É POSSÍVEL, AOS BRASILEIROS, REVIVER SONHOS E ESPERANÇAS?

Vive-se uma quadra muito difícil da história desse País! Morreram sonhos, sufocaram-se euforias e desmontaram expectativas de que a nação brasileira continuaria experimentando uma espécie de palco iluminado do otimismo, da felicidade e da alegria de viver!

Dificilmente seria possível encontrar alguém tão otimista quanto foi o cenarista, muitas vezes atropelando a lógica e a racionalidade, buscando sempre acreditar ser possível construir um país com tanta incompetência, com tanto despreparo e com tanta irresponsabilidade como a que tem marcado a atitude e o comportamento das elites brasileiras.

Os últimos dias tem sido deveras amargos. Tão amargos que, tal qual um comentarista nacional decidiu que, estando tão decepcionado com tudo e com todos e tão descrente de tudo e de todos, não iria mais fazer qualquer análise pois estava enojado de toda essa enorme farsa nacional e do verdadeiro caos que se instalou no Brasil!

E, o mais grave é que se sente uma espécie de clima de fim de governo como exortou os brasileiros, em longa entrevista, o Senador Cristóvão Buarque, no Correio Brasiliense do dia 12! As próprias últimas viagens da Presidente Dilma, aos Estados Unidos, a Itália e a Rússia, em período de crise inigualável, sem qualquer motivação ou razão, dão a sensação de que, as coisas estão numa fase terminal, embora não se saiba o que será o “day after”.

O PMDB já acenou que vai saltar do barco. O PT, desmantelado, desnorteado, sem discurso, sem unidade e sem rumo, com Lula perdido feito cego em tiroteio, só tem gerado problemas adicionais para o governo.  A situação de Dilma é de total isolamento e sem nada que vislumbre que ela encontrará uma saída para o impasse político-institucional em que se meteu.

Diante do quadro tão confuso, em face da inexistência de lideranças políticas que possam sugerir algum tipo de “Pacto de Moncloa”, não dá para vislumbrar o que ocorrerá ao País nos próximos dias. A única ação que corre célere mas em amplo desfavor dos que estão no poder, são as ações da Operação Lava-Jato, promovendo, com destemor, apesar de pressões de toda ordem, as necessárias investigações que hoje comprometem quase todas as grandes instituição ligadas ao estado brasileiro.

Ademais, junte-se a tal circunstância para complicar ainda mais o quadro, segundo classificou a mídia, “de escandaloso encontro” da Presidente Dilma com o Presidente do Supremo, Levandowsk, à sorrelfa, na cidade do Porto para, segundo as más línguas, tratar de resolver problemas graves relacionados ao envolvimento de Dilma e Lula na “Operação Mãos Limpas” brasileira. Além disso, para entornar ainda mais o caldo, a possível desaprovação das contas  no Tcu e o julgamento dos crimes de responsabilidade fiscal e de desrespeito à Constituição, em função das famosas pedaladas fiscais, são ingredientes adicionais à tirar o sono da Presidente.

Mais, o mais grave de tudo isto é que, uma crise institucional agora, com um difícil e complicado ajuste das contas públicas em marcha, com a deterioração das condições econômicas e a falta de confiança dos agentes produtivos no País e em suas instituições, leva a uma situação difícil de se antever e de se antecipar.

É por estas razões que ninguém, de bom senso, quer ousar fazer prognósticos para os próximos dias, rezando todos para que o Congresso entre em recesso, os demais poderes também, a crise possa viajar, como faz a Presidente ou entrar em recesso, como se sonha possa ocorrer até o fim dessa semana.

Se se conseguir “atravessar o Rubicon” dessa semana, talvez não se tenha nenhum desdobramento mais grave da situação, tipo a lá 54, ou a 61 ou a 92, o que seria nada bom para o Brasil. Não é sem outra razão que se fala em “impeachment”, em afastamento negociado de Dilma ou na aprovação de uma perigosa mudança de regime, como ocorreu em 1963!

Que Deus proteja esse povo bom, cordial e ordeiro do Brasil que não estava a merecer tanto sofrimento!

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