técnico com Dilma!
O terrorismo, também, continua sendo uma das armas prediletas dos petistas, ao lado do “chuta e inventa pois se pegar, pegou”, aliando-se a tal, expedientes como o desvio do material de campanha de Aécio pelos Correios e a orientação de carteiros para induzir votos quando da entrega de correspondências! Junta-se a isso uma denúncia agora apresentada pelos gaúchos. Alí a ex-ministra Maria do Rosário, a partir do seu comitê, comanda um processo de aliciamento, na base do terrorismo, ao pressionar os beneficiários do Bolsa Familia dizendo que se votarem em Aécio e em Ivo Sartori, eles irão perder o benefício! A denúncia, com fita gravada dos telefonemas e com o número do telefone de onde partiam tais pressões, que é o número 05132263313 que pertence ao comitê da ex-ministra, está circulando nas redes sociais.
Junte-se a isto a denúncia de um professor universitário, cujo pronunciamento está no YouTube, em que ele foi ameaçado de exclusão do PROUNI ou algo parecido, caso insistisse em votar contra Dilma!
Também há denúncias de que candidatos ao Programa Minha Casa, Minha Vida estão sendo contactados e ameaçados de que se votarem em Aecio serão desclassificafos e não terào acesso ao financiamento de sua moradia! Isto ê de uma crueldade incrível!
Agora, aliados de Aécio estão de cabelo em pé por conta do risco de atuação de “hackers” e de violação das urnas eletrônicas pois, como disse uma vez José Dirceu, inclusive respaldado por Lula, “vocês não sabem do que nós somos capazes”!
Sendo assim, os mais pessimistas acham que, somente se ocorrer um fenômeno como o das “Diretas Já” ou da manifestação pública contra Collor, que antecedeu ao seu ” impeachment” , será possível ter certeza de que a eleição não correrá nenhum risco de fraude.
Postado em 17 out, 2014 Deixe um comentário
Não sei onde o cenarista encontrou tal máxima mas, mais do que nunca, diante dos fatos e circunstâncias que a vida tem sugerido e apresentado, ela se torna verdadeira. Nesse país, tão estranho, o que o difere de outras nações não é apenas aqui ser o único lugar onde cresce e floresce a jaboticaba e onde opera algo inusitado e inexistente em qualquer país sério do mundo, como é o caso da famigerada justiça do trabalho! E, para complicar o processo político-eleitoral, existe uma inexplicável justiça especifica para tanto, a tal da Justiça Eleitoral. Ademais, chama a atenção também, para quem vem visitar este belo Pais, como prospera aqui, à larga, a impunidade individual, institucional e geral.
Aqui também se processa algo ainda mais inusitado. Nesta pátria amada os dirigentes ou ocupantes de cargos públicos, mesmo os que promovem ou praticam as piores diatribes, notadamente durante o período em que estão no governo, ao deixarem a função pública, acabam se tornando respeitáveis e prósperos consultores!
Ou seja, gestores públicos que são useiros e vezeiros em cometer equívocos e erros, derivados ou de sua incompetencia ou por má fé e, gozando da impunidade que por aqui campeia, deixando as marcas dos enormes prejuízos a pessoas ou instituições ou ao patrimônio público e, mesmo assim, airosamente, deixam a função e vão, usando de informações privilegiadas, atuar do outro lado do balcão!
Por outro lado, os que se mantém no poder, inclusive até mesmo é o caso de Presidentes da República , são, aparentemente, figuras etéreas e de outro mundo pois que, como os macaquitos da escultura simplória, não sabem de nada do que ocorre; não vêem nada; não ouvem e nem ouviram nada bem como não conhecem os possíveis responsáveis por mal feitos constantemente presentes na cena política do País. Pasmem os leitores que, mesmo sendo esses famigerados delinquentes, membros de seu governo, militantes de seu partido ou aliados de seu mandato, Lula e Dilma, por exemplo, nunca souberam nada dos deploráveis eventos e escândalos cabeludos que ocupam, diariamente, a mídia nacional.
É gritante esse estado de coisas que parece patético porquanto nem na casa de “mãe joana”, onde todos reclamam e ninguém responde por qualquer coisa ou se responsabiliza por qualquer diatribe, existe tal subversão de valores e da ordem constituída!
Ou seja, o País do Carnaval, diante de tal descalabro, hoje também não tem mais a alegria de outras eras; não tem a leveza que marcava os seus gestos e não tem mais a exuberância que marcava a explosão dos seus sentimentos e das suas manifestações de alegria!
Esse Brasil que não mais existe precisa ser recriado pois é a ele que os brasileiros estão e são atrelados por sentimentos, história e afetos. Como o cavalo de Átila, o Rei dos Unos, que onde passava e pisava, a grama não mais nascia, o Brasil experimenta um momento de retrocesso porquanto o pouco de respeito que ainda existia a alguns valores essenciais à convivência humana, parece que desapareceu. O mínimo do que havia de preito e admiração a prevalência do mérito, também se foi. A impunidade em todos os níveis e cortes grassa, de maneira impiedosa. A corrupção é quase endêmica. E o maior combustível para alimentar a expansão de uma sociedade que seria a confiança nas suas instituições, nos seus homens públicos e no seu amanhã, desapareceram.
