ESSE ADMIRÁVEL MUNDO NOVO!

Muito tem se falado das profundas, rápidas e grandes transformações porque passa esse novo velho mundo. A revolução da cidadania, onde o cidadão não aceita a ditadura das aspirações nem a imposição de prioridades e vontades por parte dos governos ou do Estado; a decretação do fim das ideologias onde ficava antes, definido que os sonhos seriam marcados por idéias impostas ou conceitos determinados.

 Além de tais revoluções, algo que mudou hábitos e costumes foi a instantaneidade da informação e a velocidade da inovação tecnológica. Como se isto não bastasse, a chamada globalização estreitou os limites do mundo. E o mais interessante. Sem desmantelar culturas, peculiaridades e idiossincrasias dos povos os mais diversos. O que ora se assiste é que se arraigam os conceitos de afinidades de raça, etnia ou religião, promovendo um processo de divisão dos estados nacionais de tal forma que, segundo projeções de Levy-Strauss, serão cerca de duas mil e quinhentas nações daqui trinta anos!

E o mais interessante desse processo é que, apesar das divisões e segmentações espaciais e políticas, o mundo está cada dia mais aproximado, mais integrado, mais cooperativo e mais vinculado a desenvolver as ciências, as artes e as atividades econômicas de forma complementar.

Agora mesmo isto ficou demonstrado com a escolha dos ganhadores do Prêmio  Nobel, onde, por exemplo, nos casos de química e medicina, o crescimento da ciência se deu por integração, complementariedade e cooperação. Foram ganhadores do Nobel de Química Ada Yonath do Instituto Weizmman, de Rekovot, Israel; Ramaskrishman, da Universidade de Cambridge, Inglaterra; Thomas Steiztz, de Yale,  Estados Unidos. Três pontos espacialmente distantes um do outro e com personagens que, pelos nomes, denotam origens étnicas bem distintas. Assim também ocorreu com o Nobel de Medicina denotando que, cada vez mais o conhecimento se universaliza se integra e se torna de domínio quase público.

 Essa nova revolução está sendo produzida pela internet que está a promover esse encurtamento de distância, aproximação dos povos, globalização das várias manifestações culturais e, ao mesmo tempo, o arraigamento de identidades culturais específicas. Por outro lado, esse processo de partição de nações, coloca o mundo diante de algo que lhe remonta à sapiência das primeiras organizações humanas. Ou seja, consagra-se a força do poder local, das individualidades, dos laços de solidariedade, de compreensão e de um mundo onde os direitos difusos passam a ser, surpreendentemente, mais importantes e afirmativos.

Se uma nação ou um país quer dar saltos, superar limitações, quebrar barreiras, o único caminho possível será através da internet, capaz de permitir a difusão do conhecimento, da cultura e do entretenimento.