E agora, José? Como esse estado de coisas pode mudar? Como será possivel voltar ao pais risonho e franco? É dificil mas é possível dar a volta por cima! E isto tem de acontecer!
Postado em 16 out, 2014 Deixe um comentário
Dizer que essa é uma eleição diferente, não traz nenhuma luz para intentar prever o que irá ocorrer. A única hipótese que se admite possível, é que a disputa não terminará empatada. Outra obviedade! Um dos contendores sairá vencedor do pleito e, com ele, as suas idéias, os seus projetos, os seus compromissos e, os seus aliados de caminhada, que serão os que se aninharão no poder. Só aí será possivel desenhar um cenário previsível no qual se poderá antever quais serão as diretrizes, as políticas e os nomes que irão ocupar os postos estratégicos do novo governo.
O que se sabe é que pesquisas, manipuladas ou não, continuam induzindo o eleitorado e, como se tem assistido, afetando, de maneira muito direta e explícita, as bolsas de valores e mexendo com o mercado de câmbio. Se as pesquisas são fáceis de antecipar o que elas provocam ou provocarão em relação ao pleito, já o papel das redes sociais e, particularmente, do whatsapp, ora sendo intensamente usado por ambos os concorrentes, nesse final de campanha, não se tem idéia do seu papel, da sua cobertura, da sua capacidade de mobilizar e de fazer a cabeça dos eleitores. O cenarista acha que, talvez, só uma avaliação “ex-post”, irá mostrar qual foi o seu papel e a sua influência no pleito que se encerra no próximo dia 26 de outubro.
A pergunta que, nesse momento se faz é, se, nessa reta final, até que ponto, além das pesquisas e das redes sociais, os famigerados debates mudam opiniões, agregam adesões e novos aliados e, se são capazes de definir , mesmo que, na margem, quem poderá erguer o galardão do troféu de Presidente e de herdeiro dos inumeráveis problemas e desafios dessa pátria, outrora tão amada e hoje tão destratada pelos seus governantes e pelos seus homens públicos!
O certo é que, hoje à noite, um novo debate ocorrerá entre Dilma e Aécio. No debate da Band, segundo pesquisa realizada pelo Correio Brasiliense, Aécio teria se saído melhor, de acordo com 73% das pessoas ouvidas! Não se sabe se há uma espécie de viés no levantamento vez que, possivelmente, como ele foi realizado em Brasília,onde a situação de Dilma é, seguramente, a mais desconfortável do Pais, isto favoreceu Aécio,
Não obstante tal circunstância, Dilma continua se mostrando pouco convincente nas respostas, agressiva nas manifestações e insegura na sua postura, o que tem facilitado a vida de Aécio.
E os marqueteiros de Dilma tem cometido um grave erro estratégico, aliás, não um, mas dois equívocos inaceitáveis. O primeiro, é que a receita bem sucedida contra Marina Silva, no caso da sua desconstrução, em se tratando de Aécio, não tem surtido o efeito esperado. Por outro lado, as pessoas parecem mostrar um ar de cansaço diante de agressões, de ameaças e de ofensas pessoais.
Finalmente, há algo adicional a preocupar: o uso abusivo da máquina, por parte dos candidatos à reeleição de cargos executivos, sem qualquer legislação que estabeleça os limites de utilização do instrumentos de poder. Não se discute o uso de instrumentos e meios à disposição de um governante, que são legitimos para o exercício de seu múnus, mas que, por parte de um candidato à reeleição, não poderiam ser usados, sem regras e sem limitações. Lamentavelmente não se discute o abusivo uso da máquina, não só nas suas tenebrosas transações, como essas relativas ao escândalo da Petrobrás, mas também com relação a distribuição de benesses por parte dos vários agentes públicos. E, em até coisas menores como, por exemplo, o uso da máquina dos Correios para boicotar a entrega do material de propaganda do adversário, como a mídia denunciou, recentemente!
A coisa chegou a um ponto de tanta insanidade e de ousadia que, até os carteiros dos Correios estão sendo mobilizados para fazer uma espécie de “boca de urna” antecipada para Dilma. E isto ficou patente, pois, na própria casa do cenarista, o carteiro perguntou em quem a auxiliar de serviços que o atendia votava. E ao ouví-la dizendo que em Aécio, ele retrucou dizendo que, como nordestino, defendia o nome de Dilma por tudo que ela tinha feito pelos seus conterrâneos!
Parece que a coisa está adentrando a limites perigosos que reclamam uma atitude viril dos brasileiros diante do desrespeito às liberdades civis dos cidadãos e ao seu ir e vir!
E, nas chamadas caladas da noite, engendram-se leis do tipo Lei da Mordaça, violentamente rechaçada pelos órgãos de imprensa, vez que tal diploma legal objetivava impedir que operasse uma imprensa livre no País. Estabelece-se, por outro lado, um decreto criando conselhos sociais comunitários que se propõem substituir a própria função da representação popular do Congresso Nacional. Além disso se define, via decreto, que invasões de propriedades particulares poderão, se for o caso, serem justificadas e legalmente amparadas , por decisões coletivas de conselhos sociais populares!
Então, pelos indícios que se identificam no horizonte as coisas parecem caminhar para um processo venezuelano onde uma Nicholas Maduro de saias, do alto do seu autoritarismo, de sua arrogância e prepotência, do seu dogmatismo barato e de sua incompetência ululante, estabelece ínvios caminhos para uma nação que hoje poderia ser a quinta maior e mais importante economia do mundo!
Ora vejam a que chegou o pobre povo brasileiro!
Postado em 15 out, 2014 Deixe um comentário
Quem teve a paciência, a boa vontade e nutria expectativas de assistir a um confronto de idéias e de propostas sobre os desafios a serem enfrentados pelo próximo governante do Brasil, frustrou-se, decepcionou-se e, os menos resistentes ao tédio, foram dormir mais cedo.
A estratégia do marqueteiro de Dilma é a de que, no desespero, vale tudo, inclusive chute na canela. E, como deu certo a estratégia de desconstrução de Marina Silva, a prática da agressão verbal, das imputações e aleivosias, tudo era permitido. Ou seja, segunda a tese do marqueteiro, tudo vale, menos perder.
E o que se assistiu foram agressões, denuncias, acusações infundadas, imprecisão de dados e números, recorrências ao que cada um presumidamente fez e, nada de propostas, nada da discussão de uma agenda para o País! Não se sabe quem ganhou o debate mas, certamente, se sabe quem perdeu o tempo ea paciência que foi o telespectador.
Talvez o formato do programa sem a participação de jornalistas para questionar o desvio de roteiro bem como o uso de dados e informações manipulados os distorcidos, não seja o mais adequado. Por outro lado, deveria haver uma espécie de buzina do Chacrinha para, quando qualquer um dos contendores deixasse de apresentar propostas ou respostas objetivas, pudesse ser interrompido, questionado e cobrado.
Pois, se não houver freios de arrumação e disciplina, por parte do formato e da condução do mediador, o que se vai assistir, na próxima quinta, no debate da Globo, será a repetição de cenas deploráveis que só demonstram o quanto se desrespeita o cidadão e a cidadã brasileira!
O que se assistiu foi um festival de xingamentos e, Dilma foge de responder os questionamentos e, centra toda a sua proposta na desconstrução dos méritos e êxitos de Aecio â frente do governo de Minas! Agora, na estratégia do terror e do medo, a equipe dos estrategistas de Dilma ameaçam o opositor com algo como “Dilma tem uma carta na mão, explosiva, contra Aecio”!
Terrorismo, ameaças, denúncias, acusações sem provas, remetem os brasileiros para os piores momentos das disputas políticas do passado e a nível de comunidades menores que o que se processa na disputa nacional se assemelha àquela anedótica reação de um candidato da situação desesperado com o crescimento do opositor que convoca o seu estado maior. E o orienta a apelar para salvar o mandato.
E assim ele começava orientando a estratégia de campanha: ” Vamos disseminar a idéia de que ele é ladrão e pronto!” Ao que os assessores reagiram e disseram que tal não daria certo pois a comunidade não engoliria tal imputação jå que o cara era pobre como Jó. Ao que o chefe político reargumentou: ” Então diz que ele corno! Pronto!” Mais uma vez os assessores advertiram ao chefe que isto seria um tiro no pē pois a mulher do indigitado era paraplégica! Não satisfeito, o chefe insistiu; “Então inventa aí que ele ē virado”. Ao que os assessores disseram que tal não pegaria pois o adversário alem de bonitão e, em face da mulher paraplégica, era uma atração para a mulherada como um todo. Não desistindo da sua empreitada, o líder político propôs aos auxiliares e marqueteiros de campanha que disseminassem a idéia de que o adversário estaria com câncer!
É duro alguém assistir a informações difundidas reconhecidamente não verdadeiras; aceitar explicações inconsistentes para erros e fracassos e o uso de acusações pessoais dentro do espírito de que tudo é aceitável e, sendo o povo bobo e sem memória, uma campanha pasteurizada e plastificada por marqueteiros, tudo passa, pois como dizia um velho jurista cearense, indignado com a reação do povo ao ser usado por espertos, populistas baratos e enganadores da sua boa fé, que o “povo era massa falida”!
Postado em 14 out, 2014 Deixe um comentário
Os dados dos últimos levantamentos. feitos pelos institutos de pesquisa de opinião, mostram uma substancial mudança do quadro que, pelo que se pode sentir, demonstram uma alteração significativa das tendências em relação as preferências eleitorais, já no primeiro turno.
A mudança de Marina por Aécio, como o contendor a enfrentar Dilma no segundo turno, foi a clara evidência de que, na avaliação da população, Aécio teria mais instrumentos para viabilizar alianças político-partidárias e angariar apoios do que Marina. E, portanto, estaria melhor apetrechado para propiciar a mudança e permitir que ocorresse a necessária alternância de poder!
Ademais Aécio, pela experiência parlamentar, pelo DNA político herdado do pai e do avô, além da vivência e de uma brilhante atuação no Parlamento, aliada a notável experiência conquistado no Executivo — Presidente da Câmara e Governador de Minas, por duas v, tendo terminado com 92% de aprovação, o seu periodo como dirigente maior da Terra das Alterosas! — se credenciou para representar o sentimento mudancista que domina o País.
Se o analista considerar os resultados objetivos da disputa presidencial, mostrados pelas pesquisas dos vários institutos e as adesões de todos os outrora candidatos à Presidência, a Aécio; a soma de votos dos governadores e senadores, eleitos e os que foram para o segundo turno; a atitude dos pemedebistas que tenderão, na sua maioria, apoiar Aécio, além do fato de aliados do mineiro já começarem a disparar nas preferências do eleitorado — Distrito Federal, Mato Grosso, entre outros, — além da reação do mercado — bolsa valorizou 10% e dólar caiu, bastante, na sua cotação — esses fatos passaram a revelar um quadro bastante preocupante para Dilma.
Por outro lado, a estratégia de campanha dos tucanos, foi privilegiada pelo escândalo da Petrobrás que, por si só, dispensou Aécio de absolutizar o fato e de incorporá-lo como mote maior da disputa, deixando, à mídia espontânea, o cumprimento de tal papel. Também, dentro da lógica do grande marqueteiro americano, James Cargill que, numa discussão sobre a estratégia de campanha de Clinton, “engrossou”, num determinado momento, quando um assessor do candidato fez um comentário sobre a irrelevância do quadro de dificuldades do País, assim resumia o problema: “That’s the economy, stupid”. Ou seja, a deterioração do poder de compra, notadamente daqueles que se tornaram classe média pela política adotada, à época, por Lula, começa a afetar a cabeça de tais eleitores.
Também o discurso do tucano tem sido mais propositivo e vendendo um otimismo que pode ser alcançado diante do temperamento dos brasileiros, do potencial do país e diante de como se pode rearrumar a casa e retomar o desenvolvimento, sem maiores traumas.
Finalmente, a deprimir os petistas, as declarações de Gilberto Carvalho afirmando que “a campanha de Dilma vive momento difícilimo e que, em São Paulo, estava complicado andar com o bottom do PT ou da Dilma”, estabeleceu uma espécie de baixo astral no comando da campanha. Junte-se a isso a declaração da própria Dilma de que ela estará junta, em 2018, para apoiar a volta de Lula ao Planalto.
A concluir, a coisa está se desenhando uma grande mobilização nacional do tipo campanha das “Diretas, Já”, mas sem o medo que dominava o povo diante do estado autoritário ou o momento em que Collor convocou o povo a vestir verde amarelo para mostrar apoio ao seu governo, quando o povo reagiu e os “cara pintadas” foram às ruas, todos de luto, o que precipitou o “impeachment” do Presidente.
Será que o povo, em uma grande onda, vestirá azul no dia 26?
Postado em 12 out, 2014 Deixe um comentário
Afirmar que o Brasil é um país estranho além de exótico e extravagante, não revela toda a perplexidade do cidadão brasileiro com o que hoje se assiste de episódios desagradáveis ou diante das frustrações com atitudes e posturas do poder público, incompreensíveis e inaceitáveis ou, para alguns, até deploráveis!
E tudo vai ocorrendo aos borbotões, numa sequência implacável de eventos que minam a confiança nas instituições, corroem o pouco de credibilidade dos homens públicos e, com isto, destroem sonhos e esperanças nos destinos de uma Nação. Nação que, até bem pouco, era festejada como o exemplo de um país que, diante das circunstâncias internas e externas que o cercavam, da forma responsável com que era gerida a política econômica e como eram buscada as conquistas sociais, parecia um notável exemplo a ser seguido!
O Brasil chegou a um ponto de conceito e respeito internacionais ao ponto de a respeitável revista “The Economist” fez uma longa matéria sobre o País mostrando que estava prestes a se tornar a quinta economia mundial, ombreando-se com EUA, China, Alemanha e Japão conseguindo superar Italia, França e podendo até a vir a ultrapassar, até mesmo, a Inglaterra.
Era o País, entre todos, que teria tido mais sucesso em crescer e, ao mesmo tempo conseguir retirar mais de 30 milhões de pessoas da miséria absoluta e ter tido a competência de ter adotado um bem sucedido programa compensatório de renda!
E, mais que de repente, tudo isto que se vinha conquistando se esvaiu, se desmoronou, se desmilinguiu, deixando, para os brasileiros, uma esteira de frustrações e desencantos.
E o que sobrou de saldo, após quatro anos do governo Dilma? Para ser fiel aos dados e as informações foi uma economia desorganizada, com seus fundamentos desarrumados, com um crescimento vergonhoso e uma inflação em aceleração, prestes a ultrapassar o limite superior da meta de inflação, ao mesmo tempo, em que o Banco Central pratica as mais altas taxas de juros do Universo!
Como se tal não bastasse, uma gestão pública caótica, uma administração aparelhada com uma plêiade de sindicalistas escolhida, não pelo mérito mas, pela lealdade ao partido e aos seus líderes. E o mais grave é que, quando instituições acreditadas e tradicionais apresentam estudos e pesquisas que divergem do pensamento da Nomenclatura e do Poder Central, a atitude dos detentores do poder é, quase sempre, demitir os principais diretores ou promoverem concursos fajutos para preenchimento de cargos para que o partido e seus aliados se mantenham no controle da entidade, como ocorreu com o IPEA e, agora, com o IBGE!
Se, pelo menos, os compromissos outrora assumidos, pelos detentores do poder notadamente no que que diz respeito à ética e a moral, tivessem sido mantidos e respeitados pelos seus mais proeminentes líderes e, ao mesmo tempo, não ocorresse essa pororoca de escândalos, então as coisas não seriam tão graves. Talvez o povo pudesse afirmar que seria um governo que se nada faz mas, por outro lado, também que não teria deixado marcas de desonestidade tão gritantes. Mas, infelizmente não foi isso que ocorreu!
E, o mais sério de tudo, é que o único poder investido com tantas prerrogativas no mundo, estranhamente, é um poder constituído que de nada sabe, de nada participou e que nunca tomou conhecimento dos desvios de comportamento dos seus mais proeminentes líderes. Segundo Lula, Dilma e o PT, o Mensalão não houve ou se houve não teria sido uma pratica não usual na política do Brasil. Ou seja, teria sido apenas uma espécie de “caixa dois”, como assim o definiu Lula e praticada por todos os partidos políticos.
Se o Mensalão não houve, assim presumindo, dessa forma, pareceria que, injustamente, os mais representativos membros do PT, não deveriam continuar presos — José Dirceu, José Genuíno, João Paulo Cunha, Delubio Soares, entre outros –. E, agora, o escândalo da Petrobrás, revela episódios muito mais graves do que o próprio Mensalão, só que agora novos membros do partido e dos aliados, foram apontados como beneficiários desse esquema de desonestidade e de apropriação de recursos públicos.
E, aí, fica a grande questão que deveria ser objeto das angústias existenciais dos brasileiros pois estão diante de um desafio: escolher se seguem com a estratégia de ação do atual governo, de práticas discutíveis e deploráveis ou se busca uma mudança de paradigmas capaz de alterar a ética de responsabilidade e de compromissos dos homens públicos diante das necessidades, demandas e sonhos dos brasileiros?
Alguns dizem que resgatar o PSDB não é mudança mas uma mera volta ao passado o que não representaria gerar novas expectativas de que o País possa reencontrar o seu curso de desenvolvimento sustentável e continuo. O fato é que, no caso, o que interessa é a alternância de poder para se conseguir renovar alguma coisa e, é fundamental acreditar que, as grandes transformações que o mundo sofreu, a mudança de paradigmas das relações sociais provocada pelo uso quase universal da internet e as cobranças que hoje faz a sociedade, mais madura e mais ciosa de seus direitos, fazem que o que pesa não são os homens em si mas as ideias que eles carregam diante dos desafios que se apresentam.
Enfim, é hora de quebrar essa divisão da sociedade dos que são governo e os que não concordam com o governo; dos que acreditam que a luta de classes é fundamental para o crescimento da sociedade e os que acreditam em governos de união nacional e de compromissos com a cidadania, sem diferença de raça, de etnia, de religião, de credo politico e de posição ideológica. É fundamental estabelecer que não existem verdades absolutas e nem detentores soberanos de tais verdades.
Enfim, que esse País volte a ser o país da alegria, da cordialidade, da hospitalidade e da generosidade e não seja muito especial pelos escândalos, pelo desmantelamento de empresas, símbolos da nacionalidade — PETROBRAS, ELETROBRAS, VALE DO RIO DOCE, etc– e pelo ar de descrença, de desentusiasmo, de pessimismo que ora toma conta dos brasileiros.
Postado em 10 out, 2014 Deixe um comentário
As provocações jå começaram. As insinuações de como será o nível da disputa já podem antecipar que acusações envolvendo a honra dos participantes do embate serão muito mais pesadas do que foram no processo de desconstrução de Marina Silva ! Já estão sendo postados vídeos e acusações de que Aécio Neves é um bebedor inveterado, aparecendo embriagado num determinado local com a namorada e se recusando a aceitar o chamado teste do bafômetro. Além disso, estão a acusá-lo de “cheirador” e viciado em cocaína. A questão do aeroporto de Claudio, insistentemente explorada por Dilma e seus seguidores, parece que se esgotou diante de recente decisão do Ministério Público Federal que mandou arquivar a acusação!
Mas, mesmo assim, parece que a coisa irá esquentar pois recentes pesquisas já mostram Aécio superando Dilma além de vir recebendo apoios de relevância de partidos e líderes de agremiações, para a construção de seus votos, no segundo turno. Também a sociedade civil, através de manifestações de artistas, cantores, intelectuais, líderes religiosos, líderes empresariais e sindicalistas, mostram uma campanha de oposição numa tendência de crescimento sustentável.
Ademais, os depoimentos de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef, poderão vir a gerar enormes prejuízos à base de sustentação parlamentar do governo já que os principais acusados são figuras exponenciais do PT, do PMDB e do PP e isso poderá provocar ainda impensáveis estragos na candidatura de Dilma.
Por parte de Aécio as acusações vão se direcionar para o chamado “embuste” que é a propaganda falsa de êxitos nas obras estruturantes e fundamentais prometidas desde os tempos de Lula, passando pelo fracasso na gestão da economia e a leniência de Dilma diante dos gravíssimos casos de corrupção de membros do governo.
Mas, pelo primeiro programa apresentado pelos dois candidatos, na TV, Dilma partiu mais para ataques a Aécio dentro da orientação desceu marqueteiro. Por outro lado o neto de Tancredo, sabiamente, não se perdeu em agressões, denúncias e ofensas a Dilma, nem sequer em insinuações malévolas mas, procurar fazer um programa para o alto, lembrando o avô e a redemocratização do País, a sua trajetória politica e os êxitos alcançados nos seus oito anos à frente do governo de Minas. E, prometendo sempre ser propositivo na discussão da agenda nacional ao invés de se perder em querelas menores que nada agregam ao debate dos graves problemas e desafios do País.
Aécio parece acreditar que apenas a delação premiada de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, por si só já representará material bastante e suficiente para promover crises e desestabilizações nas hostes petistas, vez que os jornais estampam, em manchetes centrais, acusações como a de que o PT recebia 3% dos contratos e obras da PETROBRÁS, como propina!
E, alucina a quem quer agir e apreciar os fatos e as circunstâncias com isenção e seriedade é que, diante de tantos erros, escândalos, desmandos e corrupção em quase todos os contratos de obras e serviços do governo federal, descobre, perplexo, que os dirigentes de nada sabiam, não conheciam os atores, não sabiam quem foi beneficiado pelas propinas pagas e não tinham conhecimento que os partidos de sustentação de Dilma foram os principais denunciados nesse processo.
Pelo que se sente, esse é um escândalo pior do que o dos animes do orçamento, do mensalão e de outros tantos desmandos país afora.
Também, para completar o “inferno astral” do PT e de Dilma, a economia continua piorando conforme indicam fontes nacionais e internacionais e com tendências de agravamento pois a inflação sinaliza que o seu índice ficará acima do teto máximo da meta — atingirá 6,75% enquanto o limite superior da meta é 6,50%! — e os jornais mostram grandes desentendimentos entre os diretores do Banco Central, diante da aceleração da subida dos preços e da terapêutica a ser adotada!
Qual estratégia convencerá mais o eleitor? Um programa televisivo marcado por justificativas do que não fez, mostrando o que fez sem ter feito e de agressões ao contendor? Ou um programa para cima, exaltando o que pode ser feito, tentando mostrar que se pode reeditar os dourados anos sessenta, de JK e reacender as esperanças de que o país tem tremendo potencial e que apenas precisa ser posto nos eixos?
Como dizia o grande General Caio Julio César, antes de se tornar Imperador romano e antes de atravessar o Rubicão: “Alia Jacta Est” ou seja, a sorte está lançada!
Postado em 8 out, 2014 Deixe um comentário
Está todo mundo se perguntando o que vai ocorrer com o País após o segundo turno das eleições! Ninguém tem a menor idéia qual o Brasil que surgirá desse embate, até agora pobre de idéias, de compromissos e de propostas.
As estimativas relacionadas ao crescimento do PIB encolheram mais ainda e a perspectiva é que venha a alcançar apenas 0,24% de expansão da economia para o ano de 2014! E esta foi a projeção, nos últimos dias, apresentada em relatório do FMI.
Os dados relacionados ao déficit público preocupam, deveras, porquanto criam enormes dificuldades para restaurar o princípio do equilíbrio fiscal e, portanto, para um mais fácil controle da taxa de inflação. As contas da Previdência devem fechar o ano com um déficit superior a 100 bilhões de reais e, diante da pressão pelo fim do fator previdenciário, pela manutenção de benefícios sem contrapartida de contribuições e as ineficiências na gestão e controle do sistema, criam uma grande interrogação sobre quando haverá decisão e compromisso político para proceder a urgente e necessária reforma do sistema.
O processo de desindustrialização do país segue em marcha, as vezes um pouco amenizada em função de uma apreciação do dólar o que tem favorecido as exportações de manufaturados mas, a enorme carga tributária, os juros absurdamente elevados e a transferência de ineficiência provocada pelas grandes limitações infra-estruturais, aliados a um ambiente econômico pouco favorável, não permitirão que o processo seja estancado.
O agronegócio é a atividade econômica que tem permitido minimizar a crise que o País enfrenta, embora a política de preços dos combustíveis praticada pelo governo, tem inviabilizado a produção do etanol brasileiro.
Some-se a tais problemas a desorganização do setor elétrico, os atrasos e a substancial elevação dos orçamentos de obras fundamentais ao desenvolvimento do Brasil, como as hidrelétricas, as ferrovias, as rodovias, a modernização de portos, a transposição das águas do Rio São Francisco, as refinarias e as obras intermináveis de mobilidade urbana. Todas elas e as suas sequelados são apenas aspectos de um processo de crise de planejamento, de execução, de gestão e de pobre avaliação de resultados, por parte dos governantes.
Até os resultados alcançados pelos programas compensatórios de renda começam a ser prejudicados ou, até mesmo dilapidados, não só pela economia que patina, pela inflação que reduz o poder de compra das famílias e pelo desemprego que, até agora embora sob controle, começa a dar sinais de que está voltando a crescer.
Não há indicadores favoráveis em qualquer tipo de atividade produtiva, em qualquer avaliação de desempenho da educação, da saúde, do saneamento básico e da segurança pública gerando o pessimismo, a insegurança e a incerteza que hoje dominam corações e mentes dos brasileiros.
É por tais razões que se pergunta para onde está sendo conduzido o país e qual o ambiente que os brasileiros enfrentarão em 2014 e, também, se bastará apenas um ano para restabelecer os fundamentos da economia, redefinir um novo modelo de gestão de obras públicas e superar os enormes gargalos da infra-estrutura, da mão-de-obra qualificada e do ambiente econômico, que ora impedem o crescimento estável do País.
Quem aposta num cenário mais favorável ou num quadro menos pessimista?
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Postado em 7 out, 2014 Deixe um comentário
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Senador Ruy Barbosa, em Oração aos Moços, 1920.
Para uns, frustração e desencanto, além de um montão de contas a pagar. Para outros, o gosto da vitória conquistada ou comprada. Para outros tantos, a segunda etapa da luta e da dispudta! É disto que é feita a chamada festa da democracia. Hoje muito mais para um réquiem das esperanças e dos sonhos do que para alimentar aspirações de dias melhores.
O que se conquistou com as eleições de ontem? Ninguém sabe ao certo pois o Parlamento é o mesmo, nenhuma proposta sēria e interessante foi defendida por quem quer que seja e inexiste qualquer idéia sobre um possível projeto para o Brasil.
E o país está à deriva com um quase desmantelamento das instituições, a presença em todos os campos e sentidos de uma corrupção endêmica, a prevalência da esperteza e a derrota da meritocracia. Esse diagnóstico pode parecer pessimista mas diz muito da realidade objetiva experimentada pelo Brasil.
Talvez se houvesse qualquer chance de uma reforma política mínima — fim das coligações proporcionais, retomada da cláusula de barreira, financiamento público de campanha, extinção do instituto da reeleição — daria, aos cidadãos de boa-fé, um laivo de esperança de que as coisas poderiam mudar.
Mas nem isto foi sequer abordado e discutido pelos candidatos a cargos majoritários ou proporcionais.
Alguem pode questionar o pessimismo que domina o cenarista porquanto a sua análise não abre espaço para qualquer abordagem que crie expectativas mais otimistas quanto ao amanhã do País. Mas como alimentar qualquer otimismo diante de uma crise econômica séria e que exigirá duros sacrifícios pelo menos, em 2014, podendo estender-se talvez até a 2015, dependendo da dosimetria das medidas saneadoras e corretoras a serem aplicadas no primeiro ano, pelo próximo governante do Brasil.
Se a economia vai requerer medidas amargas e de difícil digestão, restaurar a dignidade das instituições vai ser tarefa quase impossível. E, recuperar o ânimo, o entusiasmo e o otimismo dos agentes econômicos e dos cidadãos como um todo, pode representar tarefa hercúlea.
Embora a primeira etapa do processo de renovação dos quadros dirigentes já tenha sido vencida com algumas surpresas — a virada de Aécio, a ascensão de Ivo Sartori no Rio Grande do Sul e a vitória do candidato do PT, na Bahia — o que marcou o primeiro turno foi o desânimo, o desinteresse e a falta de vibração do eleitorado diante de um quadro econômico nacional marcado por contradições, por erros de condução da política econômica e diante da incompetência gerencial de toda ordem que domina os vários segmentos governamentais.
Agora os cidadãos se defrontarão com mais uma etapa do processo que será marcado pelo seu caráter plebiscitario, onde quem ē contra o PT rigidamente colocar-se-á de um lado e a militância petista se desdobrará para manter o poder, a qualquer custo. E o embate tenderá a baixar o nível com acusações pessoais, de parte a parte e, sem a apresentação de uma agenda mínima de transformação para o País.
Portanto, não há muito que se esperar do segundo turno onde os destinos de 13 estados da Federação e do próprio pais estarão em jogo. Dificilmente surgirão idéias ou propostas conducentes a encaminhar um debate construtivo sobre como equacionar os graves problemas do momento e pavimentar os caminhos para a construção de um futuro mais de conformidade com os sonhos e as aspirações dos brasileiros.
De qualquer maneira o cenarista propõe que, sem criar grandes e otimisticas expectativas, aguarde-se o que terão a dizer os candidatos a Presidente e a governador. Pode ser que, por um passe de mágicas, a gente se defronte com uma agenda coerente e compreensiva, capaz de reacender as esperanças!
Postado em 4 out, 2014 Deixe um comentário
A reta final da campanha se aproxima. Foi uma campanha atípica, marcada pela indiferença da população, parecendo muito mais uma espécie de cerimônia fúnebre ou um réquiem do que a chamada festa da democracia, como deveriam ser eleições quase gerais como as que ora ocorrem!
O desanimo, o descaso e o desinteresse e até essa apatia derivam de várias causas. A primeira é que o sistema politico-eleitoral esgotou-se, por completo e, não garante legitimidade ao processo. Não se vota em um candidato mas em uma coligação que, na maioria das vezes é determinada por conveniências e representa uma verdadeira salada mista de programas partidários, não caracterizando uma proposta de trabalho, um programa de governo ou pelo menos, algumas diretrizes que mostrassem que ela não seria apenas um instrumento destinado a enganar os incautos e garantir sucesso a um grupo de espertos.
A segunda é a pororoca de escândalos de toda ordem envolvendo, na maioria das vezes, não apenas detentores de poder do Executivo mas um número enorme de parlamentares. E isto leva a um descrédito total da classe política. Ademais, as pessoas não têm consciência do papel que cabe aos representantes do povo e aos representantes do Estado e, por conseguinte, referido voto é dado apenas, pela obrigação legal e pelo interesse do correligionário ou do deputado estadual de poder dispor de uma mensuração de seu prestígio para que ele demonstre, ao seu adversário mais próximo, a sua força potencial para, num futuro próximo, participar de uma possível disputa eleitoral, de cunho local.
A terceira é a confusão gerada na cabeça do eleitor, principalmente aquele com menos acesso à informação, em função da propaganda governista inescrupulosa ou da virulência, às vezes, de uma inconsequente e agressiva crítica da oposição ao mostrar o que não foi feito pelo governo ou como o governo maquia o que foi feito. As oposições ao poder instalado, além da busca de desconstrução da sua imagem, promovem um festival de denúncias que se misturam a acusações as mais cabeludas, abandonando a discussão de propostas e idéias.
Mas agora não é mais o momento de discutir tais desencontros mas sim, a hora é das definições. É hora das escolhas. É hora de buscar novos caminhos ou convalidar o caminho até agora seguido. E o que todos pensam é que ou se busca uma mudança não apenas de conceitos e programas mas de algo mais profundo, que seria uma mudança de paradigmas capaz de alterar a forma de condução das políticas públicas do País. E isto não se conseguirá apenas com uma mudança do Primeiro Mandatário da Nação mas através de um Congresso com um mínimo de dignidade e decência que não atue como um poder subserviente e subalterno ao Executivo, como soi ocorrer até agora!
E aí é que se insiste que se olhe para que tipo de Congresso se buscará eleger. Não basta apenas eleger candidatos chamados fichas limpas pois, embora já se consiga melhorar a qualidade ética e moral do Congresso, mas isto só não basta. É preciso qualidade, competência, iniciativa e ousadia para gerar novas propostas, melhorar a qualidade da avaliação crítica do que está a fazer e a realizar o governo e propor novas e ousadas políticas públicas, além da defesa das causas do Ceará e do Nordeste.
Por isto é que o cenarista insiste e ousa sugerir um nome que dispensa quaisquer adjetivos diante de sua formação, de seu curriculum, do seu trabalho na Câmara dos Deputados e frente ao COMPAM quando fez o mais edificante trabalho em favor da sustentabilidade no Estado do Ceará. E este é o homem e é o nome.
O cenarista ousa dizer que se houver, no Ceará, um candidato a deputado federal melhor em termos de formação, qualificação, competência e trabalhos já realizados, do que Paulo Henrique Lustosa, em sã consciência, o cenarista abriria mão decseu voto. Se houver alguém, candidato, com maior qualificação e méritos do que Paulo Henrique Lustosa, 1133, o cenarista abriria mão de pedir o seu voto. Mas, se porventura, avaliando o seu curriculum e a sua história, não encontrar um candidato melhor do que ele, o cenarista não abriria mão do seu voto. Assim peço que apenas faça justiça a você e ao seu amanhã votando naquele que não irá frustrar as suas expectativas e não matar as suas esperanças.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!